A mais recente pesquisa da University College London revela um dado alarmante sobre os efeitos do tabagismo: a cada cigarro consumido, a expectativa de vida é reduzida em média por 20 minutos.
Para quem fuma um maço de 20 cigarros por dia, essa perda pode somar quase sete horas de vida em um único dia de consumo.
Os resultados, divulgados nesta terça-feira (1º), ampliam o entendimento sobre os danos do tabaco, mostrando que fumar pode encurtar até 10 anos da vida de uma pessoa quando comparado a não fumantes.
O estudo, encomendado pelo Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido, sugere que os impactos do cigarro não se restringem aos últimos anos de vida, como se pensava anteriormente.
Fumar afeta profundamente a qualidade de vida ao longo de toda a trajetória, comprometendo principalmente os períodos de saúde relativamente boa, ou seja, os anos em que se poderia viver de forma mais plena e saudável.
A Dra. Sarah Jackson, líder da pesquisa, esclarece que o problema do tabagismo vai além da quantidade de anos vividos.
“O tempo que eles estão perdendo é tempo que poderiam estar passando com seus entes queridos em boa saúde”, disse Jackson.
“Com o tabagismo, não se perde o período final da vida que tende a ser vivido com saúde mais precária. Em vez disso, parece corroer uma parte relativamente mais saudável no meio da vida”, ela disse.
A boa notícia, no entanto, é que abandonar o cigarro pode reverter parte dos danos.
Mesmo aqueles que decidirem parar de fumar agora, no início de 2025, podem recuperar considerável tempo de vida.
Por exemplo, ao deixar o vício, um fumante pode evitar a perda de um dia inteiro de vida até 8 de janeiro e até uma semana até 20 de fevereiro. No decorrer do ano, essa economia pode alcançar até 50 dias adicionais de vida preservados.
O estudo também aponta que os efeitos de parar de fumar são mais pronunciados se a decisão for tomada na juventude.
Quem abandona o tabaco na faixa dos 20 ou 30 anos pode ter sua expectativa de vida equiparada à de alguém que nunca fumou.
Contudo, não importa a idade em que se decida parar: sempre haverá ganhos na saúde e na longevidade, com menos riscos de doenças graves no futuro.
