Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Ao visitar o médico, a rotina típica inclui verificações do coração, pulmões e pele. Exames laboratoriais podem avaliar a função de órgãos como a tireoide e, às vezes, uma varredura examina a densidade óssea. Mas você já teve seus músculos avaliados? Provavelmente, a resposta é não.
No entanto, os músculos são tão cruciais quanto qualquer outro órgão do seu corpo. Classificados como órgãos pelos Institutos Nacionais de Saúde (National Institutes of Health), os músculos desempenham um papel vital na saúde geral e na longevidade. A saúde dos músculos esqueléticos influencia significativamente a capacidade do seu corpo de combater doenças e se recuperar de lesões.
A massa muscular é também o fator ignorado na crise de obesidade nos Estados Unidos. Medicamentos como Ozempic podem ajudar na perda de peso, mas também podem levar à perda de massa muscular, aumentando o risco à saúde e ao metabolismo se não forem bem administrados.
Uma das razões pelas quais esse órgão é tão importante é porque os músculos produzem substâncias semelhantes a hormônios chamadas miocinas, que ajudam a regular as funções do corpo, disse a Dra. Bente Pedersen, professora de medicina integrativa da Universidade de Copenhague. As miocinas comunicam-se com órgãos como o fígado, pâncreas e cérebro, influenciando o metabolismo, reduzindo a inflamação e apoiando a saúde geral.
As miocinas corroboram com a imunidade. O Dr. Sandeep Palakodeti da Rebel Health Alliance disse ao Epoch Times: “Músculos esqueléticos saudáveis aumentam a imunidade ao reduzir a inflamação e melhorar a função das células imunológicas.”
Então, aquele cara na academia com músculos enormes é saudável? Não necessariamente. Seus músculos podem ser grandes, mas também podem estar gordos. A gordura intramuscular representa riscos à saúde, mesmo para aqueles com músculos grandes. Essa condição, chamada miosteatose, pode degradar o desempenho muscular e levar ao diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.
A Dra. Odessa Addison, da Universidade de Maryland, disse ao Epoch Times que a qualidade e a composição muscular, e não apenas o tamanho, são cruciais para a saúde. A gordura intramuscular libera moléculas inflamatórias, contribuindo para distúrbios metabólicos e doenças crônicas.
Manter a saúde muscular também é crucial para o bem-estar mental. Menor massa muscular está associada a taxas mais altas de depressão e ansiedade devido a desequilíbrios hormonais. O exercício físico aumenta a massa muscular e melhora neurotransmissores como endorfinas, serotonina e dopamina, que melhoram o humor e reduzem o estresse.
Para construir e manter os músculos, consuma uma dieta rica em proteínas, equilibre carboidratos e gorduras e faça treinamento de resistência. Sono adequado, gerenciamento do estresse e atividade diária também são essenciais. Suplementos como proteínas em pó e creatina ajudam, mas uma rotina de exercícios consistente e um estilo de vida saudável são fundamentais.
Para verificar sua massa muscular, discuta suas preocupações com seu médico e solicite avaliações além do exame padrão. Para medições precisas, pergunte sobre uma varredura DEXA (absorciometria por dupla emissão de raios X) de composição corporal total ou análise de bioimpedância (BIA). Ambas avaliam a massa muscular esquelética apendicular e fornecem dados críticos sobre a saúde muscular.