Considerado o lugar mais sagrado do Cristianismo, a Basílica do Santo Sepulcro foi erguida no século IV sobre o local da crucificação, do sepultamento e da ressurreição de Jesus: o Monte Gólgota, em Jerusalém.
História:
Cerca de 60 anos depois da destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C., o imperador romano Adriano visitou o local e ordenou que sobre as ruínas de Jerusalém fosse construída uma cidade pagã chamada de Élia Capitolina, uma colônia romana que seria habitada por seus legionários. Seguindo ordens do imperador, o local do sepultamento de Jesus foi coberto com terra e sobre ele foi construído um templo dedicado à deusa Vênus.
Em 313, o imperador Constantino, convertido ao Cristianismo, decretou o fim da perseguição aos cristãos. Em 326, Helena, mãe de Constantino e fervorosa cristã, visitou Jerusalém com o objetivo de procurar locais relacionados à vida a Jesus Cristo. Lá, ela identificou o local da crucificação de Jesus (o rochedo chamado Gólgota) e, bem próximo deste, o de sua tumba, chamado de Anastasis (ressurreição, em grego). Constantino decidiu então construir um santuário – a Basílica do Santo Sepulcro – nesse lugar, no lugar onde o imperador Adriano havia anteriormente construído um templo à deusa Vênus.
Os arquitetos romanos construtores do santuário não se inspiraram nas estruturas religiosas pagãs romanas, mas na basílica, um edifício que entre os romanos servia como local de encontro, de comércio e de administração da justiça. A obra foi concluída no século IV.
Em 614, a basílica construída por Constantino foi gravemente danificada durante um incêndio ocorrido durante a invasão dos persas sassânidas, que roubaram os tesouros da Basílica, restando pouco dela. A Basílica foi reconstruída pelos bizantinos depois da derrota dos persas e a reconquista da cidade pelo imperador bizantino Heráclio.
Em 638, a cidade de Jerusalém, assim como toda a Palestina, passou para as mãos dos muçulmanos. Os primeiros líderes muçulmanos de Jerusalém revelaram-se tolerantes para com o Cristianismo. Mas, em 1009, o califa Al-Hakim ordenou a destruição e o saque de todas as igrejas de Jerusalém, incluindo o Santo Sepulcro, sendo que somente os pilares da Basílica, que eram da época de Constantino, sobreviveram à destruição. A notícia dessa destruição foi um dos fatores que deram origem às Cruzadas.
Em 1028, o califa Ali az-Zahir (filho de Al-Hakim) concordou em permitir a reconstrução e redecoração da Basílica. A reconstrução foi concluída em 1048. Em 1099, os Cruzados conquistaram Jerusalém e tomaram posse da Basílica para os cristãos.
Com a volta de Jerusalém ao domínio islâmico em 1187, Saladino proibiu a destruição de qualquer edifício religioso associado ao cristianismo. No século XIV, o local começou a ser administrado também por monges católicos e por monges ortodoxos gregos. Outras comunidades pediam também a possibilidade de gerir o local (coptas egípcios e coptas sírios).
Em 1808, um incêndio destruiu o local e uma restauração iniciou-se em 1810. Novos restauros ocorrem entre 1863 e 1868. Em 1927, um abalo sísmico em Jerusalém causou graves estragos à estrutura da Basílica.
Entre os muitos lugares dentro da Basílica, destacam-se o Calvário (Rocha da Gólgota), onde Jesus foi Crucificado, a sagrada Pedra da Unção, sobre a qual Jesus foi ungido e envolto em lençóis depois de crucificado, e a Edícula, que contém o próprio santo sepulcro, o lugar do sepultamento de Jesus.
Ao entrar na Basílica do Santo Sepulcro, o visitante se depara com a Pedra da Unção. Segundo a tradição, foi sobre ela que o corpo de Jesus, depois de crucificado, foi ungido e envolto em lençóis perfumados. Os cristãos se ajoelham e fazem suas orações perante a Pedra.
No centro da Rotunda da Basílica está a Edícula (do latim, edifício pequeno), lugar do sepultamento de Jesus Cristo. Por causa do terremoto de 1947, a estrutura da Edícula foi reforçada com vigas de aço até que seja restaurada.
Uma laje de mármore branco com quase dois metros de comprimento cobre a rocha original do túmulo, escavado em rocha, onde o corpo de Jesus foi depositado.
Na Capela do Anjo, no interior da Edícula, há um pedaço da pedra que selava o túmulo de Jesus, e sobre o qual o anjo se sentou na manhã de Páscoa.
Outro lugar fundamental na Basílica é o Altar da Crucificação, local onde se acredita que Jesus foi crucificado. Na Basílica há uma escada que leva ao Calvário (Gólgota), tradicionalmente considerado como o local da crucificação de Jesus. É a parte mais ricamente decorada da Basílica.
Na Basílica a outros lugares relacionados ao Cristianismo a serem visitados.
Por seu valor histórico e pelo que representa para a humanidade, a Basílica do Santo Sepulcro é um dos lugares do mundo que merece ser visitado.