Inteligência artificial desponta como ferramenta na luta contra câncer de pulmão

Por Agência de Notícias
23/11/2024 15:17 Atualizado: 23/11/2024 15:17

O desenvolvimento tecnológico abre novas oportunidades na área da saúde, e esse é o caso da Inteligência Artificial, que surge como uma ferramenta fundamental para promover a detecção precoce do câncer de pulmão e, assim, oferecer perspectivas animadoras na luta contra a doença na América Latina.

A cada ano, a região registra mais de 1,4 milhão de novos casos de câncer de pulmão, uma doença que causa mais mortes do que qualquer outro tipo de câncer, de acordo com dados de The Lancet Oncology e Journal of Thoracic Oncology.

O câncer continua a ser um desafio epidemiológico significativo para os sistemas de saúde na América Latina, ceifando mais de 86.000 vidas por ano, de acordo com os números da Globocan.

Além disso, 85% dos pacientes são diagnosticados em estágios avançados, quando as chances de cura são limitadas e a taxa de sobrevida em cinco anos cai para apenas 18%.

Sem uma ação oportuna, estima-se que a doença poderá atingir uma mortalidade anual de 3 milhões de pessoas em todo o mundo até 2040, um aumento de 67%.

Diálogos EFE e o futuro do câncer de pulmão

Diante dessa realidade, na próxima terça-feira, 26 de novembro, será realizado o fórum virtual Diálogos EFE: “O futuro da oncologia: IA contra o câncer de pulmão”, no qual especialistas da América Latina discutirão como essa ferramenta pode abrir um mundo de possibilidades no diagnóstico e tratamento.

Eles também explicarão como a IA pode ser integrada aos sistemas de saúde e ajudar a reduzir o tempo para o diagnóstico através, por exemplo, do uso de raios X para detectar nódulos que podem antecipar a identificação do câncer, aumentando a sobrevida dos pacientes e reduzindo a taxa de mortalidade.

Entre os palestrantes está a chefe de pneumologia oncológica da Fundação Pneumológica da Colômbia, Lucía Viola Muñoz, que abordará alguns dos principais desafios dessa doença que, em seus estágios iniciais, não produz sintomas.

Por sua vez, a chefe de pesquisa e inovação tecnológica do departamento de informática em saúde do Hospital Italiano de Buenos Aires, Sonia Benítez, falará durante o fórum sobre as oportunidades e os benefícios da IA para uma abordagem abrangente dessa doença nos sistemas de saúde.

Além disso, o diretor de diagnósticos da AstraZeneca México, Alberto Hegewisch, abordará o papel da IA no diagnóstico oportuno e no desenvolvimento de novos tratamentos para a doença.

O fórum virtual será moderado pelo diretor editorial da Agência EFE para as Américas Manuel Fuentes, e terá início às 13h (horário de Brasília).