Por Petr Svab
Os departamentos de saúde em vários estados confirmaram ao Epoch Times que estão analisando um aumento acentuado na taxa de mortalidade de pessoas de 18 a 49 anos em 2021 – a maioria da qual não está ligada à COVID-19.
As mortes entre pessoas de 18 a 49 anos aumentaram mais de 40% nos 12 meses encerrados em outubro de 2021 em comparação com o mesmo período de 2018-2019, antes da pandemia, de acordo com uma análise do Epoch Times de dados de atestado de óbito dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
A agência ainda não tem os números completos de 2021, pois os dados da certidão de óbito têm um atraso de até oito semanas ou mais.
O aumento diferiu muito de estado para estado, com o aumento mais dramático nas mortes entre jovens e pessoas de meia idade no Sul, Centro-Oeste e Costa Oeste, enquanto os estados do nordeste geralmente tiveram picos muito mais leves. As autoridades de saúde pública, em alguns dos estados com os maiores aumentos, estão examinando a questão.
O Texas viu a mortalidade de 18 a 49 anos saltar 61%, o segundo maior aumento no país. Desse total, menos de 58% foi atribuído à COVID-19.
“Nosso Centro de Estatísticas de Saúde está analisando os dados”, afirmou Chris Van Deusen, chefe de Relações com a Mídia do Departamento de Serviços de Saúde do Estado do Texas, por e-mail. “Nós iremos retornar uma resposta”.
A Flórida, que teve um aumento de 51%, 48% atribuído à COVID-19, também está investigando o assunto.
Eu estou olhando para isso, para ver se há algum tipo de correlação/causa”, afirmou Jeremy Redfern, porta-voz do Departamento de Saúde da Flórida por e-mail.
Nevada teve o maior aumento, 65%, dos quais apenas 36% foram atribuídos à COVID-19.
Shannon Litz, oficial de informações públicas do Departamento de Saúde e Serviços Humanos de Nevada, afirmou por e-mail que passou perguntas sobre o pico de mortalidade ao escritório de análise da agência “para revisão”.
O Distrito de Columbia experimentou um aumento de 72%, sem nenhuma relação à COVID-19.
Robert Mayfield, porta-voz da autoridade de saúde de DC, encaminhou o Epoch Times ao Gabinete do Examinador Médico Chefe (OCME) do distrito, que sugeriu que lhe faltava a especialização para analisar o fenômeno.
“O OCME não tem atualmente um epidemiologista (o cargo está sendo anunciado), então não tem capacidade atual de analisar os dados”, afirmou o porta-voz do escritório, Rodney Adams, por e-mail.
O Arizona registrou um aumento de 57%, 37% dos quais foram atribuídos à COVID-19.
O Departamento de Serviços de Saúde do Arizona não pôde responder a perguntas sobre o assunto porque seus dados “ainda não estão finalizados”, declarou Tom Herrmann, oficial de informações públicas da agência, por e-mail.
Outros estados com alguns dos maiores aumentos foram Tennessee (57% acima, 33% atribuídos a COVID-19), Califórnia (55% acima, 42% atribuídos a COVID-19), Novo México (52% por cento acima, 33% atribuído a COVID-19) e Louisiana (51% acima, 32% atribuído à COVID-19). Nenhuma de suas autoridades de saúde respondeu aos pedidos de comentários.
O aumento da mortalidade parecia ser significativamente mais suave no nordeste. New Hampshire não viu aumento, Massachusetts teve apenas um pico de 13% (24% atribuído à COVID-19) e Nova York, uma das mais atingidas pela pandemia na região, subiu 29% (30% do total foi atribuído à COVID-19).
Os dados do CDC sobre as causas dessas mortes em excesso ainda não estão disponíveis para 2021, além daqueles envolvendo a COVID-19, pneumonia e gripe. Houve cerca de 6.000 mortes por pneumonia em excesso que não envolveram à COVID-19 na faixa etária de 18 a 49 anos, nos 12 meses encerrados em outubro de 2021. A gripe esteve envolvida apenas em 50 mortes nessa faixa etária, abaixo das 550 no mesmo período pré-pandemia. A contagem de mortes por gripe não excluiu aqueles que também envolveram à COVID-19 ou pneumonia, observou o CDC.
Uma parte do aumento pode ser atribuída a overdoses de drogas, que aumentaram para mais de 101.000 nos 12 meses encerrados em junho de 2021, de cerca de 72.000 em 2019, estimou o CDC. Cerca de dois terços dessas mortes envolveram opióides sintéticos, como o fentanil, que muitas vezes são contrabandeados para os Estados Unidos da China via México.
Para aqueles com idade entre 50 e 84 anos, a mortalidade aumentou mais de 27%, representando mais de 470.000 mortes em excesso. Cerca de 77% das mortes tiveram COVID-19 marcada no atestado de óbito como causa ou fator contribuinte.
Para aqueles com 85 anos ou mais, a mortalidade aumentou cerca de 12%, com mais de 100.000 mortes em excesso. Houve mais de 130.000 mortes relacionadas a COVID neste grupo, indicando que esses idosos eram menos propensos a morrer de uma causa não relacionada a COVID de novembro de 2020 a outubro de 2021 do que durante o mesmo período de 2018-2019.
Comparando 2020 a 2019, a mortalidade aumentou cerca de 24% para pessoas de 18 a 49 anos, com menos de um terço dessas mortes em excesso envolvendo COVID-19. Para aqueles com idades entre 50 e 84 anos, a mortalidade aumentou menos de 20%, com mais de 70% envolvendo a COVID-19. Para aqueles ainda mais velhos, a mortalidade saltou cerca de 16%, com quase 90% envolvendo a COVID-19.
Para os menores de 18 anos, a mortalidade diminuiu cerca de 0,4% em 2020 em comparação com 2019. Nos 12 meses encerrados em outubro de 2021, caiu cerca de 3,3% em comparação com o mesmo período de 2018–2019.
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