Delfos era o centro religioso da Grécia Antiga. Era lá que ficava o famoso Oráculo de Delfos, onde os gregos, entre os séculos 8 a.C. e 2 a.C., iam para saber o militares; as pessoas comuns iam principalmente para se consultarem sobre negócios, problemas de saúde e questões de amor; todos que podiam iam ao Oráculo antes de tomarem decisões importantes.
A cidade de Delfos foi sede do principal templo grego, o Templo de Apolo, deus associado ao dom da profecia. Nos subterrâneos do complexo do Templo, funcionava o Oráculo.
No subsolo do Templo de Apolo, onde ficava o Oráculo, havia uma gruta com uma fenda da qual saiam vapores. Segundo a tradição grega, quando uma sacerdotisa inalava esses vapores – que alteravam seu estado de consciência -, ela tinha seu espírito possuído por Orfeu, filho de Apolo, que lhe fazia revelações proféticas. Essa sacerdotisa especial, que recebia revelações dos deuses, era chamada de sibila.
Antes de cada sessão, a sibila, para se preparar e alcançar o estado de consciência necessário, descia à gruta sob o Templo de Apolo e, lá, inalava vapores “sagrados”, que, com uma espécie de folha de vegetal alucinógeno que ela mascava, induzia nela um tipo de transe mediúnico e assim, ela profetizava, fazia revelações e dava respostas.
Às vezes, o oráculo usava de ambiguidade nas respostas, como foi o caso da célebre passagem do rei Creso da Líbia, que consultou o Oráculo de Delfos nas vésperas de uma batalha decisiva com os persas. Creso Indagou se deveria ou não atravessar o rio Alísio e atacar os persas. O oráculo respondeu-lhe: “Atravessando o rio e combatendo o inimigo, o rei Creso veria a destruição de um grande reino”.
Creso atravessou o rio e perdeu a batalha. Ao acusar o Oráculo de ter feito uma falsa predição, as sacerdotes do templo defenderam-se alegando que o rei Creso não havia entendido a profecia, pois o reino ao qual a predição havia se referido era o dele e não o dos persas.
Depois de o Império Romano conquistar Delfos, no século 2 a.C., o local sofreu diversas pilhagens e a posterior expansão do cristianismo também contribuiu para a decadência de Delfos. O Templo foi fechado definitivamente por um decreto do imperador Teodósio no final do século IV.
No Anfiteatro, ao lado do Templo de Apolo, eram realizadas apresentações musicais e sessões de leitura de poesias durante festividades religiosas. O anfiteatro oferecia aos espectadores uma vista majestosa do Templo de Apolo.
Delfos foi símbolo de unidade dos povos helênicos: independentemente da rivalidade que havia entre as cidades gregas, elas eram unânimes na reverência ao poder do Oráculo. O gregos consideravam Delfos com o centro do mundo, o umbigo do mundo.
Por sua importância histórica, Delfos é um dos lugares do mundo que merece ser visitado.