Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Ao navegar sem esforço na exigente profissão de gestão de modelos de moda e artistas, uma jovem gestora de modelos da Índia creditou uma prática meditativa enraizada em verdade, compaixão e tolerância como sendo a sua pedra angular para a calma.
Neha Shah, de 31 anos, trabalha na Anima Creative Management, com sede em Mumbai, uma empresa de gestão de talentos que representa exclusivamente modelos e artistas indianos e internacionais.
Em sua função, Shah teve a oportunidade de trabalhar com uma clientela diversificada, como Anita Dongre, Sabyasachi, Gaurav Gupta, Tanishq, Pantene, Tarun Tahiliani, Rahul Mishra, Sephora, Tira Beauty, Nykaa e muito mais.
Ao longo dos anos a Anima Creative também representou modelos como Pooja Mor Sumaya Hazarika, Monica Tomas e Andrea Kevichusa, bem como artistas talentosos como o fotógrafo de moda Adhiraj Chakrabarti e o cabeleireiro famoso Gabriel Georgiou.
A gerente modelo correlaciona a beleza ao “lado divino”, que ela chama de beleza interior.
“Ele brilha e reflete graça e calma em qualquer situação”, disse ela ao Epoch Times. “Não mede nenhuma forma superficial. Portanto, consideramos a moda e a beleza tradicionais em relação à beleza divina, que tem significado interno e profundidade”.
“Inspiração para crescer como ser humano’’
Formada em design de moda, Shah auxiliava designers de moda quando uma amiga sugeriu que ela tentasse trabalhar como gerente de modelos, confiante de que seria perfeita para o papel.
Depois de ingressar na Anima Creative Management em 2016, Shah percebeu uma diferença na forma como a empresa operava.
Experimentando em primeira mão o ambiente profissional edificante da Anima Creative Management, que se baseia em uma forte ética moral, Shah foi pega de surpresa; ela sempre acreditou que era impossível defender tais valores na exigente indústria da moda.
“Isso me deu um sentimento de respeito e inspiração para crescer como ser humano”, disse Shah.
Curiosa para saber mais sobre a cultura de trabalho otimista da empresa, Shah aceitou um convite para participar de uma aula de meditação do Falun Dafa com os fundadores da agência, Mark Luburic e Gunita Stobe.
Falun Dafa, também conhecido como Falun Gong, é uma disciplina espiritual que envolve cinco exercícios meditativos suaves e ensinamentos morais baseados em três princípios fundamentais: verdade, compaixão e tolerância. A prática ganhou popularidade na China durante a década de 1990, com 70 a 100 milhões de pessoas praticando em 1998, segundo estimativas oficiais.
“Comecei a frequentar sessões de meditação do Falun Dafa realizadas semanalmente em nosso escritório”, disse ela, “Assim que comecei a ler os livros, isso me deu [uma visão mais profunda] da prática espiritual, e comecei a obter respostas para todas as perguntas que tinha e a aprender o significado da vida”.
Desde que tornou a prática parte diária de sua rotina, ela percebeu incríveis benefícios físicos e mentais em pouco tempo.
Cada vez que ela sofria de febre, resfriado ou reação alérgica, ela percebia que se recuperava muito rapidamente. Ela diz que foi a “energia compassiva” da prática que a ajudou.
Além de sentir uma sensação de leveza no corpo, ela também parou de beber álcool, uma atividade social que praticava ocasionalmente.
“Não encontrei nenhum significado nem gostei mais de me entregar a isso”, disse Shah. “Nunca me forcei a desistir, mas fui capaz de desistir naturalmente”.
Em sua função como gerente de modelos, Shah tem uma ampla gama de responsabilidades, como procurar novos talentos, preparar modelos, gerenciar agendas de modelos, desenvolver e manter relacionamentos com clientes e servir como ponte entre modelos e clientes.
Encarregada da responsabilidade de garantir uma comunicação tranquila entre clientes e modelos e obter resultados mutuamente benéficos, Shah conseguiu apoiar-se nos princípios do Falun Dafa como a sua luz orientadora para lidar com tarefas desafiadoras e prazos urgentes.
