Por Marina Dalila, Epoch Times
Sim, é possível a cura da calvície sem remédios, sem gastar fortunas e sem passar por nenhum tipo de cirurgia ou tratamento invasivo. O crudivorismo ou o também conhecido como estilo de vida da alimentação viva tem promovido milagres inimagináveis para aqueles que acreditaram e foram em seu encontro.
Alimentação Viva é o um tipo de dieta na qual as pessoas consomem vegetais submetidos a uma temperatura de no máximo 40 ºC de forma a preservar as enzimas que se desintegrariam acima deste calor. Este tipo de dieta também permite o uso de grãos germinados, frutos frescos e secos.
Os benefícios deste tipo de dieta são inúmeros e a quantidade de pessoas que tem se beneficiado ainda não pertencem às estatísticas formais. A cura de diversos tipos de doenças tem sido registrada por aqueles que acreditaram e aderiram a este estilo de vida.
Mas o que acontece com o corpo humano quando ingerimos vegetais crus? A ingestão de vegetais crus é extremamente importante para a promoção de um sistema imunológico perfeito. Os benefícios terapêuticos desta dieta são complexos e inúmeros, tendo sidos vastamente documentados pela comunidade científica. Tais efeitos incluem ação antibiótica, antialergênica, antitumoral, imunomoduladora e anti-inflamatória.
Além de todos os benefícios citados, esta dieta promove alcalinização do organismo que normalmente varia seu pH entre 7,35 a 7,45. Desta forma, caso a dieta seja desequilibrada, os mecanismos reguladores do organismo farão de tudo para manter este pH retirando minerais alcalinos de fontes internas, como ossos por exemplo, e tentarão se livrar dos elementos ácidos causando desequilíbrio em todo o organismo.
Laurita Casagrande, fundadora do Projeto Girassol em Belo Horizonte, tentou por vinte anos curar sua calvície pelos métodos convencionais sem sucesso. Após descobrir a Alimentação Viva ela mudou sua vida e hoje divulga esta ciência para ajudar aqueles que precisam recuperar seu equilíbrio.
The Epoch Times: Há quanto tempo você vem fazendo tratamento convencional para curar a calvície?
Laurita Casagrande: Em 1990 [há mais de 20 anos atrás] se iniciou o processo de queda de meus cabelos. Além disso, também apareceram algumas pelagras em meu couro cabeludo. Eu recorri a alguns tratamentos com remédios à base de cortisona que faziam meu cabelo voltar. Mas pouco tempo depois, a queda de cabelos voltava. Em 1996, tive um acidente automobilístico e, a partir de então, a queda de cabelo se intensificou. Foi uma caminhada a vários tipos de tratamentos (medicina ortomolecular, alopata, homeopatia, tratamentos alternativos, fitoterapia). Tudo que me era recomendado eu procurei e o que consegui foi ficar sem um fio de cabelo na cabeça. Perdi também os cílios, sobrancelhas. Por uns cinco anos aproximadamente não tive progresso como os tratamentos, até o dia que, conversando com minha médica homeopata, ela me afirmou que tratava-se de uma doença auto-imune e, que, sempre que houvesse uma queda no meu sistema imunológico, o cabelo iria cair. Nesse momento, decidi que, por tratamentos convencionais, eu não obteria a cura da minha doença, diagnosticada como Alopecia Areata. Abandonei todos os tratamentos e remédios e fui em busca da cura natural.
The Epoch Times: O que lhe fez pensar que alimento poderia ser seu medicamento?
Laurita Casagrande: Mediante pesquisas em livros e internet descobri que a maioria das doenças estava relacionada com intoxicação do organismo e, consequentemente, o desequilíbrio entre as temperaturas interna e externa do corpo. Normalizando as temperaturas, o corpo se tornaria saudável. Para conseguir isso, era necessário primeiramente purificar o sangue com a ingestão, principalmente, de alimentos crus. Para o equilíbrio das temperaturas, seriam necessários vários banhos de choques térmicos. Comecei o tratamento, mas ainda estava pouco e demandava muito tempo com os banhos. Queria algo mais prático, rápido e que adaptasse ao meu estilo de vida de pouco tempo, trabalhando fora o dia todo e cuidando da casa e da família.
The Epoch Times: Como você conheceu o estilo de vida da alimentação viva?
