A “Sonata do Luar” é o apelido pelo qual é conhecida a bela Sonata No. 14 em C menor de Ludwig van Beethoven, chamado pelo mesmo como “Sonata, quase uma fantasia”, de apenas três movimentos.
O nome “Sonata do Luar” foi dado casualmente pelo alemão Ludwig Rellstab, ao primeiro movimento da obra, porque uma vez disse a seus amigos, que o fazia lembrar-se dos reflexos do luar sobre o lago Lucerna na Suíça que costumava visitar.
Com certeza, não está claro a quem Beethoven dedicou esta bela sonata, que para alguns é a voz interior e para outros uma difícil aceitação do destino ou talvez uma pergunta que o compositor repete para tocar as mesmas notas. Dizem que foi para sua pupila favorita, a nobre Giulieta Guicciardi, com quem se supõe que esteve ligado sentimentalmente, mas que não teve a aceitação da família.
Beethoven era conhecido como um homem estudioso, criador de uma música clássica brilhante, que demonstra grande expressividade e energia em suas composições, e inclusive conseguiu criar quando ficou surdo, o que impedia de ouvir suas próprias notas.
Segundo alguns historiadores, sua vida foi caracterizada como solitária e tormentosa; seu pai, um cantor da corte, morreu alcoolizado com dificuldades financeiras, sua mãe faleceu quando ele ainda era muito jovem, o mesmo aconteceu com quatro de seus irmãos.
Apesar desta vida de sofrimento, pode superar e manter o legado musical de seu avô, que foi um organista, e desde jovem, com seu trabalho como músico, ajudava o resto da família. Suas grandes obras musicais são um legado elogiado pelos maiores músicos da história.
Ludwig van Beethoven nasceu em Bonn, na Alemanha, mas sua data de nascimento é discutida porque ele mesmo disse que seu registro de nascimento, 17 de dezembro de 1770, correspondeu a um de seus irmãos mortos. Por outro lado, o dia que normalmente seus familiares e seu professor comemoravam seu aniversário era o 16.
Aos 9 anos, fez estudos regulares com Christian Neefe, organista da corte, para se tornar o organista da Capela do Príncipe aos 14 anos.
Ele deixa Bonn em 1792, e se estabelece em Viena, capital da Áustria, onde se torna muito popular, inclusive o famoso músico e compositor Franz Joseph Haydn, em 1793, lhe dirige estas palavras:
“Você tem muito talento, e adquirirá ainda mais, muito mais. Tem uma inspiração abundante e inesgotável, tem pensamentos que nunca ninguém teve antes, não sacrifique seu pensamento ante um governo tirânico… você me dá a impressão de ser um homem de muitas cabeças, muitos corações e almas” são as palavras do famoso músico Franz Joseph Haydn.
Uma surdez se desenvolve desde jovem e ele torna-se isolado, já que para se comunicar com seus amigos, eles deviam fazê-lo por escrito.
A dor que ele sentia por não ser capaz de ouvir sua própria música se transmite até hoje através daqueles que contam sua história. Alguns meios de comunicação, como o Heiligenstadt em 1802, mencionaram que por causa de seu mal ele quase chegou ao suicídio.
As famosas, Quinta, Sexta e Nona Sinfonia bem como a Grande Missa Solene, algumas sonatas e quartetos, criadas nos últimos anos de surdez, mostram grande profundidade, talvez porque as criou somente com o som de seu interior.
Em 7 de maio de 1824, aparece pela última vez em público para a primeira apresentação da “Nona Sinfonia”, que o público recebeu com acalorados aplausos, conforme descrito na mídia.
“Passará ainda muita água por baixo da ponte do Danúbio, antes que tudo o que aquele homem criou seja compreendido pelo mundo”, disse o cantor lírico, pianista e compositor Frank Schubert em 1927.
Sua biografia conta que a cidade inteira assistiu seu funeral após sua morte em 26 de março de 1827.