Missionária brasileira é reconhecida com prêmio internacional por trabalho com refugiados

Por Redação Epoch Times Brasil
10/10/2024 17:50 Atualizado: 10/10/2024 17:50

A missionária brasileira Rosita Milesi, aos 79 anos, foi agraciada com o Prêmio Nansen, uma honraria da ONU que reconhece anualmente indivíduos ou organizações comprometidas com a proteção de pessoas forçadas a deixar suas casas. 

O prêmio será entregue em uma cerimônia que ocorrerá na próxima segunda-feira (14) em Genebra, na Suíça. 

“Sou inspirada pela crescente necessidade de ajudar, acolher e integrar refugiados. Não tenho medo de agir, mesmo que não alcancemos tudo o que queremos. Se assumo algo, vou virar o mundo de cabeça para baixo para fazer acontecer”, disse a religiosa em comunicado.

Natural do interior do Rio Grande do Sul e filha de uma família de 12 filhos, Rosita teve uma formação marcada pela fé, com práticas religiosas desde a infância, como a reza em família. 

Aos 9 anos, ingressou nas Irmãs Scalabrinianas, dedicando-se à educação e ao Direito. Sua atuação foi fundamental para a criação da primeira Lei de Refugiados no Brasil, em 1997.

Como advogada, irmã Rosita desempenhou um papel crucial na formulação de legislações que protegem os direitos dos refugiados, muitos dos quais chegam a novos países sem recursos, fugindo de guerras, desastres naturais ou regimes autoritários. 

 “Não tenho medo de agir, mesmo que não consigamos tudo o que queremos. […] O maior prêmio é ver os refugiados retomando suas vidas com dignidade e esperança”.

Além de Rosita, outras quatro mulheres foram homenageadas com o Prêmio Nansen para Refugiados, cada uma representando uma região distinta do mundo. São elas: Deepti Gurung, da Ásia-Pacífico; Nada Fadol, do Oriente Médio e Norte da África; Jin Davod, da Europa; e Maimouna Ba, da África.

Irmã Rosita é a segunda brasileira a ser agraciada com o Prêmio Nansen. O primeiro brasileiro a receber essa honraria foi o ex-arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, em 1995.