Por Harry Lee & Jan Jekielek
“Estamos tendo uma visão fechada” ao lidar com a pandemia da COVID-19, afirmou o Dr. Ben Carson ao programa “American Thought Leaders” da EpochTV.
“Vamos descartar a política. Poderíamos resolver esse problema muito rapidamente”, afirmou ele em uma entrevista que estreia no dia 18 de dezembro às 19h, horário de Nova Iorque.
“Vamos abrir a situação para todos os mecanismos diferentes”, declarou Carson, um neurocirurgião renomado que recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade – o maior prêmio civil do país – em 2008 por seu trabalho. Ele se aposentou em 2013 e concorreu à presidência em 2016, antes de atuar como secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano durante a administração Trump.
“Vamos olhar ao redor do mundo para as coisas que funcionam. Vejamos o fato de que na costa oeste da África quase não há COVID. E vamos nos perguntar, por que isso? E então você percebe, é porque eles tomam antimaláricos, principalmente hidroxicloroquina. Vamos estudar isso. Vamos ver o que está acontecendo lá.”
“Vamos ouvir esses grupos de médicos que tiveram um sucesso incrível com a ivermectina. Vejamos os resultados com anticorpos monoclonais. Vamos dar uma olhada em todas essas coisas. Vamos colocá-los todos em nosso arsenal para que não tenhamos um sistema único para todos.”
A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos havia autorizado a hidroxicloroquina para o tratamento de certos pacientes com a COVID-19, mas rapidamente revogou sua autorização para uso emergencial, em junho de 2020, alegando que nenhum dado mostrava sua eficácia.
A FDA não aprovou ou emitiu uma autorização emergencial para a ivermectina para tratamento da COVID-19, citando os mesmos motivos.
O uso de hidroxicloroquina ou ivermectina para tratar pacientes com a COVID-19 tem sido altamente controverso. Alguns estudos mostram, e alguns médicos afirmam, que a hidroxicloroquina ou a ivermectina podem tratar eficazmente os pacientes com a COVID-19. Um relatório de percepção da confiança da vacina (pdf) dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) rotulou tais alegações como informação errada ou desinformação.
“COVID é um vírus. Os vírus sofrem mutação. É isso que eles fazem. E eles continuarão a sofrer mutações”, declarou Carson.
Carson destacou que, felizmente, na maioria das vezes, os vírus tornam-se um pouco mais fracos a cada mutação.
“Podemos admitir isso e lidar com isso, ou podemos pegar cada pequena mutação e cada pequena mudança e tentar transformá-la em uma crise para que possamos assustar as pessoas e controlar mais suas vidas”, afirmou Carson.
A última variante foi batizada de Ômicron. Durante um briefing da Força-Tarefa para a COVID-19 da Casa Branca no dia 15 de dezembro, a Diretora do CDC, Dra. Rochelle Walensky, afirmou que esperava que os casos da Ômicron aumentassem nas próximas semanas, exortando as pessoas a tomarem medidas preventivas, como vacinação e doses de reforço.
Carson relatou que possui algumas preocupações sobre como a COVID-19 está sendo utilizada para “manipular e assustar pessoas”.
“Devemos usar todas as ferramentas à nossa disposição para combater a pandemia. Não há dúvida sobre isso”, afirmou Carson. “Mas isso significa, você sabe, terapêuticos, que foram muito mal utilizados. E eu entendo o porquê. Porque para obter uma autorização de uso emergencial para perseguir as vacinas, você não pode ter nada que seja eficaz como alternativa. Então, isso é um defeito em nosso sistema, precisamos nos livrar disso.
“Acho que muitas pessoas morreram desnecessariamente porque tomamos essa atitude”, acrescentou Carson. Ele compartilhou que quando contraiu o vírus do PCC (Partido Comunista Chinês) e ficou gravemente doente, os anticorpos monoclonais salvaram sua vida. Ele afirma que os anticorpos monoclonais não foram realmente utilizados da maneira que deveriam ter sido no início.
A FDA emitiu suas primeiras autorizações emergenciais para anticorpos monoclonais para tratar pacientes com a COVID-19 em novembro de 2020.
“Há muitas coisas que têm sido muito eficazes que não fomos atrás, incluindo a imunidade natural”, declarou Carson.
“Bem, por que você não coletaria essa informação? Por que você não gostaria de saber disso? A única razão pela qual você não faria isso é porque você não queria saber a resposta”, relatou ele. “Porque não se encaixava perfeitamente no que você está tentando fazer, que é fazer com que todos sejam vacinados”.
Essa é uma das razões pelas quais as pessoas estão perdendo a confiança nas agências federais de saúde, sugeriu ele.
No mês passado, o CDC afirmou que não havia registro de pessoas naturalmente imunes transmitindo o vírus do PCC.
“Muitas pessoas que provavelmente deveriam ser vacinadas não o fazem porque percebem essas inconsistências, essas coisas que não fazem absolutamente nenhum sentido”, declarou Carson. “Essa exigência de que todos sejam vacinados, exceto se você estiver atravessando a fronteira sul ilegalmente, não é tão importante”.
Carson também se opõe a obrigar as crianças a serem vacinadas.
“Temos uma situação de governo defendendo que as crianças sejam vacinadas, embora o risco de morte pela COVID para uma criança seja de 0,025 por cento, essencialmente o mesmo que para a gripe sazonal. Você não nos vê fazendo tudo isso todos os anos para a gripe sazonal”, afirmou Carson.
“O risco de mortalidade para uma criança saudável está se aproximando de zero, mas estamos afirmando para que se vacinem sem saber quais são os riscos a longo prazo?” declarou ele. “E por que você submeteria uma criança inocente a uma vida inteira de riscos desconhecidos? Simplesmente não faz sentido”.
“Precisamos ter fé em nosso governo. Precisamos ter fé em nossos sistemas de saúde. E ao injetar política nisso, acredito que nos colocamos atrás da bola oito. Vai demorar um pouco para restabelecer essa confiança”, afirmou.
“Por que não aprender a ver o que é lógico e o que faz sentido? E por que não encorajar a discussão sobre essas coisas, em vez de todo mundo entrar em seus respectivos cantos e atirar granadas de mão uns nos outros?”
A saída é uma liderança real, afirmou ele.
“O único caminho é uma liderança forte. Nós não temos isso.”
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