A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta segunda-feira que recomendará apenas uma dose de qualquer uma das vacinas contra a COVID-19, depois de quase três anos de uma campanha global de imunização, incluindo para aqueles inicialmente concebido para doses duplas, como os da Moderna ou da Pfizer.
“Uma única dose é suficiente para a imunização primária, visto que muitas pessoas já tiveram pelo menos uma infeção (de COVID-19)”, explicou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva ao anunciar esta mudança de estratégia.
A decisão foi tomada após reunião do grupo de especialistas em imunização que assessora a organização, presidida pela finlandesa Hanna Nohynek, que destacou que esta “simplificação” na estratégia “vai melhorar a aceitação da vacina”.
Ela também indicou que as vacinas baseadas na variante Ômicron XBB, uma das mais prevalentes, atualmente apresentam melhor proteção, embora tenha enfatizado que, quando não estiverem disponíveis, qualquer uma das recomendadas na lista da OMS pode ser administrada.
“Todos eles continuam sendo eficazes na prevenção de formas graves da doença em grupos de risco”, afirmou a especialista.
Segundo dados extraídos das redes nacionais de saúde em todo o mundo, cerca de 13,51 bilhões de doses de vacinas foram administradas no planeta, o que significa que mais de 70% da população global recebeu pelo menos uma dose.
A OMS, que declarou o fim da pandemia de COVID-19 em maio, registrou pelo menos 770 milhões de casos no mundo todo, com pelo menos 6,9 milhões de mortes.
A própria organização indica que estes números confirmados são, no entanto, conservadores e que as infeções e mortes reais são muito superiores: em 2021 já estimava que tinham havido cerca de 15 milhões de mortes ligadas à doença, levando em conta os números de excesso de mortes em cada país.
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