“Os ensinamentos do Falun Dafa tiveram um impacto imenso na forma como comecei a encarar o meu trabalho e as pessoas com quem trabalhei”, disse ela. “Eu não encarava mais o trabalho apenas como uma tarefa a ser concluída, mas me sentia muito responsável pelos outros enquanto executava qualquer tarefa. … Ensinou-me a dar um passo atrás em qualquer tipo de conflito e sempre considerar os outros no meu discurso e ação; ajudar os outros com uma atitude altruísta. Isso harmonizou o ambiente de trabalho”.
Shah, que inicialmente achou a indústria da moda muito glamorosa, disse: “Fazer parte dela mostrou a demanda da indústria. Envolve trabalho árduo, uma agenda cansativa e um padrão de trabalho desorganizado”.
Com a agenda exigente da indústria de gestão de talentos, Shah teve que conciliar constantemente várias tarefas, deixando-a com muito pouco tempo para descansar em alguns dias. No entanto, diz ela, sente-se revigorada e cheia de energia depois de praticar os exercícios do Falun Dafa.
À medida que progride em sua jornada espiritual, ela se sente mais satisfeita consigo mesma e percebe que gradualmente parou de perseguir o sucesso e agora está focada em dar o seu melhor em todas as situações.
“Sempre que estou confusa ou presa numa situação difícil, avaliar-me com verdade, compaixão e tolerância ajuda-me a permanecer no caminho certo”, disse ela.
Ao poder testemunhar benefícios tão incríveis, Shah ficou triste ao ouvir sobre a campanha de perseguição ao Falun Gong que ocorre há mais de 25 anos pelo Partido Comunista Chinês.
“Fiquei absolutamente chocada com a supressão e tortura ilógica de pessoas inocentes que só queriam ser boas versões de si mesmas através da prática espiritual”, disse ela, referindo-se à primeira vez que ouviu falar da perseguição. “Isso me deixou confusa sobre por que alguém seria tratado dessa maneira apenas por seguir sua fé”.
Desde então, ela tem se envolvido ativamente na divulgação da conscientização sobre a perseguição em curso como parte de suas conversas diárias.
Defendendo a ética e a moral
Fazendo parte da indústria da moda há anos, Shah viu ela passar por uma mudança drástica.
“’Ganhe mais e dê menos’ é o novo lema em todos os segmentos da indústria. A criatividade funciona com pressão e prazos neste momento, o que resultou na perda de beleza, profundidade e propósito”, disse Shah. “Excesso de trabalho, horários de trabalho desorganizados e mentiras inocentes são considerados uma norma”.
Com o ritmo rápido a que a indústria está a crescer, Shah disse que se deparou com situações em que se espera que os modelos funcionem, apesar de por vezes enfrentarem problemas de saúde ou serem obrigados a trabalhar para além do tempo previsto.
“Nesses casos, a equipe da Anima Creatives sempre tenta explicar a situação ao cliente e prioriza o bem-estar dos modelos, mesmo que eles tenham que perder [financeiramente]”, disse Shan.
Quando confrontada com práticas antiéticas e termos injustos na indústria, ela sentiu-se inspirada ao ver a sua agência manter-se firme nas suas crenças e não ceder à pressão.
“Com as raízes da empresa alicerçadas na disciplina e na honestidade, eles se esforçam para garantir que os modelos sejam tratados como uma ‘expressão de arte’ e não apenas como um meio usado para expressar arte”, disse Shah.
Seu conselho para jovens modelos que buscam uma carreira de sucesso na indústria da moda?
“Confie no processo! Aprendi ao longo da minha jornada que nunca seremos capazes de controlar a situação externa, mas podemos sempre controlar a nossa atitude perante a situação”, disse ela. “[Sejam] muitos sucessos ou muitos fracassos, ter uma atitude humilde e positiva com uma forte base moral é a chave.
“Não perca sua verdadeira natureza em meio aos requisitos exigentes e superficiais da indústria”.
