Por Jack Phillips
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, na sexta-feira, que a variante Ômicron da COVID-19 está agora em 38 países, contra 23 de dois dias atrás, sugerindo que a variante pode ser mais contagiosa do que a Delta.
Durante uma entrevista coletiva, a funcionária da OMS, Maria Van Kerkhove, afirmou que o órgão de saúde da ONU tem presenciado “uma taxa de propagação crescente” e “vemos um número cada vez maior da variante Ômicron sendo detectada”.
Nenhuma morte foi relatada até agora em conexão com a cepa da COVID-19, relatou outro porta-voz da OMS, a repórteres na sexta-feira.
“Há uma sugestão de que há maior transmissibilidade, o que precisamos entender é se é mais ou menos transmissível em comparação com a Delta”, afirmou Van Kerkhove. A variante Delta é a cepa dominante em todo o mundo, declarou ela.
Nos Estados Unidos, pelo menos seis estados americanos confirmaram casos da Ômicron até agora, incluindo um homem totalmente vacinado que viajou de uma convenção de anime na cidade de Nova Iorque, para Minnesota esta semana, de acordo com autoridades de saúde, que afirmaram que o indivíduo teve sintomas leves e estava recuperado. O primeiro caso americano foi detectado na área da baía de São Francisco, na Califórnia.
Uma atualização anterior da OMS afirmou que a Ômicron tem inúmeras mutações em sua proteína spike, a qual é usada para se ligar às células humanas, o que pode levar a taxas de transmissão mais altas. Entretanto, ainda não está claro, advertiram as autoridades.
Mas, se a nova cepa causa doenças mais graves ou não, não está claro, afirmou Van Kerkhove. Os primeiros relatórios da África do Sul e Israel sugerem que muitos pacientes apresentam sintomas leves.
Van Kerkhove declarou que os primeiros casos da Ômicron foram baseados em um grupo de estudantes universitários, observando que pessoas mais jovens tendem a apresentar sintomas mais leves do que pessoas mais velhas. Um importante médico sul-africano relatou esta semana aos meios de comunicação que os sintomas eram incomuns, mas “extremamente leves”.
“Houve relatos iniciais de que a variante tendia a ser mais leve, mas é realmente muito cedo”, afirmou Van Kerkhove. “Todas as pessoas infectadas com SARS-CoV-2, independentemente de qual variante, sempre começam com uma doença leve. E talvez pare aí, algumas pessoas são assintomáticas, claro, pode-se acabar com um caso leve da doença ou pode levar algum tempo”.
Na África do Sul, onde a variante foi detectada pela primeira vez, houve um aumento nas hospitalizações, relatou ela. As autoridades não viram um aumento nas mortes.
“Se você está viajando, não está doente ou você não deveria viajar se estiver doente”, afirmou Van Kerkhove. “Portanto, há um viés em termos do que está sendo detectado no momento, mas isso vai mudar com o tempo”.
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