A superintendente assistente de um parque estadual no Missouri, Estados Unidos, encontrou dois carrapatos no corpo, e faleceu um mês depois devido a um raro vírus chamado Bourbon.
Tamela Wilson, que tinha 58 anos, trabalhou no Meramec State Park por mais de dez anos. Quando encontrou carrapatos em sua pele no final de maio ela não se preocupou, até que sua saúde começou a se deteriorar.
Primeiramente, os médicos pensaram que ela tinha uma infecção do trato urinário e a enviaram para casa com antibióticos. No entanto, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) afirmou que antibióticos não são efetivos na luta contra este tipo de condição. No dia seguinte, sua saúde se deteriorou drasticamente e ela se sentiu fraca e sem forças para se mover.
Ela voltou ao médico com dores de cabeça, dores pelo corpo e uma erupção cutânea — precisamente os sintomas indicativos do vírus. Os doutores lhe disseram que a taxa de glóbulos brancos estava baixa e a enviaram para um hospital em St. Louis. As amostras de seu sangue foram enviadas ao CDC, que confirmou que o vírus Bourbon era a causa. Tamela faleceu no dia 23 de junho.
A filha de Tamela, Amie May, é enfermeira. Ela disse à CBS que a súbita deterioração da saúde de sua mãe foi uma situação que nunca havia testemunhado.
A erupção cutânea se espalhou por sua boca e ela acabou desenvolvendo linfopatia hemofagocítica do sistema imunológico.
Este foi apenas o quinto caso conhecido de vírus Bourbon.
“Eu quero que as pessoas saibam que este vírus está por aí”, disse May, ao St. Louis Post-Dispatch. “O vírus sem cura, e isso é assustador.”
O CDC diz que a doença foi descoberta em 2014, em Bourbon County, Kansas, nos Estados Unidos. Os cientistas possuem uma compreensão ainda muito limitada sobre o vírus Bourbon. Todos os casos relatados ocorreram no Centro-oeste e do Sul dos EUA.
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