Estudos sugerem que alimentos ultraprocessados aumentam o risco de depressão

Por Redação Epoch Times Brasil
20/11/2024 16:51 Atualizado: 20/11/2024 16:52

Além dos efeitos bem documentados sobre a saúde física, o consumo de produtos ultraprocessados, como refeições prontas e refrigerantes diet, também pode ter um impacto negativo na saúde mental

Pesquisas recentes indicam que a ingestão excessiva desses alimentos pode estar associada a um aumento do risco de depressão

Adoçantes artificiais, como o aspartame, são frequentemente citados como um dos possíveis responsáveis por interferir no funcionamento cerebral.

Como esses alimentos afetam a saúde mental?

Ao contrário dos alimentos frescos ou minimamente processados, os ultraprocessados passam por complexos processos industriais, nos quais aditivos, conservantes e corantes são adicionados. 

Esses componentes, ausentes em preparações caseiras, podem prejudicar a saúde, especialmente quando consumidos com frequência. 

Investigações sugerem que os compostos químicos presentes, especialmente os adoçantes, podem ter efeitos negativos no cérebro, aumentando a probabilidade de problemas depressivos.

Estudos recentes sobre os impactos dos ultraprocessados na saúde mental:

Universidade de São Paulo (USP)

Uma pesquisa conduzida pela USP acompanhou cerca de 16 mil adultos inicialmente sem diagnóstico de depressão. 

Através de questionários semestrais sobre dieta e saúde, os resultados indicaram que pessoas com uma dieta composta por aproximadamente 40% de alimentos ultraprocessados apresentaram um risco 42% maior de desenvolver quadros depressivos.

Universidade de Harvard e Hospital Mass General Brigham

Em uma análise realizada por especialistas de Harvard e do Mass General Brigham, mais de 30 mil mulheres entre 42 e 62 anos tiveram seus hábitos alimentares examinados. 

Cerca de 7 mil dessas mulheres foram diagnosticadas com depressão, sugerindo uma possível conexão entre alimentação e saúde mental.

Estudo publicado no JAMA Network Open  

Pesquisas realizadas por universidades nos Estados Unidos, incluindo um estudo publicado no JAMA Network Open, também investigaram o impacto do consumo de ultraprocessados. 

A pesquisa acompanhou mulheres ao longo de 14 anos e revelou que aquelas que consumiam mais de 8,8 porções diárias de alimentos ultraprocessados tinham 49% mais chances de desenvolver depressão, em comparação com as que consumiam menos de quatro porções por dia.

Embora esses estudos sugiram uma ligação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o aumento do risco de depressão, os pesquisadores ainda não têm uma explicação definitiva sobre os mecanismos que causam essa conexão.