Laurita Casagrande: Em setembro de 2008, aconteceu em Belo Horizonte o 2º Congresso Vegetariano Brasileiro tendo na pauta a Alimentação Viva como um dos principais temas. Não hesitei e me inscrevi. Logo de inicio, na primeira palestra sobre a alimentação viva, quando Dra. Maria Luiza Branco começou a descrever seus benefícios, diferenças da alimentação tradicional e influências na saúde, não tive dúvida: ali estava a minha cura. A partir daquele dia [29 de setembro de 2008], naquele momento, já abandonei toda a alimentação tradicional e aderi ao estilo de vida da alimentação viva, comendo somente sementes germinadas, brotos, verduras, frutas e legumes crus e frescos. Depois de seis meses, fui ao médico e pedi todos os tipos de exames possíveis. Queria saber os resultados. E, para surpresa, a minha tireoide estava funcionando normalmente. Havia mais de 10 anos que tomava o medicamento Purant T4 75 mg para hipotireoidismo e os médicos afirmavam que era irreversível. Eu havia me curado! Fiquei muito emocionada e quis divulgar este método de cura para as pessoas. Com um ano e meio de Alimentação Viva meus cabelos começaram a nascer e nunca mais caíram como antes. Estão sempre nascendo e crescendo, se recuperando cada dia mais.
The Epoch Times: Há quanto tempo você se alimenta de alimentos crus? Como você se sente?
Laurita Casagrande: Hoje, com quatro anos e três meses com uma dieta exclusivamente de alimentos vivos, me sinto cada vez mais curada, não só fisicamente, mas emocionalmente, espiritualmente e psicologicamente. Foram-se embora os medos, a ansiedade, as preocupações, melhorei minha autoestima e meu poder de decisão. Houve expansão considerável da consciência, ou seja, a conexão com a nossa essência, a verdadeira origem, o nosso eu interior, o que, para mim, estava demorando muito somente com os métodos de meditação, yoga, etc.
The Epoch Times: Sua dieta é totalmente crua atualmente? Se sim, desde quando?
Laurita Casagrande: Minha dieta continua 100% crua, desde aquele dia 29 de setembro de 2008, aperfeiçoando-a cada dia mais, sentindo as necessidades de meu corpo, adaptando, criando novas receitas, observando o que é melhor para a cura. Na verdade a alimentação é uma arte, uma ciência. Precisamos estar trabalhando, estudando, pesquisando sempre. O nosso corpo é o laboratório. Ela melhor que qualquer método sabe o que é melhor para ele. Esta pesquisa com o corpo é muito gratificante.
The Epoch Times: Qual foi o resultado de seus exames médicos após a mudança na dieta?
Laurita Casagrande: Houve melhora nos níveis de colesterol, tanto o bom quanto o ruim, glicemia e normalização da tireóide. Recentemente consegui normalizar também a vitamina B12, que, no inicio da alimentação viva, teve queda.
The Epoch Times: Como você conseguiu normalizar a vitamina B12 em uma dieta praticamente vegana sem o uso de suplementos?
Laurita Casagrande: Como a minha B12 estava um pouco baixa e não queria fazer uso de outro complemento que não a alimentação viva, fiz uma pesquisa sobre como melhorar o nível de vitamina B12. Observei que a ingestão de mais vitaminas verdes (folhas verdes, brotos e frutas batidas com suco de frutas ou agua de coco ou leite de sementes germinadas ou simplesmente agua filtrada, sem coar) poderia melhorar. Também vi uma recomendação para comer frutas orgânicas sem lavar. Passei a fazer isso também. Quando colho as frutas em casa ou em local conhecido, que sei que não tem agrotóxico, não lavo. Como da forma que está no pé. Segundo a pesquisadora, quando a fruta está no pé, ela desenvolve uma substância protetora que ajuda a aumentar o nível de B12 no organismo. Só que se lavamos a fruta, ela perde esta característica. Acredito muito que isso ajudou também. As vitaminas verdes são muito poderosas, melhoraram não só a B12, como baixaram o nível de glicemia em 8 pontos, melhoram o crescimento do cabelo e aumentou o nascimento de fios, fortalecendo-os mais. Hoje, tomo vitaminas verdes, nas três refeições. Não sei fazer uma vitamina ou uma sopa energética, sem acrescentar uma folha verde. Descobri que o segredo da cura está verdadeiramente no consumo de folhas verdes e muitos brotos. Inverti minha refeição de muitas sementes germinadas para 80% de folhas verdes, brotos e frutas. Estou muito satisfeita. Consegui curar também o meu intestino, que era algo que ainda me preocupava, pois já tinha mais de três anos de alimentação viva e ela não funcionava perfeitamente. Qualquer coisa o prendia e dava muitos gases. Hoje, depois da introdução das vitaminas verdes em minha dieta, funciona maravilhosamente. Por isso sugeri a divulgação das vitaminas verdes, pois são fáceis de serem feitas e revolucionam a nossa saúde. Eu pude sentir isso na pele. Experimente!
