Por Yeny Sora Robles
Graças a uma equipe de médicos experientes do Hospital Infantil da Filadélfia e à fé dos pais, as gêmeas Addison e Lilianna, que nasceram unidas pelo abdômen, foram separadas com sucesso e agora crescem saudáveis.
Maggie Altobelli, de 33 anos, de Chicago, estava grávida de 20 semanas quando foi com o marido, Dom Altobelli, realizar um ultrassom de rotina, em agosto de 2020. Enquanto o procedimento estava sendo feito, eles viram algo que os surpreendeu.
“Foi tipo, ‘Oh meu Deus, são dois?’ A técnica que estava realizando o ultrassom ficou um pouco abalada e disse que tinha que chamar o médico”, relatou Maggie ao Today Parents. Aí o médico entrou, deu uma olhada e afirmou que nunca tinha visto nada parecido em toda sua carreira.”
A técnica do ultra-som então revelou que suas bebês gêmeas estavam unidas pelo abdômen.
“Fiquei um pouco nervosa no começo, mas depois pensei: ‘Bem, tudo bem, podem ser separados”, acrescentou Maggie à mídia.
Logo depois, eles se encontraram com um especialista, que submeteu a futura mãe a mais testes que determinaram que as gêmeas possuíam abdomens unidos e compartilhavam o diafragma e o fígado, mas tinham corações separados, o que permitiria a cirurgia de separação.
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“Foi uma surpresa e muito chocante”, afirmou Maggie ao Today-In-24. “Mas pensamos que Deus nos deu essas meninas por uma razão”, então decidiram fazer o que pudessem para ajudar seus bebês.
Após várias consultas e recomendações, os pais decidiram viajar para a Filadélfia para iniciar um processo de acompanhamento da gravidez e posterior separação das gêmeas no Hospital Infantil da cidade.
No dia 18 de novembro de 2020, com 34 semanas de gravidez, Maggie deu à luz Addison e Lilianna por cesariana.
No entanto, os médicos decidiram esperar alguns meses para realizar a cirurgia.
“Tratava-se de deixá-las se alimentar e crescer”, afirmou Holly Hedrick, cirurgiã pediátrica e fetal, que liderou o processo de separação, ao Today Parents. “Em seguida foram submetidas a uma expansão de tecido, que foi para ajudá-las a crescer um pouco de pele, porque compartilhavam a parede torácica de baixo da clavícula até o umbigo”.
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Separar as gêmeas levou meses de planejamento e prática. Separar o fígado foi o maior desafio. Os radiologistas criaram um modelo 3D dos fígados das meninas, que mostrava aos médicos como eles estavam interconectados, de acordo com o Today Parents. E praticaram exercícios gerais para o dia da operação.
Além disso, os médicos também precisavam certificar-se de que o diafragma continuasse funcionando após a divisão.
Com todos os preparativos feitos e com pele suficiente para cobrir o tórax e o abdômen, as gêmeas de 10 meses foram operadas.
A operação foi realizada no dia 13 de outubro de 2021 e durou 10 horas. Os pais esperaram pacientemente, confiando que os médicos fariam o melhor que pudessem por suas filhas. Às 14h38, Addy e Lily já estavam separadas.
“A maneira como nossa equipe trabalhou em conjunto foi realmente incrível e especial, com tantas pessoas se unindo para trabalhar em direção a um objetivo comum. Addy e Lily estão bem, e nossa esperança é que elas levem vidas plenas e alegres”, afirmou o Dr. Hedrick em um comunicado de imprensa do Hospital Infantil da Filadélfia.
“Vê-las em seus próprios corpos – seus corpos eram tão perfeitos – foi incrível”, acrescentou Maggie. “Foi simplesmente indescritível”.
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Voltando para casa
No dia 1º de dezembro de 2021, a família voou para casa em Chicago. As gêmeas passaram duas semanas em um hospital local e foram liberadas antes do Natal, de acordo com a ABC4.
Ambas as meninas ainda têm tubos de traqueostomia e respiradores, pois precisam de tempo para fortalecer seus músculos e começar a respirar por conta própria.
Para os pais foi uma grande experiência que querem compartilhar com os outros.
“Esta é a nossa jornada. É muito especial de várias maneiras”, declarou Maggie ao Today Parents. “Essas meninas vão viver uma vida longa e saudável. É milagroso e é incrível que estejamos vivendo essa vida”.
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