EUA limita chegadas em Ruanda a três aeroportos devido a preocupações com vírus de Marburg

O vírus Marburg tem uma alta taxa de mortalidade.

Por Zachary Stieber
17/10/2024 18:54 Atualizado: 18/10/2024 09:51
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

Autoridades dos EUA estão direcionando pessoas que voam de Ruanda para três aeroportos para uma triagem mais rigorosa, em uma tentativa de prevenir a disseminação do vírus de Marburg, semelhante ao Ebola, no país.

Todos os passageiros com destino aos Estados Unidos a partir de Ruanda serão redirecionados para o Aeroporto John F. Kennedy, em Nova Iorque, Aeroporto Internacional O’Hare, em Chicago, ou Aeroporto Internacional Dulles, na Virgínia, perto de Washington, informou o Departamento de Estado dos EUA.

A agência afirmou que a medida se aplica a todos os passageiros, independentemente de serem americanos.

A RwandAir, principal companhia aérea de Ruanda, orientou que os viajantes com voos saindo do país devem procurar orientação médica se apresentarem sintomas associados ao vírus de Marburg, como fortes dores de cabeça. A companhia também informou que passageiros expostos a um caso confirmado de Marburg não podem voar até completarem 21 dias sem sintomas.

Um surto de Marburg surgiu em Ruanda, país da África Central com cerca de 13 milhões de habitantes, em setembro, segundo autoridades locais.

Das pessoas infectadas, 15 morreram, informou o Ministério da Saúde de Ruanda em 16 de outubro. Outras 38 se recuperaram, enquanto nove estão em isolamento.

Desde o anúncio do surto, todos os novos casos confirmados estão vinculados a um hospital em Kigali, e “não há evidências de transmissão comunitária”, segundo a agência.

O Marburg se espalha por contato direto com fluidos corporais de pessoas ou animais infectados, ou por itens contaminados com esses fluidos.

Os sintomas podem aparecer de dois a 21 dias após a infecção.

Muitos pacientes que contraem o vírus acabam morrendo.

Embora não existam tratamentos ou vacinas autorizados, uma vacina experimental foi aplicada a cerca de 850 pessoas em Ruanda.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) disse, no início de outubro, que as pessoas que não precisam viajar para Ruanda deveriam considerar evitar o país devido ao surto, mas essa orientação foi posteriormente retirada.

O CDC está encarregado da triagem avançada nos três aeroportos, e o processo começou em 16 de outubro.

Quando os viajantes de Ruanda chegam a um dos aeroportos, funcionários treinados do CDC observam sinais visíveis de doença, medem a temperatura e fazem perguntas sobre a saúde. Se houver febre ou outros sintomas, ou se as respostas indicarem possível exposição ao Marburg, um médico do CDC realizará uma avaliação e poderá encaminhar os viajantes a um hospital próximo.

A Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA também está auxiliando na triagem, e pilotos e tripulantes estão sendo excluídos desse processo.

Os viajantes estão sendo orientados a monitorar sua saúde por 21 dias após deixar Ruanda e a se isolarem e contatar o departamento de saúde local ou seu médico caso desenvolvam sintomas nesse período.

“Fique em casa e longe de outras pessoas, exceto para ir a uma unidade de saúde, se for instruído pelo departamento de saúde ou por um profissional de saúde”, disse o CDC.