Por Jack Phillips
O consultor da pandemia da Casa Branca, Anthony Fauci, reconheceu que as hospitalizações pela COVID-19 estão aumentando entre aqueles que foram vacinados e não receberam a dose de reforço.
“O que estamos começando a ver agora é um aumento nas hospitalizações entre as pessoas que foram vacinadas, mas não receberam o reforço”, afirmou Fauci na terça-feira durante uma entrevista à NBC News. “É uma proporção significativa, mas não a maioria, de forma alguma”.
E na quarta-feira, a diretora dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Rochelle Walensky, declarou durante uma entrevista coletiva que sua agência está vendo um declínio na eficácia da vacina entre receptores idosos e aqueles que vivem em instituições de cuidados de longo prazo.
Isso coincide com os dados do CDC divulgados no final do mês passado.
“Embora o risco mais alto seja entre as pessoas que não foram vacinadas, estamos vendo um aumento de pacientes no departamento de emergência entre adultos com 65 anos ou mais, que agora apresentam novamente maior quantidade de casos em comparação aos grupos mais jovens”, observou Walensky.
Residentes de instituições de longa permanência e indivíduos com mais de 65 anos estavam entre os primeiros a se qualificar para as vacinas, no inverno passado.
Dados do CDC mostram que residentes de cuidados de longa duração que receberam a dose de reforço tiveram uma taxa de infecção “notavelmente mais baixa” em comparação com aqueles que não receberam, afirmou Walensky na quarta-feira.
Também durante a sessão, Fauci declarou que, apesar da redução da eficácia, as vacinas contra a COVID-19 são capazes de “proteger você, sua família e sua comunidade”.
Os governadores da Califórnia, Novo México, Arkansas, West Virginia e Colorado expandiram as doses de reforço para todos os adultos, sem esperar a ação das agências federais de saúde. Cerca de 31 milhões de americanos já obtiveram uma dose além de seu original regime de vacinação, de acordo com dados do CDC.
“Precisamos começar agora mesmo em qualquer um que seja elegível … para reforça-los”, afirmou Fauci à NBC. Na mesma entrevista, ele pediu que as pessoas, independentemente do estado de vacinação, usassem máscara.
A pressão para que as pessoas recebam a dose de reforço ocorre quando alguns funcionários cogitam publicamente se devem ou não considerar alguém totalmente vacinado, caso não tenha recebido uma dose de reforço.
Em uma entrevista com a Axios esta semana, Fauci sugeriu que “os reforços vão se tornar parte do regime padrão e não apenas um bônus”, referindo-se ao estado de vacinação de um indivíduo.
Na quinta-feira, o governador de Connecticut, Ned Lamont, um democrata, declarou que as pessoas elegíveis que não receberam um reforço dentro de seis meses não foram totalmente vacinadas.
“Se você foi vacinado há mais de seis meses, agora é a hora de receber o reforço”, declarou em entrevista coletiva. “Obtenha o reforço antes do Dia de Ação de Graças, antes do Natal, antes de todos esses feriados”.
Enquanto isso, a governadora do Novo México, Michelle Lujan Grisham, uma democrata, sugeriu que as pessoas que foram vacinadas há seis meses ou mais, podem ser responsáveis pelo aumento do número de casos da COVID-19 no estado.
As autoridades israelenses, no início deste ano, estipularam que uma pessoa que não recebeu uma dose de reforço após seis meses, não seria capaz de usar seu “passe verde” para a COVID-19, ou um tipo de passaporte de vacinação usado para entrar em restaurantes, bares, academias, e outros estabelecimentos.
De acordo com um comunicado do governo divulgado no mês passado, o “passe verde”agora estará disponível apenas para israelenses que possam provar que receberam uma dose de reforço após seis meses, ou que possam mostrar que se recuperaram da doença.
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