Por Jack Phillips
Uma nova subvariante da Ômicron, conhecida como BA.2 foi detectada nos Estados Unidos, afirmaram oficiais, após autoridades no Reino Unido e na Dinamarca publicarem relatórios sobre a cepa nos últimos dias.
“Ainda há incerteza sobre o significado das mudanças no genoma viral, e mais análises serão realizadas agora”, afirmou a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido em um comunicado à imprensa.
Pesquisadores do Reino Unido relataram que uma análise inicial sugere que a BA.2 é mais transmissível do que a primeira cepa da Ômicron, que foi nomeada como uma “variante de preocupação” pela Organização Mundial da Saúde em novembro. No entanto, a equipe afirmou que não conseguiu encontrar uma diferença significativa entre a cepa original e a BA.2.
Houve cerca de 400 casos confirmados de BA.2 em 40 países. O primeiro foi confirmado em dezembro, relatou a agência do Reino Unido.
“Até agora, não há evidências suficientes para determinar se a BA.2 causa uma doença mais grave do que a variante Ômicron BA.1, mas os dados são limitados e a UKHSA continua investigando”, afirmou a Dra. Meera Chand, diretora de incidentes da COVID-19 da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido, em um comunicado.
“É da natureza dos vírus evoluir e sofrer mutações, então é de se esperar que continuemos a ver novas variantes surgirem à medida que a pandemia avança”, continuou Chand. “Nossa vigilância genômica contínua nos permite detectá-las e avaliar se são significativas”.
Autoridades na Dinamarca declararam que quase metade das amostras de teste da COVID-19 sequenciadas são da BA.2. Na segunda semana de janeiro, sua participação aumentou para cerca de 45% do total de casos.
“Durante o mesmo período, a frequência relativa de BA.1 caiu”, afirmou um comunicado do Statens Serum Institut, uma agência de saúde dinamarquesa, referindo-se a BA.1 – o nome da variante inicial Ômicron da COVID-19. “BA.1 e BA.2 têm muitas diferenças em suas mutações nas áreas mais importantes. Na verdade, a diferença entre BA.1 e BA.2 é maior do que a diferença entre a variante original e a variante Alpha”.
Uma análise inicial dos casos de BA.2 sugere que não há diferença nas internações em relação à subvariante BA. 1, afirmou a agência de saúde. Também não está claro se as vacinas atuais são eficazes contra ela.
Além do Reino Unido e Dinamarca, Noruega, França, Índia e Suécia também relataram casos da ramificação da Ômicron, de acordo com relatos da mídia. A subvariante também foi detectada nos Estados Unidos, no estado de Washington, relataram autoridades.
O Departamento de Saúde do Estado de Washington confirmou dois casos da BA.2 no início deste mês, informou a KOMO News.
“É muito cedo para dizer se veremos mais casos dessa variante”, afirmou Shelby Anderson, porta-voz do departamento de saúde de Washington, ao canal local. “Até agora, menos de 100 casos confirmados de BA.2 nos EUA foram relatados”.
E pelo menos três casos foram detectados no Hospital Metodista de Houston, afirmaram autoridades ao Washington Post.
“A boa notícia é que temos apenas três casos”, afirmou James Musser, diretor do Centro de Pesquisa Molecular e Translacional de Doenças Infecciosas Humanas da Houston Methodist. “Certamente não estamos presenciando os 5% ou mais que estão sendo relatados no Reino Unido agora e certamente não os 40% que estão sendo relatados na Dinamarca”.
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