Uso de celulares à noite pode aumentar risco de diabetes tipo 2, ansiedade e depressão, alertam estudos

Exposição à luz azul prejudica sono, metabolismo e qualidade de vida, segundo especialistas.

Por Redação Epoch Times Brasil
11/12/2024 17:46 Atualizado: 11/12/2024 17:46

O uso de celulares na cama, especialmente à noite, tem se tornado um hábito comum entre muitas pessoas. No entanto, esse comportamento pode trazer graves prejuízos à saúde.

Estudos recentes mostram que a exposição à luz emitida por esses dispositivos durante a noite pode aumentar significativamente o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Além disso, o hábito compromete diretamente a qualidade de vida.

Luz noturna e seus impactos no organismo

Pesquisas realizadas por especialistas em saúde e sono revelaram que a luz azul emitida por celulares, tablets e outros dispositivos eletrônicos interfere no ritmo circadiano. Esse “relógio biológico” regula funções essenciais, como o sono e o metabolismo.

Quando expostos à luz durante a noite, o corpo reduz a produção de melatonina, o hormônio responsável por induzir o sono. Isso pode levar à insônia e noites mal dormidas.

Essa interrupção no ciclo natural do sono também afeta o metabolismo da glicose. Isso aumenta o risco de resistência à insulina, uma condição que pode evoluir para o diabetes tipo 2.

Um estudo publicado na renomada revista The Lancet Regional Health – Europe acompanhou mais de 84 mil pessoas. A pesquisa constatou que a exposição à luz durante a noite está associada a um aumento significativo no risco de diabetes.

Indivíduos expostos a luzes mais brilhantes durante o período noturno apresentaram até 67% mais chances de desenvolver a doença.

Prejuízos para a qualidade de vida

Além dos riscos para o metabolismo, o uso de celulares na cama afeta diretamente a qualidade de vida. Noites mal dormidas podem causar cansaço excessivo, dificuldade de concentração e irritabilidade.

Esses sintomas também podem reduzir o desempenho em atividades diárias. Estudos também mostram que a longo prazo, o uso de eletrônicos no horário de dormir pode gerar problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão.

A combinação de noites mal dormidas e problemas metabólicos pode levar a complicações graves. Doenças cardiovasculares, aumento de peso e maior risco de doenças crônicas estão entre as possíveis consequências.

Como minimizar os riscos?

Especialistas recomendam algumas medidas simples para reduzir os impactos negativos do uso de celulares na cama:

  1. 1 – Evite telas pelo menos uma hora antes de dormir. Isso ajuda o corpo a produzir melatonina naturalmente, facilitando o sono.
  2. 2 – Use filtros de luz azul. A maioria dos celulares possui a função de filtro noturno, que reduz a emissão de luz azul.
  3. 3 – Invista em iluminação adequada. Prefira luzes quentes e fracas durante a noite.
  4. 4 – Crie uma rotina de sono. Dormir e acordar no mesmo horário todos os dias ajuda a regular o ritmo circadiano.
  5. 5 – Mantenha o quarto escuro. Use cortinas escuras ou máscaras de dormir para evitar qualquer tipo de iluminação durante a noite.

O alerta para pais e jovens

O problema é ainda mais preocupante entre adolescentes e jovens. Eles são os maiores usuários de tecnologia e estão especialmente vulneráveis aos efeitos da luz noturna.

O organismo de jovens ainda está em desenvolvimento e necessita de maior quantidade de sono. Isso é essencial para manter a saúde física e mental.

Pais devem incentivar hábitos saudáveis. Limitar o uso de eletrônicos no período noturno e promover atividades como leitura ou meditação são exemplos práticos.