A Organização Mundial da Saúde (OMS) deu um importante passo no combate à Mpox ao aprovar, na quinta-feira (3), o primeiro teste de diagnóstico emergencial da doença.
Desenvolvido pela Abbott Laboratories, o teste Alinity m MPXV detecta o vírus por meio da análise de amostras de material microbiológico coletado diretamente das feridas causadas pela infecção.
A Mpox, também conhecida como varíola dos macacos, voltou a ser classificada como uma emergência global pela OMS em agosto, em resposta ao aumento de casos em diversas regiões do mundo. Desde janeiro, foram registrados mais de 100 mil casos em mais de 12 países, resultando em 229 mortes.
Yukiko Nakatani, diretora-geral adjunta da OMS, comentou sobre o impacto positivo do novo teste na contenção da doença, especialmente em regiões com surtos.
Segundo ela, a detecção precoce permitirá que os infectados recebam o tratamento necessário de maneira mais rápida, evitando complicações e controlando a propagação do vírus.
“Este primeiro teste de diagnóstico listado no procedimento de Lista de Uso de Emergência representa um marco significativo na expansão da disponibilidade de testes nos países afetados”, afirmou Nakatani.
A doença continua a ser um problema em diversos países, incluindo o Brasil, onde o Ministério da Saúde divulgou recentemente um balanço que aponta 1.230 casos confirmados ou prováveis de Mpox.
A maioria das infecções está concentrada na região Sudeste, que representa 79,7% dos casos, com São Paulo liderando (643 casos) e seguido pelo Rio de Janeiro (268 casos).
O que é a Mpox e como se prevenir?
A Mpox é uma infecção viral zoonótica, transmitida principalmente através de contato próximo com pessoas contaminadas, especialmente durante relações sexuais.
O tempo de incubação da doença varia entre três e 16 dias, e os primeiros sintomas incluem febre, dores de cabeça, fadiga, inchaço nos gânglios linfáticos e, posteriormente, o aparecimento de erupções cutâneas, geralmente após três dias.
A prevenção contra a Mpox inclui evitar o contato direto com pessoas que apresentem sintomas da doença.
Em situações de risco, como no caso de profissionais de saúde, é essencial o uso de equipamentos de proteção, como luvas, máscaras e óculos.
Além disso, é recomendado que os infectados evitem compartilhar itens pessoais, como toalhas, roupas e lençóis, para reduzir o risco de transmissão.