Pesquisadores desenvolvem biossensor sem fio que pode transformar o estudo das doenças

Por Redação Epoch Times Brasil
03/01/2025 16:19 Atualizado: 03/01/2025 16:19

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram uma inovação tecnológica que promete transformar a medicina. 

A invenção de um biossensor sem fio, capaz de captar sinais elétricos das células por meio de luz, abre novas possibilidades para diagnósticos mais rápidos e terapias personalizadas, especialmente no tratamento de doenças complexas como Alzheimer e distúrbios cardíacos.

Da limitação dos cabos à liberdade de monitoramento contínuo

Antigamente, o monitoramento da atividade celular era um processo complexo, que dependia de sistemas com cabos, limitando a quantidade de dados que podiam ser coletados e a precisão dos resultados. 

No entanto, a nova tecnologia elimina essas limitações. O biossensor sem fio do MIT utiliza antenas ultrapequenas, chamadas OCEAN, para captar e traduzir as variações elétricas das células. 

Isso permite monitorar um número muito maior de células com mais detalhes, sem a necessidade de conexões físicas.

OCEAN: Antenas ultrapequenas que capturam sinais elétricos com precisão

Essas antenas OCEAN são produzidas a partir de um material condutor inovador, o PEDOT:PSS, que reage às mudanças elétricas alterando a forma como a luz se dispersa. 

Com apenas 1 micrômetro de largura – o equivalente a um centésimo da espessura de um fio de cabelo – as antenas podem operar sem fio por mais de 10 horas, proporcionando um monitoramento contínuo e de alta precisão.

Utilizando os recursos do MIT.nano, centro de excelência em nanofabricação, os cientistas conseguiram criar milhões de antenas em um único chip, o que torna a tecnologia escalável e aplicável em diversos contextos. 

Impactos na biologia e na medicina: novas possibilidades de tratamento

A capacidade de capturar sinais bioelétricos com precisão nunca alcançada pode significar um grande avanço no tratamento de doenças. 

Do Alzheimer a distúrbios cardíacos, a tecnologia pode melhorar a detecção precoce, possibilitar tratamentos mais eficazes e personalizados, e acelerar os avanços na medicina.