Parque Nacional Taroko em Taiwan: uma festa para os olhos

04/09/2013 20:05 Atualizado: 06/03/2018 16:15
Tudo que você precisa é de um senso de aventura, um desejo de serenidade e de uma câmera para manter as memórias de paz por muitos e muitos anos
Atravessando a parte central do Parque Nacional de Taroko, cenas espetaculares podem ser vistas
Atravessando a parte central do Parque Nacional de Taroko, cenas espetaculares podem ser vistas (Cortesia/SA 3.0)

O prazer de umas férias internacionais exóticas é algo que só sonhamos e pensamos quando nos deparamos com aquelas belas fotos em hotéis.

Não me entendam mal, eu gostaria que todos tivessem acesso a isso. Já pensou se só apertando um botão pudéssemos ter serviço de quarto 24 horas por dia, instalações de Spa, grandes TVs de plasma com os mais variados filmes?

Porém, quando as férias estão acabando, o sol está se pondo, e estamos prontos para ir embora, pode-se sentir uma sensação de vazio. Isto significa que mesmo que se tenha buscado, não experimentamos o propósito principal das férias: serenidade.

Parque Nacional Taroko

Através das terras que os portugueses chamaram de Formosa, encontramos na costa marítima, o Parque Nacional Taroko que, assim como a ilha de Formosa, o significado de seu nome é magnífico, formoso. É bem conhecido por suas vistas magníficas, especialmente quando falamos do Cânion de Taroko.

Pensem no Grande Cânion dos EUA, porém verde, escarpado, montanhoso e mais majestoso. O Cânion de Taroko é um banquete visual aos nossos olhos.

Se você é apaixonado por ciclismo nas montanhas, uma bicicleta é um “dever” no Cânion. Porém, prepare-se para ficar parando, pois há muitas, inumeráveis oportunidades para se tirar magníficas fotos durante o caminho, tanto com câmeras digitais quanto com sua própria mente, uma vez que dificilmente você vai se esquecer de tanta maravilha.

Uma parada obrigatória é o santuário Changchun, que, traduzido, significa Eremita do Eterno Manancial. É quase que obrigatório parar ali para apreciar sua inspiradora paisagem.

Na cascata do santuário há uma dedicatória à memória das 212 pessoas que morreram trabalhando na construção da rodovia central da ilha, já que, como esta, a cascata nunca deixa de fluir.

Um dos passeios considerados “chaves” para quem vai à Taroko, é a caminhada através de Jiuqu Dong, também conhecido como “o túnel das nove voltas”.

Assim como o número nove que simboliza boa sorte, grandeza e longevidade, o túnel das nove voltas é um símbolo lendário de beleza e força da natureza.

O rio Liwu que esculpiu a encosta de mármore por milhares de anos deixou as paredes do tortuoso caminho separadas por uma distância tão pequena que os chineses as chamam de “fio para o céu”.

Leva-se cerca de 30 minutos para se percorrer o tortuoso rio Liwu com suas grandes curvas, exuberantes precipícios de mármore e águas cristalinas que refletem os céus.

O caminho de Shakadang

Se o viajante se interessar por uma excursão mais longa e com mais aventura, porém não muito cansativa, pegue um bastão e comece a caminhar pelos caminhos de Shakadang. O caminho de 4,4 quilômetros, conhecido também como “o caminho do vale misterioso”, oferece uma bela vista do rio e das encostas de mármore do Cânion.

Continue caminhando e siga o “mantra” do poeta Basil King, e se você é audaz, “…poderosas forças virão em sua ajuda”. Definitivamente o viajante se deparará como uma visão incrível no final do caminho. Há uma caverna chamada de “caverna da cortina d’água”, a qual é formada por uma resplandecente cascata de um lado e, do outro lado, por uma parede de água formada pela água da chuva.

Todas as coisas chegam ao fim. Não são necessárias estrelas nem anotações sublimes para validar esta viagem a Taiwan. Tudo que se necessita é um sentimento de aventura, um desejo de serenidade e uma câmera fotográfica para guardar as memórias de paz por muitos e muitos anos.