Os refrigerantes dietéticos, os famosos refrigerantes zero açúcar, conhecidos por serem alternativas ao consumo de bebidas adoçadas com açúcar, têm sido amplamente discutidos nos meios científicos e entre especialistas em saúde.
Embora sejam promovidos como opções saudáveis por não conterem calorias, diversas pesquisas apontam que eles podem estar associados a uma série de riscos para a saúde.
Esses riscos incluem alterações metabólicas, problemas cardiovasculares e obesidade.
O papel dos adoçantes artificiais
Conforme relatou o portal Healthline, os adoçantes artificiais presentes nos refrigerantes dietéticos, como aspartame e sucralose, podem alterar o microbioma intestinal.
Essas alterações impactam negativamente o controle glicêmico e contribuem para o aumento do risco de diabetes tipo 2.
Além disso, estudos sugerem que essas substâncias podem influenciar no aumento de apetite e na regulação do peso corporal.
Segundo a Nature, um estudo de 2014 apontou que os adoçantes artificiais também induzem intolerância à glicose por meio da alteração da microbiota intestinal.
Esse estudo destaca a complexidade dos impactos metabólicos dessas substâncias.
Metabolismo e peso corporal
Embora sejam promovidos como aliados do emagrecimento, refrigerantes diet podem ter um efeito paradoxal.
Segundo um estudo da Universidade de San Diego, os adoçantes podem enganar os receptores de glicose no cérebro. Isso leva o organismo a liberar insulina em preparação para um influxo de calorias que nunca chega.
Essa resposta pode aumentar a vontade de consumir carboidratos e, consequentemente, o ganho de peso.
O endocrinologista Bruno Geloneze, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), explicou ao G1 que, embora a substituição de refrigerantes adoçados por versões diet reduza calorias, o impacto positivo no peso depende de mudanças mais amplas na dieta e no estilo de vida.
Riscos cardiovasculares
O Sistema de Saúde da Universidade da Pensilvânia (Penn Medicine) destacou que o consumo regular de refrigerantes dietéticos pode estar associado ao aumento do risco de doenças cardiovasculares.
Esses riscos incluem hipertensão, acidente vascular cerebral (AVC) e arritmias.
A Time relatou que uma pesquisa de março de 2024 apontou ligações entre o consumo dessas bebidas e um maior risco de doenças coronarianas e ataques cardíacos. O estudo revelou que consumir mais de dois litros de bebidas adoçadas artificialmente por semana eleva em 20% o risco de fibrilação atrial.
Mesmo as bebidas sem açúcar podem ter as mesmas consequências para o coração.
Impacto na saúde mental
De acordo com a Healthline, estudos associam o consumo de refrigerantes diet a problemas neurológicos.
Esses problemas incluem aumento do risco de depressão e enxaquecas.
A ingestão regular de aspartame, um dos adoçantes mais comuns, pode exacerbar essas condições.
Obesidade e diabetes
Apesar de serem considerados aliados para a perda de peso, refrigerantes diet podem contribuir para a obesidade.
Estudos citados pela Universidade do Estado de Ohio indicam que consumidores frequentes dessas bebidas apresentam maior tendência ao sobrepeso. Essa tendência é mais evidente em comparação com aqueles que optam por alternativas como água ou chá sem adoçante.
Recomendações dos especialistas
Para minimizar os riscos, os especialistas recomendam moderação no consumo dessas bebidas.
A Time sugere substituir refrigerantes diet por alternativas mais saudáveis, como água gaseificada com limão ou chás naturais sem adoçantes.
Nessas etapas da vida, o corpo perde parte da capacidade de lidar com substâncias prejudiciais consumidas regularmente ao longo dos anos.