Por Zachary Stieber
Para pessoas com menos de 40 anos de idade, o risco de sofrer uma forma de inflamação do coração é maior após receber a vacina contra a COVID-19 da Moderna do que após contrair a COVID-19, de acordo com um novo estudo.
Os pesquisadores encontraram 15 casos a mais na população para cada 1 milhão de pessoas que receberam uma segunda dose da vacina, em comparação com 10 casos adicionais de miocardite seguidos por um resultado positivo para a COVID-19.
A vacina da Moderna é geralmente administrada em um regime de duas doses.
O risco de miocardite, uma forma de inflamação do coração, era muito maior após a segunda dose, mas ainda houve mais oito casos por milhão de pessoas após a primeira dose.
“É hora de abandonar a crença de que o risco de miocardite pela COVID-19 é sempre maior do que o risco de miocardite pela vacina de mRNA. Para alguns indivíduos, o risco de miocardite causada pela (s) vacina (s) é maior do que pela doença”, escreveu Euzebiusz Jamrozik, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Oxford, no Twitter.
O risco elevado se contrapõe ao que os pesquisadores descobriram para as vacinas da Pfizer-BioNTech e AstraZeneca-Oxford.
As pessoas corriam maior risco de contrair miocardite com COVID-19 do que com qualquer uma dessas vacinas, independentemente da idade.
“Este estudo de base populacional, quantifica pela primeira vez o risco de vários eventos adversos cardíacos raros associados às três vacinas contra a COVID-19, bem como a infecção por SARS-CoV-2. A vacinação contra o vírus SARS-CoV-2 em adultos foi associada a um pequeno aumento do risco de miocardite uma semana após receber a primeira dose das vacinas de adenovírus e mRNA e após a segunda dose de ambas as vacinas de mRNA. Em contraste, a infecção pelo SARS-CoV-2 foi associada a um risco substancialmente aumentado de hospitalização ou morte por miocardite, pericardite e arritmia cardíaca”, concluíram os pesquisadores.
SARS-CoV-2 é outro nome para o vírus do PCC (Partido Comunista Chinês), que causa a COVID-19.
O estudo foi publicado na Nature e realizado por professores de várias universidades, incluindo a Oxford, que ajudou a desenvolver a vacina da AstraZeneca.
Na pesquisa, eles usaram registros do banco de dados nacional de imunização da Inglaterra, que inclui informações sobre todas as pessoas vacinadas na Inglaterra. O banco de dados continha informações sobre 38,6 milhões de pessoas, no dia 24 de agosto.
As limitações incluíam não ter os dados mais desagregados – estudos anteriores indicam que os adolescentes correm um risco muito maior de miocardite por vacinas do que as pessoas mais velhas – e que a vacina da Moderna não estava disponível no Reino Unido até abril.
A Moderna, Pfizer e AstraZeneca não responderam aos pedidos por comentários.
A miocardite e outra forma de inflamação do coração, a pericardite, foram identificadas como efeitos colaterais graves após a aplicação das vacinas contra a COVID-19 da Moderna e da Pfizer, ambas baseadas na tecnologia de RNA mensageiro.
Um estudo nos Estados Unidos analisando relatórios enviados ao Sistema de Relatórios de Efeitos Adversos de Vacinas descobriu que os adolescentes do sexo masculino eram mais propensos a sofrer de inflamação cardíaca com as vacinas Pfizer ou Moderna do que com a infecção pela COVID-19.
Alguns países, incluindo a Finlândia, suspenderam a administração da vacina da Moderna aos jovens devido a preocupações com esse efeito colateral.
“Dados preliminares mostraram que a incidência de miocardite e pericardite entre aqueles com menos de 30 anos foi maior do que o esperado”, relatou a Dra. Hanna Nohynek, médica-chefe da Unidade de Controle de Doenças Infecciosas e Vacinas do Instituto Finlandês de Saúde e Bem-estar, ao Epoch Times no mês passado.
No final de outubro, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos adiou a decisão de autorizar a vacina da Moderna para crianças com 17 anos ou menos. A Moderna afirmou que era para que os reguladores de medicamentos pudessem examinar mais de perto o cálculo de risco-benefício.
A Moderna declarou em uma conferência no mês passado que sua vacina, que é administrada em uma quantidade maior do que a da Pfizer, oferece melhor proteção, mas também um risco maior de miocardite.
Um estudo canadense publicado na semana passada descobriu que a incidência de inflamação do coração foi 5,1 vezes maior em homens entre 18 e 24 anos que receberam uma segunda dose da vacina Moderna em comparação com aqueles na mesma população que receberam uma segunda dose da vacina Pfizer.
O risco de miocardite após a vacinação foi muito menor em jovens que receberam a segunda dose com um intervalo maior, de acordo com os pesquisadores. Alguns países aumentaram o tempo entre a primeira e a segunda dose como resultado de estudos semelhantes.
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