Uma perseguição diabólica sem precedente – Capítulo 5

Influência do Falun Gong na política da China

04/12/2019 14:47 Atualizado: 04/12/2019 14:47

Originalmente publicado em inglês em 2016, o Epoch Times tem o orgulho de republicar “Uma perseguição diabólica sem precedente: um genocídio contra o bem na humanidade” (editores Dr. Torsten Trey e Theresa Chu. Clear Insight Publishing, 2016). O livro ajuda a entender a extração forçada de órgãos que ocorre na China, explicando a causa fundamental dessa atrocidade: o genocídio cometido pelo regime comunista chinês contra os praticantes do Falun Gong.

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Capítulo 5: Influência do Falun Gong na política da China

Por Yuan Hongbing

O Falun Gong não se envolve de maneira subjetiva na política

Fechando os olhos à perseguição tirânica do Partido Comunista Chinês (PCC) contra o Falun Gong, alguns intelectuais chineses no país e no exterior que pensam bem de si mesmos têm permanecido em silêncio até hoje. Ao defender o próprio silêncio, uma retórica favorita é: “nós não participamos da política;” “somos imparciais tanto ao Partido Comunista quanto ao Falun Gong, porque ambos estão envolvidos na política”.

A embaixada chinesa na Austrália certa vez emitiu uma declaração denunciando os Nove Comentários sobre o Partido Comunista como “artigos antichineses” e alegando que o Falun Gong era uma “organização reacionária política antichinesa”. No entanto, essa alegação é um insulto à verdade.

Desde a teoria da “política no comando” da época de Mao Tsé-tung até o movimento de “ênfase na política” da época de Jiang Zemin, o regime usou consistentemente o terrorismo de Estado para doutrinar o povo chinês que se envolver em política é uma prerrogativa do Partido Comunista. A história do Partido Comunista demonstrou consistentemente ao povo que a política envolve ondas e mais ondas de expurgo ideológico e perseguições políticas, que profanam a humanidade, destroem a cultura, ceifam vidas inocentes, envenenam a consciência coletiva e privam as pessoas dos direitos humanos. O Partido Comunista transformou a política em uma arena de sangue, conspirações e barbárie. A política se tornou o próprio mal. Nesse sentido, o público em geral da China, incluindo os praticantes do Falun Gong, foi privado do direito de “envolver-se em política”. Assim como ser político é uma prerrogativa do Partido Comunista, o mesmo acontece com o mal.

Desde julho de 1999, a então líder chinês Jiang Zemin e o bando de burocratas do Partido Comunista usaram recursos políticos e sociais controlados tiranicamente para lançar uma sangrenta e colossal perseguição política para exterminar a fé do Falun Gong. Os crimes de genocídio de Jiang Zemin e o extermínio da fé irritaram o Céu e a humanidade. A crueldade desses crimes só pode ser equiparada às ações de ditadores como Mao Tsé-tung, Adolf Hitler, Joseph Stalin, Pol Pot e Deng Xiaoping.

Diante de perseguições políticas, como grandes tsunamis e terremotos em sua escala e ferocidade, sendo alvos de calúnias, prisões, torturas e assassinatos vergonhosos, os praticantes do Falun Gong mantiveram a sua crença com resiliência e dignidade. Sua resistência pacífica contra esse reino de terror é um testemunho de que a fé pode superar a tirania. Em seus esforços contínuos para expor os males do regime comunista ao mundo, eles estão semeando a liberdade de crença.

Nos últimos anos, as declarações e ações do Falun Gong demonstraram que eles não estão apenas salvaguardando o próprio direito à liberdade de crença, mas também defendendo os direitos humanos básicos para outros grupos que são perseguidos pelo terrorismo do Estado. A história registrou que nos últimos anos da chamada era Jiang Zemin, os praticantes do Falun Gong se tornaram o principal pilar na defesa e promoção dos direitos humanos na China. Talvez a história recorde e se lembre de muito mais.

