Por Zachary Stieber
Pessoas que se recuperaram da COVID-19 correm pouco risco de contrair a doença novamente, de acordo com um estudo publicado na semana passada.
Pesquisadores no Catar examinaram um grupo de mais de 353.000 pessoas utilizando bancos de dados nacionais que contêm informações sobre pacientes com infecções confirmadas por reação em cadeia da polimerase.
A população estudada contraiu a COVID-19, a doença causada pelo vírus do PCC (Partido Comunista Chinês), entre 28 de fevereiro de 2020 e 28 de abril de 2021.
As reinfecções foram contabilizadas mediante a um teste positivo pelo menos 90 dias após sua primeira infecção.
Após excluir aproximadamente 87.500 pessoas com registro de vacinação, os pesquisadores descobriram que aqueles com imunidade devido à recuperação da COVID-19 tinham pouco risco à reinfecção ou a casos graves da doença.
Apenas 1.304 reinfecções foram identificadas. Isso significa que 0,4 por cento das pessoas com imunidade natural e sem registro de vacinação foram infectadas pela COVID-19 uma segunda vez.
A chance para casos graves era 0,1 vezes maior que a de infecção primária, de acordo com o estudo. Apenas quatro desses casos foram detectados.
Nenhum caso de morte foi registrado entre aqueles que foram infectados pela segunda vez.
O estudo foi publicado no New England Journal of Medicine. Financiado pela Weill Cornell Medicine do Catar, Ministério de Saúde Pública do Catar, Hamad Medical Corp. e Sidra Medicine.
Os pesquisadores, Laith Abu-Raddad da Weill Cornell Medicine do Catar, e o Dr. Robert Bertolini do Ministério da Saúde Pública do Catar, haviam avaliado anteriormente a eficácia da imunidade natural contra a reinfecção como sendo 85 por cento ou mais.
“Consequentemente, para uma pessoa que já teve uma infecção primária, o risco de ter uma reinfecção grave é de apenas aproximadamente 1% do risco de uma pessoa não infectada anteriormente ter uma infecção primária grave”, afirmaram os pesquisadores.
“É necessário determinar se essa proteção contra casos graves na reinfecção permanece por longo período, análoga à imunidade que se desenvolve contra outros coronavírus sazonais ‘resfriados’, que induzem imunidade de curto prazo contra reinfecção leve, e também imunidade de longo prazo contra casos graves mediante a reinfecção. Se fosse esse o caso com o SARS-CoV-2, o vírus (ou pelo menos as variantes estudadas até o momento) poderia adotar um padrão de infecção mais benigno ao tornar-se endêmico.”
SARS-CoV-2 é outro nome para o vírus do PCC.
“Estudo importante que demonstra como a rara reinfecção e os casos graves da COVID são após a recuperação da COVID”, escreveu a Dra. Monica Gandhi, no Twitter, médica em doenças infecciosas da Universidade da Califórnia-São Francisco.
Ela afirma que o estudo agrega ao crescente corpo de pesquisas que demonstram que pessoas recuperadas da COVID-19 desfrutam de altos níveis de imunidade contra reinfecção e proteção ainda maior contra casos graves da doença e da morte.
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