Muitas pessoas têm o hábito de associar a cama a um lugar seguro e limpo, ideal para relaxar após um dia cansativo. No entanto, o que poucos sabem é que, segundo estudos científicos, a cama pode ser um dos locais mais sujos da casa.
A combinação de suor, saliva, células mortas da pele e até restos de alimentos cria um ambiente propício para a proliferação de bactérias, fungos e até mesmo insetos.
Um estudo científico publicado pelo Centro Nacional de Informações sobre Biotecnologia (NCBI) mostra os perigos presentes nos cômodos dos nossos lares. A seguir, entenda os principais riscos e como proteger o seu local de descanso.
Bactérias: ameaça invisível
Os pesquisadores revelam que é possível encontrar diversas bactérias em lugares aparentemente inofensivos, como as fronhas dos travesseiros. Entre as mais preocupantes estão o Staphylococcus aureus, que pode causar infecções de pele, piorar a acne ou até provocar pneumonia, e a Escherichia coli, associada a doenças graves e é resistente a antibióticos.
A pesquisa aponta que um terço das pessoas carrega a S. aureus em sua pele, o que aumenta as chances de transferência dessa bactéria para a cama. Em leitos hospitalares, as bactérias Gram-negativas, como a E. coli, são comumente encontradas, trazendo riscos à saúde.
Embora o ambiente doméstico seja diferente, não é impossível que essas bactérias se instalem em nossas camas. Por isso, é fundamental manter bons hábitos de higiene, como lavar as mãos após usar o banheiro e limpar adequadamente os alimentos.
Insetos: presença indesejada
Você sabia que a sua cama pode ser um terreno fértil para ácaros microscópicos? Esses pequenos organismos se alimentam das células da pele que perdemos ao longo do dia, o que pode atrair suas fezes e desencadear alergias e doenças respiratórias, como a asma.
Os percevejos, insetos de aproximadamente 5 mm, podem causar reações cutâneas, com coceiras e vermelhidões. Embora não transmitam doenças, suas picadas podem afetar a saúde mental, provocando ansiedade e insônia.
A principal forma de contágio desses insetos é por meio do transporte em roupas ou objetos pessoais. Eles são pequenos e, muitas vezes, imperceptíveis a olho nu, o que torna sua detecção um desafio.
Germes: veículo de transmissão
Outros fatores do cotidiano também contribuem para a proliferação de germes na cama. Costumes como deixar toalhas de banho ou animais de estimação sobre os lençóis podem transferir bactérias para a cama.
Toalhas de banho, por exemplo, podem abrigar várias espécies bacterianas, incluindo as já mencionadas S. aureus e E. coli, especialmente quando não são lavadas corretamente.
O tecido dos lençóis e cobertores é um ambiente ideal para a sobrevivência dessas bactérias, principalmente se os mesmos permanecerem úmidos. É importante também evitar levar alimentos ou bebidas para a cama, uma vez que isso pode aumentar o risco de contaminação.
Mantendo sua cama limpa e saudável
Apesar dos riscos, há várias formas de manter sua cama mais limpa e protegida. A primeira e mais importante medida é a lavagem regular dos lençóis, fronhas e cobertores.
Para eliminar germes e bactérias, é recomendável lavar esses itens a uma temperatura entre 40ºC e 60ºC, garantindo que fiquem completamente secos antes de serem recolocados na cama.
Outro cuidado essencial é evitar arrumar a cama logo ao acordar. O processo de dormir gera umidade nos lençóis, que precisa ser ventilada para evitar o acúmulo de microorganismos.
Usar capas laváveis no colchão também pode ajudar a reduzir a presença de germes. E lembre-se: virar o colchão periodicamente é uma prática simples, mas eficaz.
Por fim, tomar banho antes de dormir e evitar deitar-se suado ou com loções e cremes na pele contribui para manter a cama saudável e limpa.
Com essas precauções, você pode transformar sua cama em um verdadeiro refúgio de descanso, sem os riscos invisíveis que podem afetar sua saúde.