Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi autorizada a usar a vacina contra a varíola dos macacos (mpox) em adultos.
A OMS anunciou na sexta-feira que a vacina MVA-BN — a primeira contra a mpox — foi adicionada à sua lista de pré-qualificação.
Para ser aprovada para pré-qualificação, o fabricante, neste caso a Bavarian Nordic A/S, envia os dados à Agência Europeia de Medicamentos, a agência regulatória que avalia as informações.
O Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização da OMS também revisou e aprovou a vacina contra a mpox “para pessoas com alto risco de exposição.”
“Embora a MVA-BN atualmente não esteja licenciada para pessoas com menos de 18 anos de idade, essa vacina pode ser usada ‘fora da bula’ em bebês, crianças e adolescentes, assim como em gestantes e pessoas imunocomprometidas”, afirmou a OMS. “Isso significa que o uso da vacina é recomendado em cenários de surtos onde os benefícios da vacinação superam os potenciais riscos.”
A OMS declarou em agosto que houve um aumento nos casos na República Democrática do Congo. Os sintomas comuns incluem erupção cutânea, linfonodos inchados, febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, baixa energia e lesões mucosas.
A maioria das pessoas se recupera do vírus com cuidados de suporte, disse a OMS, mas algumas adoecem gravemente.
“Essa primeira pré-qualificação de uma vacina contra a mpox é um passo importante na nossa luta contra a doença, tanto no contexto dos surtos atuais na África quanto no futuro”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Agora, precisamos urgentemente aumentar a escala de aquisição, doações e distribuição para garantir o acesso equitativo às vacinas onde elas são mais necessárias, junto com outras ferramentas de saúde pública, para prevenir infecções, interromper a transmissão e salvar vidas.”
A vacina é administrada em duas doses, com intervalo de quatro semanas.
Yukiko Nakatani, diretora-geral assistente da OMS para Acesso a Medicamentos e Produtos de Saúde, disse que a aprovação da vacina agora acelerará a distribuição para os países africanos onde a mpox está afetando mais gravemente.
“A decisão também pode ajudar as autoridades regulatórias nacionais a acelerar as aprovações, aumentando, em última análise, o acesso a produtos de vacina contra mpox com garantia de qualidade”, disse ela.
Na sexta-feira, os Centros Africanos de Controle e Prevenção de Doenças (África CDC) anunciaram o adiamento de uma conferência de saúde no Marrocos em novembro devido ao “devastador surto de mpox”, que, segundo eles, se espalhou por todas as cinco regiões.
O África CDC afirmou que a mpox tem afetado fortemente as crianças — que compõem 60% dos casos — além de pessoas com HIV/AIDS.
A OMS disse que há uma taxa de eficácia de 76% para aqueles que tomam a vacina antes da exposição, e 82% para aqueles que recebem as duas doses.
Tomar a vacina após a exposição “é menos eficaz”, afirmou a OMS.
A OMS declarou em agosto que o surto de mpox na África é uma emergência de saúde pública de importância internacional.
Em 2024, foram registradas 723 mortes — cerca de 2,9% — de 25.237 casos confirmados em 14 países africanos, com base em dados acumulados até 8 de setembro de 2024.