Quanto microplástico há no seu café? Novo dispositivo de pesquisadores da UBC é capaz de revelar

Por The Canadian Press
27/08/2024 23:24 Atualizado: 03/09/2024 10:26
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

Pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica dizem que desenvolveram um dispositivo portátil que pode detectar de forma econômica a quantidade de microplásticos em bebidas e outros líquidos.

Tianxi Yang, que desenvolveu a ferramenta, disse em um comunicado de imprensa da UBC que os microplásticos são uma “ameaça significativa” à segurança alimentar, à saúde e ao meio ambiente, e que a detecção acessível desse material pode ajudar a reduzir o perigo que representam.

Partículas de microplástico podem ser criadas quando objetos como copos ou utensílios de plástico se degradam, liberando o material em alimentos ou bebidas que podem ser ingeridos ou absorvidos pelo corpo.

O dispositivo desenvolvido pela equipe de Yang usa um microscópio digital sem fio, luz LED verde e o que é chamado de “filtro de excitação” para testar amostras de líquido menores que uma gota, fazendo com que qualquer microplástico presente brilhe.

Em um estudo publicado neste mês na revista revisada por pares ACS Sensors, o dispositivo foi testado em água destilada fervida que havia sido colocada em copos descartáveis de poliestireno por 30 minutos.

Os testes mostraram que os copos liberaram centenas de milhões de partículas de poliestireno na água, cada uma com cerca de um centésimo da largura de um fio de cabelo humano ou ainda menor.

Yang, professor assistente da faculdade de sistemas de terra e alimentos, disse que cada teste custa cerca de 1,5 centavo.

O comunicado da UBC afirma que o dispositivo atualmente está calibrado para detectar poliestireno, mas também poderia medir diferentes tipos de plásticos, incluindo polietileno ou polipropileno.

O comunicado afirma que os resultados são fáceis de entender “seja por um técnico em um laboratório de processamento de alimentos ou apenas por alguém curioso sobre sua xícara de café matinal”, e os pesquisadores esperam comercializar o dispositivo para analisar partículas plásticas em “aplicações do mundo real.”