The Epoch Times: Você conhece outras pessoas que se curaram pela alimentação viva?
Laurita Casagrande: Na mesma época que aderi à alimentação viva minha irmã também aderiu. Ela tinha problemas com a taxa de prolactina, que desde o nascimento de sua filha, nunca mais normalizou, estando sempre alta. Isso trazia grandes problemas para ela como stress, obesidade, depressão, baixa imunidade, etc. Com a alimentação viva conseguiu baixar 200 pontos no nível da prolactina, perder peso, melhorar a autoestima, depressão, poder de decisão, eliminando medos, preocupações e apegos. Foi promovida no emprego e está muito bem. Ela ainda não conseguiu normalizar totalmente a taxa de prolactina, mesmo porque sente dificuldades de fazer as adaptações que fiz (mais brotos e folhas verdes em prol de muitas sementes germinadas). Minha mãe recentemente também foi curada de uma úlcera varicosa que a acometeu em agosto do ano passado. Depois de muita insistência resolveu adaptar sua alimentação com parte da dieta viva e, não é de se espantar, que logo que fez isso, rapidamente entrou em processo de cura. Várias pessoas no Projeto Girassol relatam melhoras em vários sintomas como insônia, depressão, diverticulite, intestino preso, colesterol, níveis de glicemia, etc.
The Epoch Times: Por que você recomendaria o estilo de vida da alimentação viva para as pessoas?
Laurita Casagrande: Recomendo a alimentação viva como um tratamento e um estilo de vida, pois é um método de cura barato, acessível a qualquer um e que depende apenas da força de vontade e coragem de cada pessoa. Você é a única pessoa responsável pelo seu tratamento, sendo o responsável pela sua vida, não delegando a terceiros a sua saúde. Apenas precisa fazer os acompanhamentos frequentes. Além disso, este estilo de vida contribui para a conexão com o meio ambiente e o universo, uma vez que a maioria do lixo gerado é reaproveitado, através de compostagem, minhocário e adubos para as plantas. Você se torna mais belo, jovem, energizado, vitalizado, sem a necessidade de produtos de beleza ou quaisquer remédios. Reduz a contaminação dos rios e solos com medicamentos, produtos de beleza, higiene e limpeza, embalagens plásticas e de produtos industrializados. Expande a consciência da humanidade, eliminando os medos, preocupações, apegos, que a impede de ser o amor. Quanto mais pessoas conectadas com o amor incondicional, mais cura para a humanidade e para o planeta. Acredito que somente com o retorno do ser humano à sua essência, ao verdadeiro amor, ao seu Deus Interior, ou seja, com a expansão da consciência da humanidade, poderemos construir um mundo de paz, serenidade, amor, respeito, solidariedade, prosperidade, fartura e abundância para todos. Vejo reascenderem todas essas qualidades com a prática da alimentação viva, por meio das pessoas que tenho convivido e que vêm se curando. Por isso acredito ser esta a alimentação do futuro e a indico para todos.
The Epoch Times: Explique-nos mais sobre o Projeto Girassol, como surgiu, quais as atividades que promove?
Laurita Casagrande: Eu fiquei muito emocionada quando, depois de seis meses apenas, consegui me curar do hipotireoidismo. Um tempo muito curto para um processo que, para a medicina convencional, era irreversível. Quis que a humanidade também compartilhasse desta alegria e descoberta: alimentação viva, um método barato e de fácil acesso para as pessoas. Criamos o Projeto Girassol, em abril de 2009. São reuniões mensais para disseminação dos conhecimentos sobre a alimentação viva, orientações sobre o processo de germinação e produção de brotos, prática de pratos e refeições, estimulando a criatividade, o aproveitamento, a união, a solidariedade, compartilhando experiências e benefícios da alimentação viva. Também participamos de reuniões em casas de famílias, associações, empresas, escolas, etc., disseminando este estilo de vida. As reuniões fixas acontecem em minha casa em Belo Horizonte, normalmente no segundo domingo de cada mês, de 09 h às 13h. O projeto é voluntário. A única despesa são os ingredientes que as pessoas levam para o preparo das refeições no dia, a escolha de cada um, para incentivar a criatividade. O telefone para contato é 31-9941-1117 e o e-mail é lauritacasagrande@ig.com.br.
