Sismólogos japoneses preveem que, antes de 30 anos, um poderoso terremoto atingirá a área compreendida pelas Ilhas Kuril, da Rússia, e pela Ilha Hokkaido, pertencente ao Japão. A conclusão foi apresentada na terça-feira (19) por uma comissão governamental que estuda os riscos de futuros terremotos, informou a agência de notícias Tass.
A probabilidade de um terremoto superior a 8,6 graus na escala Richter é de 7% a 40%. Por outro lado, a probabilidade de vários terremotos entre 8 e 8,6 graus é de 60 a 70%, o que é bastante significativo. Isso pode acontecer entre hoje e mais 20 anos.
Os últimos terremotos nesta área têm ocorrido com uma periodicidade média de a cada 350 anos, com o último tendo sido no século XVII.
Os especialistas japoneses acreditam que o grande terremoto será acompanhado por tsunamis, o que além de destruição poderia acarretar sérias consequências para as áreas costeiras. Eles sugerem que poderia afetar a usina nuclear localizada na prefeitura japonesa de Aomori, a norte da ilha de Hoshu.
A memória da explosão nuclear de Fukushima após o terremoto e o tsunami de 11 de março de 2011 está latente nas mentes dos japoneses. Centenas de milhares de pessoas tiveram que abandonar suas casas devido à contaminação mortal. Após todos esses anos, a planta ainda permanece em emergência máxima de perigo de contaminação radioativa.
Além deste anúncio, sismólogos japoneses recentemente também previram outro forte terremoto, de 9 graus, seguido de um tsunami no sudeste da Ilha Honshu, o que pode afetar a vida de 320 mil pessoas.
A probabilidade é de 70% ao longo de uma extensão de cerca de 700 km no Oceano Pacífico. Nesta área, terremotos superiores a 8 graus costumam ocorrer a cada 100‒200 anos.
Em 11 de março de 2011, em frente à prefeitura japonesa de Miyagi, um terremoto de 9 graus seguido de um maremoto deixou 14.893 vítimas e 2.550 desaparecidos, além da contaminação pela explosão da usina nuclear de Fukushima.
“Esperamos que o nosso informe ajude as autoridades locais a tirar conclusões, melhorar a instrução e a conscientização da população sobre as ações necessárias durante um desastre”, afirmou o ministro da Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia do Japão em uma conferência de imprensa em Tóquio, segundo a Tass.
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