Pfizer afirma que vacina de baixa dosagem não funciona em crianças de 2 a 5 anos

'Estudo agora incluirá a avaliação de uma terceira dose', afirma empresa

18/12/2021 14:44 Atualizado: 18/12/2021 14:44

Por Jack Phillips 

Uma vacina de baixa dosagem da Pfizer-BioNTech contra a COVID-19 não produziu uma resposta imunológica significativa entre crianças de 2 a 5 anos de idade – de acordo com o relatado pelas duas empresas na sexta-feira.

Em estudos clínicos em andamento, os dois fabricantes de medicamentos testaram 3 microgramas da vacina em crianças entre 6 meses e menos de 5 anos de idade. Crianças com idade entre 6 meses e 2 anos produziram uma resposta imunológica comparável à de indivíduos com idade entre 16 e 25 anos após duas doses da vacina de mRNA, afirmaram as empresas.

No entanto, a vacina não produziu uma resposta imunológica significativa após o mesmo regime de dosagem entre crianças de 2 a 4 anos, de acordo com as empresas. A Pfizer e a BioNTech relataram que vão mudar seus planos e testar três doses de sua vacina contra a COVID-19 em crianças nessa faixa etária, em vez das duas doses habituais.

Se o estudo de três doses for bem-sucedido, as empresas afirmam que solicitarão uma autorização para uso emergencial da Food and Drug Administration (FDA) em algum momento do primeiro semestre de 2022.

“O estudo agora incluirá a avaliação de uma terceira dose. De 3 [ microgramas], pelo menos dois meses após a segunda dose da série de duas doses, para fornecer altos níveis de proteção nessa faixa etária”, escreveram as empresas em seu comunicado. “Nenhuma preocupação de segurança foi identificada e a dose de 3 [microgramas] demonstrou um perfil de segurança favorável em crianças de 6 meses a menos de 5 anos de idade”, declararam.

Na quinta-feira, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) confirmaram ter recebido notificações de oito casos de miocardite, um tipo de inflamação do coração, em crianças de 5 a 11 anos que receberam a vacina Pfizer-BioNTech.

Esses casos foram relatados por meio do Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas dos EUA, conhecido como VAERS, e foram apresentados pelo CDC a um painel de seus consultores. O CDC não afirmou se as autoridades acreditam haver uma ligação entre os casos de miocardite e a vacina, e não divulgou a taxa de miocardite na mesma faixa etária que não foi vacinada.

Além disso, um estudo recente descobriu que duas doses da vacina da Pfizer podem ser mais facilmente comprometidas pela variante Ômicron da COVID-19, a qual supostamente surgiu no sul da África no mês passado e já é encontrada em pelo menos três dezenas de estados nos Estados Unidos. Um estudo realizado pela maior seguradora de saúde privada da África do Sul, Discovery Ltd., descobriu que a Ômicron reduziu a eficácia da vacina de 80% para 33%.

Até o momento, a FDA só licenciou a vacina Pfizer-BioNTech para uso emergencial em crianças de 5 anos de idade ou mais. Cerca de um mês atrás, a agência autorizou uma terceira dose de reforço das vacinas Pfizer e Moderna para todos os adultos nos Estados Unidos.

Enquanto isso, a FDA autorizou na semana passada reforços da vacina Pfizer para jovens de 16 e 17 anos.

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