Alguns dos livros mais vendidos nas últimas décadas se enquadram no amplo tópico de conselhos de produtividade.
A popularidade de títulos como “ Hábitos atômicos”, “A Arte de Fazer Acontecer ” e “Trabalho Focado” sugere que muitas pessoas têm um forte desejo de descobrir como organizar suas vidas e serem produtivas por meio de hábitos diários definidos.
Por muito tempo, fui um consumidor significativo desse tipo de literatura. Lamentei minhas próprias lutas com a procrastinação e percebi que a solução deveria existir em um desses sistemas. Se eu seguisse os passos certos, poderia desbloquear meu potencial e multiplicar meu rendimento – ou era o que eu pensava.
Indo além do texto
O problema, claro, não está nos próprios livros. Geralmente, eles são ótimas leituras, com conselhos pragmáticos.
A verdadeira questão era que eu estava focado em detalhes, e não via o panorama maior. Eu estava tão concentrado nos detalhes específicos de como as pessoas produtivas organizavam suas vidas que perdi os alicerces muito mais importantes que lhes permitiam fazer coisas significativas.
Demorei um pouco, mas agora vejo que responder às duas perguntas a seguir é mais importante do que qualquer detalhe técnico sobre acompanhamento, organização ou realização de tarefas. Eles são:
- Qual é a coisa mais importante e de maior valor que posso fazer agora?
- O que realmente me motiva a agir em vez de apenas planejar ou falar sobre isso?
O conselho que eu daria ao meu eu de 22 anos seria esquecer todo o resto sobre “ser produtivo” e apenas dominar essas duas questões. Eu diria a ele que nenhum sistema no mundo importará se você não tiver feito o trabalho interno para respondê-las.
Uma vez que dei aquele salto em minha compreensão, descobri que livros grandes com sistemas elaborados não me atraíam mais. Na minha cabeça, o melhor sistema para se conscientizar dos hábitos e tarefas é o que funciona para mim e é o mais simples possível.
Achei muito mais interessante observar meus amigos, colegas e outras pessoas que eu conhecia que consistentemente eram produtivos em suas vidas.
Para algumas questões na vida, é melhor observar o que as pessoas que conseguem fazer as coisas, em vez de escutar os especialistas e as teorias sobre porque elas conseguem. Acredito que essa é uma dessas questões.
3 peças para manter a consciência de meus hábitos
Nesse espírito, quero compartilhar o que funcionou para mim e por que tem sido eficaz. Se você fizer essa pergunta a 10 pessoas, obterá 10 respostas diferentes, mas, acredito, começará a calibrar em torno de uma abordagem eficaz. E, mais importante, você se sentirá inclinado a um determinado método e, quem sabe, terá tempo para experimentá-lo em sua própria vida.
Meu sistema de conscientização de hábitos e tarefas tem apenas três componentes:
Um calendário, um rastreador visual e um pedaço de papel.
Para mim, prefiro que eles sejam em papel e fiquem ao alcance da minha mesa – e isso vindo de alguém que geralmente é pró-tecnologia e passa muito tempo trabalhando em um computador. Às vezes, o bom e velho método do papel e lápis é o mais simples de todos.
Meu calendário é a única parte totalmente digital do meu sistema. Há muitos benefícios em compartilhar meu calendário com outras pessoas e poder acessá-lo do meu telefone quando estou fora de casa. É um sacrifício, mas funciona.
Cada componente do meu sistema serve a um propósito diferente, mas significativo.
Calendário
Meu calendário é onde acontece tudo que eu só preciso lembrar em uma data específica. Isso pode ser encontrar alguém para almoçar, agendar um período de duas horas para trabalhar em um projeto específico ou apenas me lembrar de verificar nossos detectores de fumaça uma vez por ano.
Rastreador Visual
Se há um hábito específico em que estou trabalhando, como uma nova rotina de exercícios, não o coloco no calendário ou na lista de tarefas. Em vez disso, uso um rastreador visual que eu posso imprimir e o exibo com destaque em minha mesa, onde posso marcar na minha lista em tempo real as tarefas desse hábito conforme completo. Isso evita que o rastreamento de hábitos sobrecarregue meus outros sistemas e também dá ao hábito um destaque especial em minha vida.
Pedaço de Papel
Para qualquer outra tarefa que não seja um hábito diário e não precise ser concluída em uma data específica, eu a escrevo em um pedaço de papel que fica na minha mesa. É simples assim. Comparado a uma lista digital, um pedaço de papel fornece uma dimensão espacial para minha organização. Lembro-me de onde escrevi na página e posso adicionar outros elementos, como negrito, círculos ou sublinhado com facilidade. E quando algo é realmente importante, escrevo em um post-it ou cartão e coloco bem na frente.
Crie o sistema que funciona para você
Meu sistema é perfeito? Claro que não. Faço exceções a essas regras? O tempo todo. É por meio de versões novas e aprimoradas que posso personalizar o sistema mais eficaz para mim. Como estrutura geral, descobri que é uma maneira simples e descomplicada de prestar atenção aos vários hábitos e tarefas que surgem em minha vida.
Acompanhar seu progresso não precisa ser um sistema intensivo e complicado para funcionar. Espero que este artigo dê ideias úteis sobre como você pode monitorar seus próprios hábitos, mas, mais do que isso, espero que passe algum tempo pensando sobre as duas questões importantes que compartilhei acima e comece de uma vez.
As opiniões expressas neste artigo são as opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times.
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