The Epoch Times: Você tem alguma sugestão para as pessoas que querem começar a mudar o estilo de vida para alimentação viva?
Laurita Casagrande: Para quem queira fazer alterações na sua alimentação sugiro adicionar as vitaminas verdes e/ou sucos verdes (suco luz do sol) aos seus cardápios, pois são altamente desintoxicantes e regeneradores de células. Substitua as saladas cozidas por cruas, devido às enzimas presentes nas saladas cruas que irão auxiliar os órgãos excretores na função de digestão e se possível reduzir ou eliminar o consumo de alimentos de origem animal, que são de difícil digestão, desprovidos de enzimas e altamente intoxicantes. Aumente o consumo de frutas e acrescente os brotos, muito importantes no processo de cura de enfermidades. Com certeza já terá uma melhora extraordinária na saúde e qualidade de vida com estes acréscimos no cardápio.
The Epoch Times: Você teria alguma receita de alimento vivo feita pelo Projeto Girassol para divulgar?
Laurita Casagrande: Temos várias receitas. Gosto muito das vitaminas verdes. São fáceis de fazer, altamente desintoxicantes e podem ser consumidas a qualquer hora, no café da manhã ou no almoço ou no jantar ou nos três, variando a composição de frutas e folhas verdes. Experimente um dia com vitaminas verdes e veja a diferença no seu corpo, na sua saúde. Mas, a cada dia estamos criando e reinventando a alimentação. As possibilidades são inúmeras. Com uma cenoura, inhame e temperos, fazemos saladas, patês, sopas, etc. Imagine com os demais ingredientes crus presentes na natureza quão grande são as possibilidades de serem criadas receitas. Não tem fim. Cada dia aparece um alimento novo. Recentemente estou criando receitas com o pequi e maxixe, presentes nesta época do ano.
Seguem duas receitas recomentadas por Laurita Casagrande, fundadora do Projeto Girassol em Belo Horizonte que divulga a Alimentação Viva como a ciência que ajuda as pessoas a recuperarem seu equilíbrio:
PATÊ DE AMÊNDOAS
Ingredientes:
– amêndoas germinadas;
– limão;
– alho;
– sal;
– água de coco;
– azeite extra virgem a gosto.
Modo de fazer:
Germinação das amêndoas: comprar amêndoas descascadas (com a pele marrom, sem ser cozida). Escolher as que estão perfeitas (sem quebrados, partidas, etc). Lavar bem. Colocar no vidro com água e deixar de molho de 08 a 12 horas. Trocar a água lavando bem antes de adicionar a água. Deixar de molho por mais 36 horas, trocando a água de 12 em 12 horas e lavando as amêndoas. No total, as amêndoas devem ter ficado de molho por dois dias. Retirar a pele marrom.
Preparação do patê:
Colocar as amêndoas no liquidificador juntamente com o alho, limão e o sal. Usar uma cenoura como colher e ir acrescentando aos poucos a água de coco e ir mexendo com a cenoura até que as amêndoas estejam bem trituradas formando uma massa fina. A água de coco deve ser colocada até dar o ponto de patê. Cuidado para não colocar muita água de coco e ficar mole. Em seguida acrescentar o azeite a gosto.
Obs.: caso possua multiprocessador, pode-se triturar primeiro as amêndoas no aparelho e, em seguida, levar ao liquidificador. Facilita o processo. Pode-se substituir as amêndoas por outras castanhas como nozes, castanha do Pará, avelãs, etc.
VITAMINAS VERDES
Ingredientes:
– frutas de preferência (no máximo duas de cada vez), banana, manga, goiaba, mamão, etc;
– folhas verdes comestíveis (alface, acelga, manjericão, hortelã, etc) e de chá também (em pequena quantidade);
– agua filtrada ou água de coco ou suco de frutas ou leite de sementes germinadas, conforme receita acima;
Bater tudo no liquidificador. Tomar SEM COAR.