Remédios para próstata aumentada podem diminuir risco de Parkinson e Alzheimer, aponta estudo

Por Redação Epoch Times Brasil
11/01/2025 14:20 Atualizado: 11/01/2025 14:20

Pesquisadores da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, descobriram que medicamentos utilizados no tratamento de próstata aumentada podem ter um efeito neuroprotetor, reduzindo o risco de doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer. Um artigo sobre o estudo foi publicado na revista científica Neurology.

O estudo revela que medicamentos como terazosina, doxazosina e alfuzosina, além de tratar a hipertrofia prostática benigna, também aumentam a produção de energia nas células cerebrais, o que pode prevenir o desenvolvimento de doenças como Parkinson, Alzheimer e Demência com Corpos de Lewy (DLB).

O estudo observacional analisou dados de mais de 643 mil homens e concluiu que quem utilizava esses medicamentos apresentou 40% menos risco de desenvolver DLB — condição neurodegenerativa que causa demência e declínio cognitivo rápido.

O efeito observado é atribuído ao aumento da produção de energia nas células cerebrais, algo que pode proteger o cérebro contra os danos causados por essas doenças.

Professor assistente de medicina interna da Universidade de Iowa e um dos líderes da pesquisa, Jacob Simmering destacou que os resultados são promissores, visto que os cientistas encontraram o mesmo efeito neuroprotetor existente na doença de Parkinson.

Para Simmering, caso haja um mecanismo de proteção amplo, esses medicamentos podem ser usados ​​para controlar ou prevenir outras doenças neurodegenerativas.

Embora os resultados sejam animadores, os pesquisadores alertam que o estudo foi observacional e não pode, por si só, comprovar uma relação causal entre os medicamentos e a redução das doenças.

O grupo planeja novos estudos para investigar se o efeito neuroprotetor também pode ser observado em mulheres, visto que a pesquisa foi realizada apenas com homens.

Apesar disso, a descoberta traz uma grande esperança para o futuro, já que, embora ainda não existam tratamentos capazes de impedir a progressão dessas doenças, a possibilidade de retardá-las oferece uma perspectiva promissora para milhares de pacientes.