Por Alex Wu
Hong Kong testará toda a sua população de cerca de sete milhões de pessoas para a COVID-19 no próximo mês, enquanto a cidade enfrenta seu pior surto.
As autoridades locais fizeram o anúncio na terça-feira e previram que levará sete dias para realizar a triagem em massa.
O professor Lau Yu-lung, que preside o comitê científico do governo sobre doenças evitáveis por vacina, afirmou que os testes em massa podem identificar até 300.000 novas infecções pela COVID, segundo o South China Morning Post.
Isso decorre do anúncio do Centro de Proteção à Saúde de Hong Kong, no mesmo dia, de que havia 6.211 novos casos da COVID-19, dos quais três eram casos importados. Também houve 32 mortes nas 24 horas da mesma data do anúncio, incluindo três crianças com menos de 5 anos.
Na segunda-feira, 8.013 casos locais foram relatados.
Chuang Shuk-kwan, diretor da Divisão de Doenças Infecciosas do Centro de Proteção à Saúde de Hong Kong, declarou que o número de casos relatados no dia 1º de fevereiro foi de 126, e o número de casos relatados na segunda-feira aumentou 64 vezes, para 8.013.
Lau Ka Hin, gerente administrativo chefe da Autoridade Hospitalar em Hong Kong, afirmou que a ocupação atual de leitos de quarentena em hospitais públicos é de 92%.
Lau acrescentou que, devido ao recente clima frio, os hospitais tentaram ao máximo providenciar para que os pacientes se mudassem para espaços internos, ao invés de locais improvisados ao ar livre e fora dos centros médicos.
Três bebês e crianças menores de 5 anos morreram em Hong Kong após contrair a COVID-19 em 10 dias, com especialistas pediátricos observando que as crianças tinham edema cerebral, que acredita-se ser causado por encefalite aguda. Os especialistas disseram que o aspecto mais preocupante da COVID-19 é a nova mutação da Ômicron, a BA.2.
Lau Yu Lung, professor titular do Departamento de Pediatria e Ciências da Adolescência da Universidade de Hong Kong, afirmou que alguns pacientes jovens pareciam ter cãibras e convulsões.
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