Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram uma inovação tecnológica que promete transformar a medicina.
A invenção de um biossensor sem fio, capaz de captar sinais elétricos das células por meio de luz, abre novas possibilidades para diagnósticos mais rápidos e terapias personalizadas, especialmente no tratamento de doenças complexas como Alzheimer e distúrbios cardíacos.
Da limitação dos cabos à liberdade de monitoramento contínuo
Antigamente, o monitoramento da atividade celular era um processo complexo, que dependia de sistemas com cabos, limitando a quantidade de dados que podiam ser coletados e a precisão dos resultados.
No entanto, a nova tecnologia elimina essas limitações. O biossensor sem fio do MIT utiliza antenas ultrapequenas, chamadas OCEAN, para captar e traduzir as variações elétricas das células.
Isso permite monitorar um número muito maior de células com mais detalhes, sem a necessidade de conexões físicas.
OCEAN: Antenas ultrapequenas que capturam sinais elétricos com precisão
Essas antenas OCEAN são produzidas a partir de um material condutor inovador, o PEDOT:PSS, que reage às mudanças elétricas alterando a forma como a luz se dispersa.
Com apenas 1 micrômetro de largura – o equivalente a um centésimo da espessura de um fio de cabelo – as antenas podem operar sem fio por mais de 10 horas, proporcionando um monitoramento contínuo e de alta precisão.
Utilizando os recursos do MIT.nano, centro de excelência em nanofabricação, os cientistas conseguiram criar milhões de antenas em um único chip, o que torna a tecnologia escalável e aplicável em diversos contextos.
Impactos na biologia e na medicina: novas possibilidades de tratamento
A capacidade de capturar sinais bioelétricos com precisão nunca alcançada pode significar um grande avanço no tratamento de doenças.
Do Alzheimer a distúrbios cardíacos, a tecnologia pode melhorar a detecção precoce, possibilitar tratamentos mais eficazes e personalizados, e acelerar os avanços na medicina.