Os burocratas do Partido Comunista Chinês denunciam a resistência pacífica dos praticantes do Falun Gong e a preservação dos direitos humanos como “engajamento na política”. Por favor, responda a isso: “não se envolver na política” significa fechar os olhos e fazer-se de surdo para os crimes de genocídio e extermínio da fé promovidos por Jiang Zemin? “Não se envolver em política” significa render-se sem um gemido quando o PCC pisoteia os direitos humanos e abusa do povo? “Não se envolver em política” realmente significa não ousar falar a verdade em face das mentiras fabricadas pela máquina de propaganda do PCC para encobrir seus crimes? O povo chinês realmente precisa agir como masoquista e bom escravo e silenciosamente aceitar a opressão e os abusos do PCC para escapar da acusação de “envolver-se em política”?

As leis divinas são claras e justas! Há necessidade de dizer em voz alta o que é certo e errado?

O Falun Gong não é uma organização política. É uma prática de cultivo. O Falun Gong não se envolveu em política. Isso ocorre porque, até hoje, as crenças e ações dos praticantes do Falun Gong mostraram claramente: eles não têm interesse no poder do Estado; eles estão simplesmente informando a humanidade dos males do regime do Partido Comunista. Eles estão simplesmente buscando um espaço que lhes permita a liberdade de acreditar.

Alguns intelectuais hipócritas afirmam: “Nós não nos envolvemos em política. Entre o PCC e o Falun Gong, não apoiamos ou nos opomos a nenhum deles.” Quando ouço essas declarações, sempre me sinto profundamente mortificado e envergonhado. Tenho vergonha de quão baixo os intelectuais caíram. Essas declarações são hipócritas. Escondido sob a hipocrisia está sua covardia, servilismo, egoísmo, e falta de coragem e espírito íntegro para advogar por justiça. Quero perguntar a esses intelectuais hipócritas: se você testemunha um bando de bandidos abusar brutalmente dos fracos e inocentes, você ainda afirma que “não apoiamos ou nos opomos a nenhum deles, porque somos imparciais”?

Neste ponto, eu gostaria de dizer aos esses intelectuais que não concordam com as crenças do Falun Gong: vamos refletir sobre aquelas palavras atemporais de Voltaire: “Eu não concordo com você no que você diz, mas defenderei até morte o seu direito de dizê-lo.” Se colocarmos essas palavras em ação, seremos respeitados na posteridade. Por favor, não se esqueçam, quando entramos na velhice, nossos filhos e netos podem olhar nos nossos olhos e perguntar: “Durante aquela perseguição política brutal e colossal, o que você fez? Você ficou vergonhosamente calado?”

A embaixada da China rotulou os Nove Comentários sobre o Partido Comunista como “artigos anti-chineses” e o Falun Gong como uma “organização antichinesa”. O Partido Comunista se equipara ao povo chinês, o que é um total desaforo. Nenhuma organização política pode se comparar ao povo chinês que é herdeiro de cinco mil anos de civilização. Pelas traições e mutilações que cometeu contra o povo chinês, o PCC deve ajoelhar-se eternamente diante das lápides dos ancestrais chineses para se arrepender por seus crimes.

Depois de traírem o espírito da cultura chinesa voltando-se para o marxismo, a teoria de um alemão que se baseia no ódio e na violência; depois que sua estupidez e crueldade mataram de fome dezenas de milhões de camponeses; depois de ter perseguido e assassinado milhões de intelectuais; depois de massacrar milhões de tibetanos que permaneceram firmes em suas crenças; depois de instigar Pol Pot a matar milhões de pessoas no Camboja, incluindo incontáveis chineses étnicos; depois de empobrecer centenas de milhões de camponeses e classificá-los como cidadãos de terceira classe por mais de meio século; depois de levar dezenas de milhões de trabalhadores desempregados e migrantes à miséria; depois de provocar inúmeras tragédias sociais e desastres humanos; depois de criar uma classe de funcionários corruptos e degenerados sem igual na história; depois de entregar a riqueza da sociedade a uma aliança de poderes corrompidos e ao crime organizado; depois de tudo isso e de ter castigado o povo chinês com tanta gravidade, o Partido Comunista ainda se atreve a se equiparar ao povo chinês. Eles não são totalmente sem vergonha?

