A Quarta Revolução Industrial chegou mas não para a Mídia Tradicional e a Velha Política

Crescente acesso aos dispositivos móveis e internet ampliou o uso das redes sociais e compartilhamento de informações

26/10/2018 17:44 Atualizado: 26/10/2018 17:44

Por Guilherme Galvão Villani, Terça Livre

Em seu brilhante livro “A Quarta Revolução Industrial”, Klaus Schwab, fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial, aponta as principais características deste novo momento de mudança sistemática e profunda.

As grandes transformações dos últimos 200 anos foram iniciadas por inovações tecnológicas que mudaram a estrutura econômica e social do mundo moderno.

A primeira revolução foi a introdução da máquina à vapor e produção mecânica. A segunda foi a introdução da eletricidade e a terceira foi a revolução digital.

O que seria esta quarta revolução?

Klaus Schwab explica que tem duas origens digitais: o aumento exponencial da capacidade de processamento e miniaturização dos dispositivos e o aumento exponencial da capacidade de armazenamento.

Os dois fatores são a causa de uma mudança sistemática e profunda em diversos setores. O que provoca grandes rupturas e mudanças de paradigmas.

O livro de 160 páginas é simplesmente sensacional e é obrigatório para melhor compreensão sobre qual futuro nos espera. Deixo aqui a recomendação de leitura.

Como esta eleição e a mídia tradicional foram afetadas pela quarta revolução industrial ?

O crescente acesso aos dispositivos móveis e internet ampliou o uso das redes sociais e compartilhamento de informações.

Estes mesmos dispositivos, cada vez com mais funcionalidades, menor tamanho e preços mais acessíveis, deram voz a milhares de brasileiros que pretendiam verbalizar e difundir suas ideias, conhecimento e entretenimento.

O mesmo fenômeno se repete no caso de canais de informação. Cada vez mais brasileiros usam a mídia alternativa em detrimento dos canais tradicionais, ainda que elas também tenham se digitalizado.

A origem do uso das mídias alternativas na Guerra Cultural

O filósofo que atende pelo nome de Olavo de Carvalho, após anos sendo colunista dos mais diversos canais tradicionais resolveu, nas suas próprias palavras, “ferrar com tudo” e partir para a “Guerra Cultural” e equilibrar minimamente o jogo de forças entre socialistas/comunistas (travestidos de progressistas) e conservadores.

Notando a transformação cultural planejada desde o fracasso da tomada de poder via luta armada, Olavo de Carvalho demonstra que os planos destes líderes psicopatas juntamente com uma massa de histéricos, jornalistas e artistas mamadores do dinheiro público se tornou realizável depois de três fatores:

1) a expansão do ensino universitário criou uma massa de pseudo intelectuais sem funções definidas para a sociedade e prontos para serem arregimentados e arregimentar tarefas militantes;

2) centralização dos poderes de comunicação que permite atingir populações inteiras a partir de uns poucos centros emissores (mídia tradicional); e

3) enorme concentração de riquezas nas mãos de poucos grupos oligárquicos imbuídos de ambições messiânicas (globalistas).

Dispondo das incipientes ferramentas tecnológicas que a Quarta Revolução Industrial proporcionou, Olavo atacou o único ponto que lhe era possível, a centralização de poderes da mídia tradicional.

Mídia Sem Máscara, True Outspeak Radio e o Seminário de Filosofia, todos canais online, foi tudo que Olavo precisou para difundir suas ideias e sua percepção sobre os fatos. Abriu a mente de milhares de brasileiros e reequilibrou as forças.

Como em um castelo de cartas, onde uma peça retirada derruba toda a pirâmide, o reequilíbrio de forças ao menos na questão da centralização dos poderes de comunicação vem conseguindo desestabilizar todo o sistema político-cultural corrupto da Nova República:

1) os políticos e partidos socialistas/comunistas corruptos que se governaram desde a Nova República;

2) a classe artística e jornalística que se beneficia do dinheiro público via propaganda oficial e Lei Rouanet; e

3) em menor grau o poder empresarial globalista de algumas poucas famílias que se beneficiam e alimentam o sistema político corrupto, a classe artística e jornalística.

A Guerra Cultural nas Eleições 2018

Iniciada a campanha política à Presidência da República, a campanha de Jair Bolsonaro virou um rolo compressor que cresceu exponencialmente. Duvido que 50 milhões de brasileiros conhecem Olavo de Carvalho, mas certamente tem o mesmo sentimento que ele: é preciso romper com este sistema corrupto hegemônico vigente.

Milhares de brasileiros se mobilizaram espontaneamente em sua campanha. Muitos artistas, principalmente os menos conhecidos, mas até os mais consagrados se mobilizaram.

Imaginem a cara de um marqueteiro esquerdista que cobra milhões de reais para as campanhas corruptas verem o que estes patriotas nordestinos fizeram com os poucos recursos tecnológicos disponíveis:

Imaginem o espanto dos adversários ao ouvirem a força deste jingle, feito por um imigrante venezuelano – EL Veneco e seu filho V-Hero.

Bolsonaro e seus eleitores foram exemplares em absorver politicamente as ferramentas que a Quarta Revolução Industrial proporciona e deverá ser o próximo presidente, desde que não sofra outro atentado e a vontade do povo seja respeitada nas urnas.

Da sinopse do livro A Quarta Revolução Industrial de Klaus Schwab:

“Se aceitarmos a responsabilidade coletiva para a criação de um futuro em que a inovação e a tecnologia servem às pessoas, elevaremos a humanidade a novos níveis de consciência moral.”

Viva a democracia, a liberdade e a tecnologia.

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