Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Depois que o incidente das cabras da montanha dançando em cima do SUV crossover foi capturado em vídeo no início de julho, mais de um milhão de espectadores fizeram “ooh” e “ahh” on-line, embora alguns tenham ofendido o fotógrafo: Por que ele não impediu que as cabras dançassem no carro de outra pessoa?
Ele teve que esclarecer as coisas.
As cabras da montanha não estavam no itinerário de Michael Ryno quando ele partiu pouco antes das 4 horas da manhã em uma viagem de uma hora e meia até o Monte Evans e chegou meia hora antes do nascer do sol. Seu objetivo era fotografar os pinheiros de 1.000 anos de idade com todas as cores do nascer do sol passando por seus galhos retorcidos, e o Sr. Ryno, 62 anos, presidente da Professional Photographers of Colorado, capturou essa mágica sem problemas.
As cabras da montanha foram uma reflexão tardia. Mas elas proporcionaram algo inesperado para o fotógrafo: Exposição e notoriedade.
Dirigindo em direção ao cume do Monte Evans, com 14.000 pés de altitude, perto do topo, ele parou e viu um Subaru com a placa “GLAMP” (glamourous camping) estacionado em um local escarpado, não designado para estacionamento, ao lado da estrada, de onde parecia que alguns caminhantes provavelmente haviam partido.
Mais importante, porém, ele viu cabras.
“Quando cheguei lá, havia dois filhotes de cabras bem na frente do carro, entre mim e o carro”, disse ele ao Epoch Times, supondo que provavelmente tinham apenas alguns meses de idade. Os dois cabritos estavam com duas cabras adultas, acrescentou, e estavam “meio que andando em volta do carro, o que é bastante comum lá em cima”.
Ele não reconheceu o carro nem conhecia seu proprietário, disse ao jornal. Ao ver as cabras subindo no Subaru, ele pegou seu telefone para capturá-las testando e brincando nas superfícies que saltam, que são muito diferentes das rochas implacáveis com as quais estão acostumadas. “É claro que elas estão acostumadas a andar em superfícies duras”, disse o Sr. Ryno. “Elas estão acostumadas a andar sobre pedras”.
Havia um contêiner de armazenamento preto da Yakima no teto do SUV, e as cabras montanhesas de cascos ágeis pareciam imunes a escorregões, pois pulavam com facilidade sobre sua superfície de plástico para fazer uma “pequena dança no topo”, disse o fotógrafo.
“Pensei em publicar esse vídeo como um vídeo no Instagram”, disse ele, “sem esperar a atenção que ele está recebendo”.
Como outros clipes de cabras da montanha, esse se tornou viral. Depois de publicado, ele teve 2,2 milhões de visualizações, 90.000 curtidas e mais de 2.000 comentários. O Sr. Ryno, ex-banqueiro corporativo que se dedicou à fotografia como uma espécie de trabalho dos sonhos na aposentadoria, apareceu recentemente nos canais de notícias locais e até mesmo foi à televisão ao vivo para falar sobre o incidente com a cabra naquele dia.
Mas toda essa atenção também trouxe críticas.
“Apenas algumas pessoas”, disse ele, “que questionaram por que eu não as expulsei do carro”.
Ele insiste que tem seus motivos.
“Normalmente, com a vida selvagem, você não interfere e persegue. Sejam ursos, cabras da montanha ou o que for, você não tenta antagonizar os adultos”, disse ele. “De modo geral, a menos que alguém esteja se machucando ou algo assim, a ideia é não tentar interromper o que eles estão fazendo naturalmente”.
O Sr. Ryno diz que entrou em contato com outros fotógrafos profissionais de vida selvagem e eles lhe disseram que ele fez “absolutamente a coisa certa”.
“Se fosse o meu carro, eu provavelmente teria feito a mesma coisa naquela circunstância, [já que havia] outros filhotes de cabra que estavam na base quando tudo começou”, disse ele.
O Sr. Ryno conseguiu até mesmo entrar em contato com a proprietária do carro: Mindy Williford, uma mulher ambiciosa que gosta de atividades ao ar livre com 300 caminhadas radicais em seu currículo (“Seu camping não é glamouroso”, diz Ryno). Alguém reconheceu sua placa no vídeo e, por meio do Instagram, informou-a de que a filmagem da dança existia. Embora ela tenha testemunhado apenas as consequências, ela gravou um vídeo mostrando as pegadas em seu carro e a empolgação que isso causou nela e em sua amiga, e depois o publicou no Instagram.
Depois que eles se conectaram e ela recebeu um e-mail do Sr. Ryno, ela finalmente teve a visão completa.
Não houve nenhum dano, de acordo com o fotógrafo. Para a Sra. Williford, todas as marcas de casco foram lavadas com facilidade, sem deixar marcas.
Ela ficou chateada?
“De forma alguma”, disse o Sr. Ryno. “Seu comentário foi: ‘Ah, eu queria ter visto isso'”.
