Em meio às incertezas em torno da variante Ômicron do vírus do PCC (Partido Comunista Chinês), o diretor do National Institutes of Health (Instituto Nacional de Saúde), Francis Collins, afirma que será necessário semanas antes dos cientistas compreenderem a eficácia das vacinas na proteção contra a variante.
Durante uma entrevista na “Fox News Sunday”, Collins declarou que o fato da variante recém-classificada, Ômicron, ter mais de 30 mutações em suas proteínas spike, aumenta a complexidade para entender se os anticorpos criados pelas vacinas permanecem eficazes contra ela.
“Nós sabemos que esta é uma variante que tem muitas mutações – em torno de 50 delas, e mais de 30 delas na proteína spike, que é a parte do vírus que se liga às células humanas se você for infectado”, Collins afirmou ao apresentador Trace Gallagher.
“É um novo recorde em termos de número de mutações”, continuou ele. “Isso faz você se preocupar, portanto, que seja um vírus suficientemente diferente, podendo não responder tão bem à proteção das vacinas. Mas não sabemos disso”.
De acordo com Collins, levará “duas a três semanas em estudos de laboratório e de campo” para os cientistas descobrirem a resposta.
Collins, no entanto, encorajou as pessoas a obterem as vacinas existentes e as injeções de reforço, as quais ele afirma que forneceram proteção contra a variante Delta e esperançosamente farão o mesmo com a Ômicron.
“Esperamos que muito provavelmente as vacinas atuais sejam suficientes para fornecer proteção e, especialmente, os reforços apresentarão essa camada adicional de proteção”, afirmou ele.
Uma importante médica de uma associação médica sul-africana declarou recentemente aos meios de comunicação, que os pacientes infectados com a variante Ômicron apresentam sintomas incomuns, mas moderados.
Cientistas da África do Sul anunciaram, na quinta-feira, que identificaram a Ômicron por sequenciamento genético, observando que ela pode ser mais transmissível do que outras variantes do vírus do PCC. Em poucas horas, o Reino Unido proibiu voos da África do Sul e de vários outros países do sul da África. Muitos países seguiram o exemplo desde então, incluindo os Estados Unidos, que irão restringir a entrada da maioria dos viajantes de oito países da África Meridional.
Anthony Fauci, diretor de longa data do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, afirmou no sábado que as restrições de viagem impostas pelo governo Biden e governos de outros países visam ganhar mais tempo para estudar a nova variante para que possam lidar com ela melhor enquanto surgem casos.
“A proibição de viagens, quando você tem um vírus altamente transmissível, nunca o impediria completamente … de entrar no país. De jeito nenhum isso vai acontecer”, afirmou Fauci no programa “This Week” da ABC.
“Mas o que você pode fazer é atrasá-lo o suficiente para nos prepararmos melhor”, acrescentou. “E é isso que as pessoas precisam entender. Se você pretende banir viagens da maneira que estamos fazendo e implementando agora, utilize o tempo que você está comprando para preencher as lacunas”.
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