Por Agência EFE
A Organização Mundial de Saúde (OMS) indicou nesta sexta-feira (6) ser precipitado avaliar as consequências de uma variação do novo coronavírus identificada em visons na Dinamarca, por não haver evidência de impacto na propagação do patógeno ou na gravidade da infecção.
“É muito cedo para tirar conclusões sobre as implicações que têm essa mutação específica, seja na transmissão, na severidade ou para a resposta imunitária e a potencial eficácia de uma vacina”, disse a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan.
A especialista explicou que as evidências reunidas até o momento não mostra que a variação que seria proveniente dos visons tenha comportamento do SARS-CoV-2 que já circula por todo o planeta.
Os especialistas da OMS vêm indicando que as mutações de um vírus são habituais e que o próprio novo coronavírus que provoca a Covid-19 sofreu várias desde que começou a se propagar, ainda no fim do ano passado, sem alterações na forma de atuação.
A Organização Mundial de Saúde lidera um grupo científico formado por biólogos evolucionistas e biotecnológicos, que seguem de forma permanente todas as mudanças do patógeno no planeta.
Mais cedo, o Statens Serum Institut, centro de referência para doenças infecciosas na Dinamarca, anunciou que uma mutação do SARS-CoV-2, nome científico do novo coronavírus, identificada em visons, foi detectada em 214 pessoas no país.
“Foram visto novas variações de visons com Covid-19, que mostram uma sensibilidade reduzida aos anticorpos de várias pessoas com infecções anteriores. Isso é grave, já que pode significar que uma futura vacina será menos eficaz, por causa desses variantes”, indicou o órgão.
De todos os casos confirmados, 14 são de fora da região de Jutlândia do Norte, onde o governo dinamarquês anunciou ontem a imposição de restrições de movimento, com impedimento de trafegar entre diferentes cidades por quatro semanas, e a decisão de sacrificar cerca de 17 milhões de visons.
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