Jovem monja tem câncer curado após encontrar antiga meditação

"Eu fui diagnosticada com câncer de estômago, e o câncer se espalhou em meu intestino e útero"

26/06/2018 17:09 Atualizado: 26/06/2018 17:09

A jovem vietnamita Do Nguyen Hoang Uyen jurou ser uma bhikkhuni (monja budista) quando era estudante de Direito. Anos depois, ela foi diagnosticada com câncer de estômago. Ela começou a planejar silenciosamente seu funeral. Foi então que um milagre aconteceu.

Eu deixei a escola e a família para me tornar uma freira

Eu decidi me tornar uma bhikkhuni, uma freira budista, quando eu tinha 26 anos de idade. Tomei essa decisão depois que minha avó, uma freira budista, faleceu. Ela se tornou freira quando tinha mais de 60 anos e morreu de câncer aos 78 anos. Sua atitude em relação a uma doença tão mortal me fez admirá-la. Ela não reclamou ao lidar com a dor causada pelo câncer. Ela apenas orou até o último minuto. Três dias depois de sua morte, nossa família organizou um grande funeral para ela. Muitos monges famosos e prestigiados compareceram ao seu funeral e eu esperava que meus pais pudessem ter o mesmo grande funeral quando eles falecessem. O funeral foi caro e estava além da capacidade financeira da minha família. Todas as despesas foram pagas com as contribuições de muitos outros seguidores budistas.

Do Nguyen Hoang Uyen left law school and her family to become a nun (NTD.TV)
Do Nguyen Hoang Uyen deixou a faculdade de Direito e sua família para se tornar freira (NTD.tv)

Depois do funeral, pedi a uma monja bhikkhuni de um templo que me deixasse ser freira. No entanto, senti-me resistente à dieta vegetariana estrita. Ela me disse: “É só comer, não precisa se preocupar.” Ela estava certa, eu poderia comer comida vegetariana no dia seguinte e isso não me incomodaria. Eu admirava muito a monja bhikkhuni. Ela era um Buda vivo para mim. Quando eu me tornei freira, eu estava no quarto ano do curso de Direito e também estava em um relacionamento. Apesar dos obstáculos da minha família, decidi deixar tudo isso para trás para começar uma vida nova. Minha decisão e determinação ficaram ainda mais fortes quando a monja bhikkhuni me disse que, se houvesse um membro da família recebendo as bênçãos sagradas, toda a família desfrutaria de muitos benefícios.

Dificuldades no templo

Como diz um provérbio vietnamita, “cada um sabe onde o sapato aperta”. A vida no templo não era tão fácil quanto eu pensava. Eu vi freiras e monges apegados à luxúria, ódio e ilusão como pessoas comuns. Como poderíamos ser iluminados em tal ambiente? Eu senti como se estivesse presa em um dilema, mas não sabia como sair. Tudo o que eu podia fazer era rezar dia e noite para as estátuas de Buda e Bodisatva Avalokitesvara.

Practicing Falun Dafa meditation and reading “Zhuan Falun” (NTD.TV)
Praticando a meditação do Falun Dafa e lendo “Zhuan Falun” (NTD.tv)

Eu insistia em implorar para que o Buda me ajudasse a encontrar um mestre genuíno no intuito de chegar à iluminação. Eu me sentia muito solitária e estagnada.

Minha rotina de vida no templo envolvia cozinhar para 250 freiras e monges, e orar dia e noite, esperando que um dia eu encontrasse um mestre genuíno. Desta forma, eu continuava esperando ainda que desesperançosa.

Encontrando o verdadeiro caminho

Um ano depois de oficialmente me tornar uma freira, fui diagnosticada com câncer de estômago. O câncer se espalhou em meu intestino e útero. Até para me levantar era muito doloroso. Apesar disso, eu ainda tentei o meu melhor para completar meus deveres rotineiros. Quando me tornei fraca demais, tive que ir para uma clínica.

Reading the text of Falun Dafa, a way of spiritual cultivation in everyday society (NTD.TV)
Lendo o texto do Falun Dafa, um caminho de cultivo espiritual na sociedade cotidiana (NTD.tv)

Fiz vários tratamentos conforme aconselhada por uma amiga. Ela era muito boa e gentil comigo e me enviava remédios regularmente. Ela também me acompanhou durante o tratamento. Em uma última tentativa, fomos ver todos os médicos e mestres de qigong que tinham reputação de tratar o câncer. Mas foi tudo em vão. Minha doença havia se tornado ainda mais séria. Eu não temia a morte, mas estava preocupada com meus pais e como eles iriam sofrer se eu morresse tão jovem.

Quando já estava quase perdendo a esperança, minha amiga recomendou uma prática poderosa de autocultivo, baseada em meditação, chamada Falun Dafa. Ela me disse para ir ao parque para conhecer outros praticantes do Falun Dafa que poderiam me ensinar a prática.

No começo, eu estava muito relutante, mas ela foi muito gentil comigo e insistiu que eu deveria tentar todos os caminhos para sobreviver. Ela me deu informações sobre o Falun Dafa e os tipos de benefícios mentais e físicos que os praticantes experimentam ao fazer os exercícios. Suas sinceras palavras me comoveram e eu decidi tentar.