A história e a verdade prevalecerão sobre a propaganda e as mentiras. É claro que o Partido Comunista, particularmente seu bando de burocratas, é a desgraça da China, criminosos contra a nação chinesa e a fonte de todo o mal.

A exposição corajosa dos crimes perversos do Partido Comunista Chinês é a demonstração do amor mais profundo e sincero pela nação chinesa. Somente colocando um fim ao regime tirânico do PCC é que o povo chinês pode ser verdadeiramente salvo. Sepulte a tirania do PCC e redima um século de humilhação sofrida pela China.

Um milênio poderá se passar, mas os pecados do Partido Comunista não serão apagados.

O impacto objetivo do movimento do Falun Gong na política chinesa

Subjetivamente, o Falun Gong não deseja se envolver em política. No entanto, objetivamente, a resistência à perseguição pelos praticantes espirituais do Falun Gong teve um efeito profundo na política chinesa, que se manifestou principalmente nos seguintes aspectos:

(1) Tornou-se um dos fatores que tirou a história chinesa da sombra do terrorismo de Estado do Partido Comunista Chinês.

(2) O veículo mais importante para o PCC manter seu domínio totalitário é a violência estatal, que causa amplo medo entre as pessoas e, por sua vez, destrói a vontade das pessoas de desafiar seu controle. Em 1989, o regime do PCC desencadeou centenas de milhares de soldados e deixou Pequim num banho de sangue, executando o horrível “Massacre da Praça da Paz Celestial”. Logo em seguida, o líder chinês Deng Xiaoping e suas “elites políticas” ameaçaram “matar 200 mil pessoas para garantir a estabilidade por 20 anos”. Isso encobriu a China numa atmosfera sangrenta de terrorismo de Estado.

Após o Massacre da Praça da Paz Celestial, houve tentativas dos intelectuais liberais de Pequim de romper o terror do Estado. Essas tentativas incluíram o “Maremoto da História”, a Conferência Antiesquerdista do Olympic Hotel de mais de cem intelectuais liberais, estabelecendo a “Aliança de Proteção dos Direitos do Trabalho”, coletando assinaturas em petições para “apoiar o pintor da liberdade Yan Zhengxue sob perseguição policial”. Apesar dessas tentativas, a maioria das pessoas vivia com medo após o massacre em Pequim.

Em 25 de abril de 1999, para protestar sobre a difamação contra o Falun Gong publicada pela máquina de propaganda do Partido Comunista Chinês e por um acadêmico intimamente ligado a Jiang Zemin, mais de dez mil praticantes do Falun Gong foram a Pequim apelar. Eles praticaram meditação pacificamente em torno do complexo do governo central do PCC, Zhongnanhai, e demonstraram devoção à sua crença na “verdade, compaixão e perseverança”. Esse protesto em grande escala dos praticantes do Falun Gong demonstrou coragem e valor envigorados pela fé, o que ofuscou, de longe, o punho de ferro do PCC. Essa demonstração destruiu o medo sombrio que havia oprimido o povo chinês desde o Massacre da Praça da Paz Celestial. A partir de então, levantes públicos para “salvaguardar os direitos humanos e combater a tirania” se espalharam como um incêndio em todo o continente leste asiático. Hoje, essas manifestações são numeradas nas centenas de milhares a cada ano na China.

Os fatos acima mostraram que, em sua resistência à perseguição, os praticantes espirituais do Falun Gong têm sido fundamentais; de fato, eles merecem a mais alta honra por isso, ao liderarem a nação chinesa da condição de terror generalizado desde o Massacre da Praça da Paz Celestial para uma era de protestos predominantes contra a tirania.

(3) Os esforços do Falun Gong para se opor à perseguição e esclarecer a verdade expuseram a natureza maligna do regime totalitário do Partido Comunista, acelerando o despertar político do público chinês.

