Por Zachary Stieber
A variante Ômicron do vírus do PCC (Partido Comunista Chinês) pode escapar dos anticorpos da vacina contra a COVID-19 da Pfizer, de acordo com um estudo reduzido recém-lançado liderado por pesquisadores sul-africanos.
Amostras de plasma retiradas de 12 pessoas que receberam a vacina da Pfizer-BioNTech foram testadas como parte de uma resposta rápida à variante, que surgiu recentemente na África e gerou proibições de viagens em todo o mundo.
Os resultados? Um declínio de 41 vezes nos anticorpos.
A pesquisa sugere que a variante “escapa da imunidade de anticorpos induzida pela vacina da Pfizer-BioNTech”, declarou o Instituto de Pesquisa de Saúde da África.
Vários cientistas da pesquisa, sediada em Durban, colaboraram no estudo com outros pesquisadores da África.
Os pesquisadores encontraram evidências de que aqueles que foram vacinados e se recuperaram da COVID-19 tiveram uma redução menor na proteção.
“Infecção anterior somada a vacinação ainda neutraliza o vírus”, escreveu Alex Sigal, um dos pesquisadores, no Twitter.
Não ficou claro por que pessoas não vacinadas e com imunidade natural não fizeram parte do estudo e Sigal e outros pesquisadores não responderam aos pedidos de comentários.
A pesquisa (pdf) foi financiada pela Fundação Bill e Melinda Gates, o National Institutes of Health e o South African Medical Research Council. Não foi revisada por pares ou mesmo submetida ao servidor de pré-impressão da medRxiv.
Mas cientistas de todo o mundo imediatamente começaram a compartilhar os resultados, devido à recente descoberta dos cientistas sul-africanos, que identificaram a Ômicron pela primeira vez, e os poucos dados sobre seu impacto nas vacinas.
Jeremy Farrar, diretor da Wellcome Trust, chamou o trabalho de “extremamente importante” e achou os resultados “preocupantes”. Florian Krammer, professor de microbiologia da Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai, afirmou que o estudo mostrou uma “grande queda” na proteção. O Dr. Ashish Jha, reitor da Escola de Saúde Pública da Brown University, declarou que a queda “não foi boa”, mas “não é terrível”, e que o estudo fornece mais evidências da necessidade de injeções de reforço.
Outros procuraram enfatizar que os anticorpos não são a única forma de proteção que a vacinação desencadeia.
“Embora os anticorpos (nossa principal linha de defesa para sintomas do trato respiratório superior, por exemplo) possam diminuir com o tempo ou serem afetados por mutações ao longo da proteína spike, as células T da vacina ainda funcionam contra a Ômicron e células B (geradas pelas vacinas), adaptando os novos anticorpos produzidos para trabalharem contra as variantes”, afirmou a Dra. Monica Gandhi, professora de medicina da Universidade da Califórnia, em São Francisco, ao Epoch Times por e-mail, destacando vários estudos e reportagens.
A Pfizer-BioNTech não respondeu aos pedidos de comentários.
O Dr. Uğur Şahin, CEO da BioNTech, declarou à NBC, após o novo estudo ser divulgado, que a empresa espera seus próprios resultados nesta semana, provenientes de testes contra a Ômicron. Ele se descreveu como “otimista”.
Um estudo anterior da África do Sul sugeriu que pessoas com imunidade natural podem usufruir de menor proteção contra a Ômicron. Um médico de pronto-socorro nos Estados Unidos, por sua vez, afirmou que a variante pode fornecer imunidade natural sem induzir casos graves da doença, observando que muitos casos até agora mostraram nenhum ou poucos sintomas.
“Parece que com os casos que são reportados, não estamos presenciando um perfil muito grave da doença”, relatou o Dr. Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, a jornalistas durante uma reunião virtual na terça-feira.
Fauci afirmou que os pesquisadores americanos esperam resultados na próxima semana para testes de vírus vivos e testes de pseudo vírus. Outros pesquisadores estão estudando a Ômicron em animais e contra antivirais.
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