Naquela época, eu ainda morava no templo, o que dificultava minha saída. Eu tive que mentir e dizer que precisava sair para ser tratada. Eu me mudei para a casa da minha amiga para poder ir ao parque praticar. Fiquei surpresa que depois de apenas um mês praticando com outros no parque, minha dor diminuiu e eu comecei a me recuperar lentamente. Voltei para o templo e à noite li o “Zhuan Falun”, o texto principal do Falun Dafa, e pratiquei os exercícios secretamente, pois não queria que os outros soubessem que eu estava em um novo caminho.

Praticar o cultivo na vida cotidiana

Um mês depois de começar a praticar os exercícios e ler o livro, decidi deixar o templo para começar uma nova vida — uma vida de prática de cultivo na sociedade normal. O Falun Dafa é uma forma de cultivo da Escola Buda, mas encoraja os praticantes a praticarem na sociedade cotidiana e a se aperfeiçoarem nesse ambiente complexo enquanto mantêm empregos normais e vida familiar. Eu tive que lidar com muitas críticas quando fiz essa escolha. A monja bhikkhuni me questionou muito, mas, finalmente, ela concordou em me deixar ir. No entanto, minha família estava irritada com a minha decisão. Eles esperavam que eu seguisse o caminho de minha tia, que agora dirige um templo em Binh Duong, e vai para a Índia para continuar seus estudos budistas. Na mente deles, minha “promoção de carreira” era muito promissora e era uma prioridade maior do que o desenvolvimento espiritual.

Mas eu estava tão determinada que ninguém pôde me impedir. Não foi apenas porque o cultivo do Falun Dafa me ajudou a superar minhas doenças, mas porque eu sabia que era o verdadeiro caminho de cultivo que eu estava procurando. Eu me senti iluminada quando li o “Zhuan Falun”, porque era um livro de cultivo genuíno. Tudo o que eu não conseguia entender sobre vida, carma e cultivo era explicado de maneira clara e simples no livro, e isso me tocou profundamente.

Quando pratiquei o primeiro exercício do Falun Dafa, senti uma onda de energia quente percorrendo meu corpo, o que me fez sentir confortável e em paz. Esse sentimento era maravilhoso demais para descrever em palavras. Eu testemunhei uma mudança magnífica em minha mente e corpo. Apenas seis meses depois de iniciar o novo caminho de praticar o Falun Dafa, me recuperei de todas as minhas doenças.

Studying “Zhuan Falun” with students after class (NTD.TV)
Estudando o livro “Zhuan Falun” com os alunos depois da aula (NTD.tv)

Atualmente, estou totalmente saudável e ganho a vida sozinha como professora de inglês. Depois de cada aula, meus alunos e eu sentamos juntos para ler o “Zhuan Falun”. Depois de ouvirem que eu poderia me recuperar do câncer graças a essa poderosa prática de meditação, os pais de meus alunos queriam que seus filhos praticassem o Falun Dafa.

Lembro-me dos primeiros dias em que deixei o templo e tive que enfrentar muitos problemas. Eu não tinha dinheiro, emprego nem lugar para morar. Na verdade, muitas pessoas estavam dispostas a me fornecer apoio material, mas eu recusei. Agora, viver entre os praticantes do Falun Dafa que são calorosos, sinceros e puros me faz feliz por ter feito a escolha certa. No momento, meu corpo e minha mente estão estáveis e tranquilos para seguirem um longo caminho pela frente, por mais difícil e desafiador que possa ser. Eu acredito que posso prosseguir devido ao fato de estar em um caminho justo.

Por fim, meus pais começaram a apoiar meu cultivo no Falun Dafa. Ficaram felizes quando me viram vivendo de forma saudável, pacífica, livre e genuína. Fiquei sabendo que minha tia, que há 30 anos é monja bhikkhuni, queria me levar de volta para o templo. Mas a minha monja bhikkhuni anterior disse a ela: “Deixe-a em paz. Ela está agora no caminho certo.” Ela é a pessoa que mais me entende. E ela está profundamente consciente de que a chave do cultivo do budismo é mudar a mente e o mundo interior. Deste modo, praticar o budismo na vida cotidiana é a forma mais difícil, mas também a mais gratificante.

Sou muito grata pelo fato do compassivo Buda ter escutado minhas orações e me mostrado um modo genuíno de cultivo. Provavelmente, apenas as pessoas que retornam da morte e da dor causada pela doença terminal podem entender como estou feliz e como me sinto grata por ter encontrado uma prática que me trouxe o verdadeiro caminho para a saúde e a iluminação.

Eu acredito que tudo acontece por um motivo e é predestinado. Se acontecer de você ler minha história, espero que ela também possa lhe beneficiar e lhe inspirar.

Nota do editor:

O Falun Dafa é uma prática de cultivo da mente e do corpo que ensina a Verdade, a Compaixão e a Tolerância como uma forma de melhorar a saúde e o caráter moral e alcançar a sabedoria espiritual.

Para mais informações sobre a prática, visite FalunDafa.org. Todos os livros, música de exercícios, recursos e instruções estão disponíveis gratuitamente.