Por Jack Phillips
Um artigo de pesquisa publicado no The Lancet, sob a autoria de um professor alemão, argumentou que a estigmatização de indivíduos não vacinados pelos governos “não se justifica”, porque os indivíduos totalmente vacinados desempenham um “papel relevante” na transmissão da COVID-19.
“Nos EUA e na Alemanha, funcionários de altas patentes usaram o termo ‘pandemia dos não vacinados’, sugerindo que as pessoas vacinadas não são relevantes na epidemiologia da COVID-19”, escreveu o professor Gunter Kampf, do Instituto de Higiene e Medicina Ambiental na Universidade de Greifswald, na Alemanha.
Referente a essa afirmação, Kampf argumentou, “isso pode ter encorajado um cientista a alegar que ‘os não vacinados ameaçam os vacinados contra a COVID-19 … mas esta visão é muito simplista”.
Embora ele tenha concluído que os indivíduos vacinados apresentam um risco menor a casos graves da doença, eles ainda constituem uma parte relevante da pandemia da COVID-19.
Nos últimos meses, altos funcionários em todo o mundo, incluindo dentro do governo federal, afirmaram que a pandemia da COVID-19 está sendo causada principalmente por pessoas não vacinadas. No entanto, alguns países com altas taxas de vacinação, incluindo a Irlanda, viram aumentos significativos nos casos da COVID-19 nos últimos dias.
Nos Estados Unidos, a afirmação foi implantada por funcionários federais juntamente com as exigências às vacinas. O presidente Joe Biden, em 8 de setembro, declarou que os Estados Unidos estão enfrentando uma “pandemia dos não vacinados” ao anunciar regras abrangentes de vacinação para empresas privadas com 100 ou mais trabalhadores, e também aos trabalhadores federais e a maioria da equipe de saúde.
Mas agora há “evidências crescentes de que os indivíduos vacinados continuam a ter um papel relevante na transmissão” da COVID-19, a doença causada pelo vírus do PCC (Partido Comunista Chinês), escreveu Kampf em seu artigo, publicado em 20 de novembro.
Um estudo, em julho, sugeriu que cerca de 469 novos casos da COVID-19 foram encontrados em Massachusetts, em julho, com 74 por cento dos casos entre indivíduos que foram parcial ou totalmente vacinados, o que Kampf citou para fazer seu argumento. Setenta e nove por cento deles também eram sintomáticos.
“Na Alemanha, 55,4 por cento dos casos sintomáticos da COVID-19 em pacientes com 60 anos ou mais ocorreram em indivíduos totalmente vacinados, e essa proporção está aumentando a cada semana”, continuou, citando outro estudo.
Novos casos relatados em um surto em Munster ocorreram em 22 por cento das 380 pessoas que foram totalmente vacinadas ou que se recuperaram da COVID-19 e que frequentaram uma boate, observou, citando um estudo alemão.
“Tanto os EUA quanto a Alemanha geraram experiências negativas ao estigmatizar partes da população por causa de sua cor de pele ou religião”, concluiu, possivelmente fazendo referência ao Holocausto e ao comércio de escravos na América do Norte.
“Peço aos oficiais do alto escalão e aos cientistas que parem com a estigmatização inadequada de pessoas não vacinadas, o que inclui nossos pacientes, colegas e outros cidadãos, e façam um esforço extra para unir a sociedade.”
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