De acordo com um levantamento realizado pela Indeed, site de empregos que abrange mais de 60 países, cerca de 60% dos trabalhadores relatam estar constantemente sob estresse. Além disso, apenas 1 em cada 5 entrevistados se considera bem-sucedido em sua trajetória profissional.
Esses dados preocupantes foram divulgados às vésperas do Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado nesta quinta-feira (10), que visa aumentar a conscientização sobre transtornos mentais, como o burnout, um esgotamento mental associado ao trabalho.
Em 2023, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registrou 421 afastamentos de trabalhadores devido ao burnout, evidenciando a gravidade do problema.
O levantamento, intitulado Relatório Global de Bem-Estar no Trabalho de 2024, coletou informações de 25 milhões de pessoas em 19 países, incluindo o Brasil, entre outubro de 2019 e janeiro de 2024.
Esse estudo foi realizado em parceria com o Centro de Pesquisa de Bem-Estar da Universidade de Oxford, contando com a expertise dos especialistas Jan-Emmanuel De Neve e George Ward.
A síndrome de burnout é caracterizada por exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, frequentemente resultante do excesso de trabalho, especialmente em profissões de alta pressão, como médicos, professores e policiais.
Os sintomas mais comuns incluem cansaço excessivo, dores de cabeça, insônia, dificuldade de concentração e problemas gastrointestinais.
Brasil é o quarto país com mais profissionais tristes ou raivosos na América Latina
Um estudo recente da consultoria Gallup revelou que a saúde emocional dos trabalhadores brasileiros apresenta índices alarmantes, colocando o Brasil na quarta posição entre os países da América Latina com as maiores taxas de raiva e tristeza entre os profissionais.
O estudo “State Of The Global Workplace” revelou que 25% dos profissionais no Brasil experimentam tristeza diariamente. Bolívia (32%), El Salvador (26%) e Jamaica (26%) aparecem na frente do Brasil. Além disso, 18% dos trabalhadores relataram sentir raiva em suas jornadas.
De acordo com o levantamento, os menos tristes são os paraguaios (34%) e os panamenhos (15%).
Cerca de 128 mil pessoas foram ouvidas pela pesquisa em mais de 160 países. O Brasil ocupa a sétima posição entre as nações mais estressadas da América Latina, com 46% dos profissionais afirmando que enfrentam estresse diariamente.
A Bolívia aparece como líder desse índice, apresentando 55% de trabalhadores estressados. Paraguai (34%) e Jamaica (35%) aparecem como os países com os menores índices de estresse entre seus colaboradores.