Os amigos desempenham um papel importante na vida de uma pessoa. Desde criança, temos o desejo de conhecer pessoas, e estas relações iniciais nos ajudam a moldar e desenvolver nosso caráter adulto. Através da interação com os outros, aprendemos a pensar menos em nós mesmos para entender as necessidades e desejos dos outros.
“Como seres humanos, somos criaturas sociais em todas as fases de desenvolvimento, da infância à idade adulta. Cada período tem diferentes objetivos a serem alcançados e dominados, no que diz respeito ao desenvolvimento social e moral, e cada um é importante para contribuir com a forma que você trabalha como um adulto “, disse o Dr. K. Theodote Pontikes, psiquiatra da infância e adolescência do Sistema de Saúde da Universidade de Loyola e professor assistente dos departamentos de Psiquiatria e Neurociências do Comportamento e Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Loyola.
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O companheirismo e o aprendizado em relação a outros começa na infância, através das interações iniciais com os pais, outros cuidadores e familiares. Quando uma criança cresce e explora o mundo fora de sua casa, interagindo com os outros, ela começa a entender os costumes sociais.
“Ao interagir com seus amigos, as crianças começam a aprender sobre a diversidade de perspectivas, e que os outros podem ter diferentes pensamentos e sentimentos. Este processo facilita que a criança resolva seus problemas e desenvolva habilidades de pensamento crítico, enquanto pratica como responder respeitosamente em contextos de desacordos, quando surgem tensões interpessoais. Estas são as situações que surgem ao longo da vida, e as crianças precisam de uma base sólida para saber como responder”, disse Pontikes.
Segundo Pontikes, os pais podem ajudar seus filhos organizando reuniões de jogos supervisionados, e estabelecendo uma amizade saudável com os pais dos amigos de seus filhos. Além da estimulação, essas primeiras amizades dão às crianças uma melhor compreensão do companheirismo, da convivência social, da gestão do tempo, do carinho e da empatia.
“As reuniões familiares, a escola e locais onde crenças são promovidas, são excelentes lugares que oferecem oportunidades iniciais para que as crianças aprendam a interagir com outras pessoas e fazer amizades. Quando já estão um pouco maior, a participação em um esporte ou uma atividade extracurricular pode ajudá-los a desenvolver habilidades sociais adicionais, que podem melhorar ainda mais a autoestima”, disse Pontikes.
Tão importante quanto as amizades para as crianças, é ainda mais importante que os pais mantenham um envolvimento próximo na vida de seus filhos.
“Os pais devem perguntar aos filhos sobre o seu dia, as suas experiências e sentimentos. As crianças precisam se sentir confiantes de que podem ser abertos e honestos com seus pais sobre suas alegrias, lutas e preocupações”, disse Pontikes, acrescentando que “quando uma criança parece isolada de seu entorno e não manifesta interesse em estar com os outros, seria benéfico consultar um especialista para afastar a depressão e outras condições. Isso também dá às crianças e aos pais a oportunidade de encontrar uma orientação adequada, a fim de otimizar o potencial da criança”.