A Embaixada da República Popular da China no México tenta, mais uma vez, restringir o direito à liberdade que os mexicanos têm de apreciar uma apresentação cultural como o espetáculo internacional apresentado pelo Shen Yun Performing Arts, uma empresa de artes cênicas sediada em Nova Iorque, que revive 5.000 anos de cultura tradicional chinesa.
Em 15 de março deste ano, a embaixada chinesa publicou uma declaração atacando o Shen Yun e o Falun Gong, uma disciplina espiritual que é proibida e perseguida na China, que foi replicada em vários meios de comunicação no México.
Shen Yun Performing Arts é uma companhia de música e dança clássica chinesa com sede em Nova Iorque que revive 5.000 anos de cultura tradicional chinesa, que foram quase destruídos pelo comunismo. Desde 2013, a companhia visita o México com apresentações esgotadas nos principais teatros do país.
A presidente da Associação Falun Dafa no México, também promotora do espetáculo, Sra. Rosaura Pliego, denuncia uma nova campanha difamatória contra a companhia artística em 2024.
“Há cerca de três anos começaram a espalhar calúnias, mentiras e difamações através de declarações nas redes sociais e publicações nos meios de comunicação nacionais, o que é uma pena, já que são meios de comunicação que têm apoiado a divulgação do Shen Yun com entrevistas nos últimos anos”, disse a Sra. Pliego.
Em sua campanha, a embaixada do Partido Comunista Chinês, ou PCCh, usou uma variedade de táticas para obstruir as apresentações do Shen Yun no México, incluindo perseguir os parentes dos artistas na China, caluniar o espetáculo e enviar cartas a autoridades e teatros pressionando-os a cancelar os shows, como aconteceu em 2022.
“O PCCh não quer que as pessoas conheçam o Shen Yun porque [sua] doutrina marxista é ateísta, portanto, eles querem impedir que as pessoas se conectem com sua parte divina. Ao mesmo tempo, ele teme que as pessoas no mundo livre tomem conhecimento da terrível repressão que o povo chinês está a sofrer por defender as suas crenças”, refletiu a Sra. Pliego sobre a perseguição ao Falun Gong.
Falun Gong, ou Falun Dafa, é uma prática espiritual que se originou na China na década de 1990, composta por exercícios de meditação e ensinamentos morais baseados nos princípios da verdade, compaixão e tolerância. O Falun Dafa era imensamente popular na altura, até que o regime chinês percebeu a sua popularidade como uma ameaça ao seu poder, por isso iniciou uma campanha para erradicar sistematicamente as suas crenças, lançando uma perseguição radical contra os praticantes do Falun.
Milhões de praticantes foram perseguidos pelo regime em instalações onde são submetidos a trabalho escravo, tortura, doutrinação e extração forçada de órgãos.
Nos espetáculos de dança clássica chinesa do Shen Yun você pode ver danças inspiradas na resiliência dos praticantes do Falun Gong, mostrando a realidade do que está acontecendo atualmente na China.
“As performances do Shen Yun também se mostraram eficazes em desmascarar as falsidades e difamações do PCCh sobre o Falun Dafa, expondo a perseguição no palco. É por isso que o PCCh vê o sucesso global do Shen Yun como uma grave ameaça ideológica, uma ameaça à sua legitimidade e, em geral, à sua permanência no poder”, comentou o promotor do espetáculo.
A Sra. Pliego também comenta que, apesar das tentativas do PCCh de sabotar o espetáculo, as apresentações do Shen Yun no México têm sido um sucesso, com casas lotadas em todos os teatros onde foi apresentado.
“O público mexicano é amante da cultura, das artes cênicas, é extremamente criativo e sua própria arte é muito colorida, por isso o espetáculo do Shen Yun despertou grande interesse desde o seu início. Além disso, sente uma grande afinidade e compartilha dos mesmos valores da China ancestral, já que o México também possui uma cultura milenar e pré-hispânica; Na sua essência, caracterizou-se também pela tradição da autodisciplina e da veneração ao divino”, explicou.
“Além disso, gostamos muito de compartilhar nosso tempo livre com nossa família, com nossos entes queridos, e o show do Shen Yun é exatamente isso: um evento cultural para toda a família”, acrescentou.
Entre o público mexicano que apreciou o espetáculo ao longo dos anos estão diretores de orquestra, dançarinos, músicos, designers de moda e profissionais do entretenimento.
Por isso, Dona Pliego convida os mexicanos a desfrutar da riqueza cultural que o espetáculo oferece e viver uma experiência inesquecível com seus entes queridos.
“O Shen Yun se caracteriza por demonstrar beleza e bondade, por conectar as pessoas com os valores da cultura tradicional chinesa, como compaixão, lealdade, coragem, esperança, que são valores universais que a alma humana anseia. Leve seus entes queridos, crianças e adultos, para se deliciar com um dos espetáculos mais aclamados do mundo e descubra por si mesmo porque o Shen Yun se tornou um fenômeno global, reconhecido e elogiado por públicos de todo o mundo”, destacou o promotor do espetáculo.
“Algumas pessoas viajam de outros países ou percorrem centenas de quilômetros para vê-lo. Outros vão ao mesmo show cinco ou seis vezes. Porque ? Muitos dizem que não há palavras para descrever, têm que ver com os próprios olhos”, destacou.
A pressão do regime chinês no México ocorreu como mais uma tentativa de prejudicar o espetáculo após certos incidentes ocorridos em outros países.
Em um artigo publicado em março deste ano, o Epoch Times conta como descobriu que o New York Times vem preparando um artigo de difamação contra o Shen Yun Performing Arts há quase seis meses.
Estas comunicações sugerem que o artigo, que ainda não foi publicado, servirá os interesses do Partido Comunista Chinês (PCCh) na sua campanha de repressão transnacional contra a companhia artística.
Dois repórteres, Michael Rothfeld e Nicole Hong, procuraram especificamente artistas que possam ter deixado a empresa com ressentimento anos atrás, sugerem registros obtidos pelo Epoch Times.
“Tudo isso indica que o New York Times está focado em nos atacar e está construindo uma história em torno de entrevistas muito questionáveis”, disse Ying Chen, vice-presidente do Shen Yun, ao Epoch Times.
Com informações de Eva Fu e Peter Svab