A Groenlândia ou Gronelândia (em Portugal) está localizada na região do Circulo Polar Ártico. Com 2,1 milhões de km2, tem uma área 48 vezes maior que o estado do Rio de Janeiro. Faz parte do território do Reino da Dinamarca, um país do tamanho do Rio de Janeiro.
O nome Groenlândia, em norueguês arcaico, quer dizer Terra-Verde (Groen-Land), nome que não retrata a situação real, porque 80% do território da Groenlândia estão cobertos por uma camada de gelo de 3 km de espessura. Há regiões cujas pessoas nunca viram uma árvore.
A Groenlândia foi oficialmente descoberta por um viking chamado Erik, o ruivo. Segundo fatos históricos, o nome Terra-Verde deve-se a existência de um bosque de bétulas na região onde Erik desembarcou no ano 983 d.C. Outra versão, bem diferente, diz que Erik chamou-a de Terra-Verde, porque assim os noruegueses ficariam mais interessados em sua descoberta e em colonizar o local.
Groenlândia é a maior ilha do mundo, se não a considerarmos como um continente, a exemplo da Austrália. Nos filmes e revistas, é mostrada como um gigantesco continente de gelo. A camada de gelo que cobre a ilha contém cerca de 7% de toda a água doce do mundo. Se todo esse gelo derreter, o nível dos oceanos subirá mais de 7 metros; seria desastroso e mudaria o mapa do mundo como o conhecemos atualmente.
A Groenlândia tem apenas 60 mil habitantes acompanhados de cerca de 30 mil cães de trenó, que vivem em trechos litorâneos não cobertos pela camada de gelo. A maior parte da população é de origem Inuit (esquimó) e, em certas épocas do ano (de novembro a janeiro), há luz natural praticamente 24 horas por dia. É o chamado Sol da meia-noite.
Rica em belezas naturais, a Groenlândia é cada vez mais visitada por turistas. O ponto forte da ilha são suas paisagens, vida selvagem, fiordes e geleiras. Há várias coisas a se fazer: passeios de barco ou caiaque, trekking, expedições para observar e fotografar a vida selvagem, passeios em trenós puxados por cães (o melhor meio de transporte no inverno), pesca e esqui.
Viajar à Groenlândia requer planejamento. As poucas cidades na ilha estão muito distantes entre si e não há estradas ligando-as devido ao gelo e ao relevo litorâneo irregular e recortado de sua costa. Uma boa opção é fazer passeios em pequenos barcos alugados e apropriados à navegação na região, pois assim é possível acessar lugares que não se consegue por terra.
Os padrões esculpidos no icebergue pela erosão da água do mar na sua parte submersa e pelos ventos e derretimento em sua parte exposta ao ar dizem muito de sua história. A forma do icebergue não é estática, muda continuamente e, junto, muda também seu centro de gravidade, fazendo que ele gire; o que antes era exposto torna-se submerso e vice-versa.