Após o Massacre da Praça da Paz Celestial, o Partido Comunista Chinês contou com os seus porta-vozes para encobrir seus crimes imperdoáveis contra a humanidade, enganar a comunidade internacional e consolidar seu controle autocrático. Seus fantoches incluíam estudiosos que eles haviam treinado e regalado, escritores diretamente associados à classe dominante, além de alguns “sinologistas” internacionais e “especialistas em China” em sua folha de pagamento. De todos os tipos de ângulos, eles inventaram uma série de mentiras sobre as próximas reformas políticas do PCC e espalharam a ilusão de que “reformas econômicas” levarão à democratização da China. Essas mentiras e ilusões, em grande parte, impediram a determinação do povo chinês de se levantar e lutar contra a tirania do PCC. Além disso, uma classe de intelectuais pseudoliberais, como Liu Xiaobo, seguiu a abordagem de apaziguamento dos políticos americanos e europeus, promoveu a ideia de comprometer-se com o PCC e alegou que tanto o sistema autocrático do PCC quanto as situações de direitos humanos da China estavam melhorando gradualmente. Isso também ajudou muito o PCC a camuflar sua natureza maligna.

Em um contexto tão complexo, os praticantes espirituais do Falun Gong mantiveram suas atividades de antiperseguição e esclarecimento da verdade, dia após dia por mais de uma década. Eles expuseram de maneira completa e eficaz a natureza maligna do Partido Comunista, que repudia a história, a humanidade, a sociedade, a natureza humana e a cultura chinesa. Como a grande música chinesa dos tempos antigos, a verdade emergiu trovejando e despertando. As campanhas dos praticantes do Falun Gong permitiram que cada vez mais chineses percebessem que “somente sem o PCC, haverá uma nova China”. Este é um grande despertar político, e lançou as bases ideológicas essenciais para uma revolução democrática na China contemporânea.

(4) Os praticantes do Falun Gong iniciaram uma revolta espiritual moderna entre o povo chinês, deixando de se associar ao PCC e às suas organizações afiliadas.

O regime do PCC é um grupo de criminosos que perpetraram inúmeros crimes contra a humanidade, contra pessoas de várias origens étnicas, em todo o continente asiático. É o mais descarado e o maior grupo de funcionários corruptos da história da humanidade. É uma máfia política que controla seu povo por meio da polícia e vigilância secretas. Ao usar a cultura do Partido Comunista proveniente do Ocidente, o PCC destruiu a pátria civilizada e o berço espiritual do povo chinês. Eles são os traidores mais cruéis da China em seus milênios de história.

A partir da história do reinado do Partido Comunista Chinês sobre o continente leste asiático, podemos tirar as seguintes conclusões: a tirania do PCC é a fonte de todo o mal; o povo chinês contemporâneo é um escravo político sob o controle marxista e perdeu suas raízes culturais; um “Sonho Chinês” que realmente pertença ao povo seria abolir o regime do PCC e criar uma China democrática federal e livre.

O crescente movimento para renunciar ao PCC e a suas organizações afiliadas, iniciado por praticantes espirituais do Falun Gong, está desintegrando o PCC em sua fundação. Espalhando-se como fogo, ele está capturando os corações do público. Na verdade, renunciar ao PCC é o caminho do povo chinês para se libertar dos grilhões ideológicos. É uma insurreição monumental no domínio espiritual e, por fim, se manifestará em mudanças políticas que alterarão o curso da história.

Conclusão

Subjetivamente, o Falun Gong não se envolve em política, mas objetivamente ele teve um impacto político no avanço da democratização da China. Pode-se dizer que o seu resultado é fortuito.

Em sua perseguição colossal contra o Falun Gong, o regime do Partido Comunista Chinês evoluiu rapidamente para a forma mais sombria de despotismo, ou seja, a máfia política dominada por espiões e policiais secretos.

Após o 18º Congresso do PCC, os “Antigos Guardas Vermelhos” de Mao Tsé-tung (o equivalente das tropas SS do Partido Nazista), um grupo de criminosos anti-humanos, ganharam o controle total dos poderes do PCC. Consequentemente, a China entrou em seu período mais sombrio em seus milênios de história. No entanto, à medida que a tirania do PCC evoluía para sua forma mais vil e cruel, também anunciava o fim do seu reinado anti-humano e antissocial. “Uma nova China sem o PCC”, um “Sonho Chinês” que pertença ao povo, inevitavelmente se tornará uma realidade magnífica.

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