Dieta do ovo: como funciona, riscos e cuidados ao adotar

Por Redação Epoch Times Brasil
28/11/2024 12:08 Atualizado: 28/11/2024 12:08

A dieta do ovo tem se tornado uma tendência popular entre aqueles que buscam emagrecer rapidamente, mas será que ela realmente funciona? Baseada no aumento do consumo de ovos e redução nos carboidratos, essa dieta promete ajudar na perda de peso.

No entanto, é imprescindível entender seus benefícios, riscos e a necessidade de orientação profissional para uma abordagem segura.

Como funciona

A dieta do ovo é simples: ela se baseia no consumo de ovos em todas as refeições principais do dia, o que aumenta a ingestão de proteínas — conhecidas por ajudar a controlar a fome, reduzindo a ingestão de alimentos ao longo do dia.

Além disso, o consumo de ovos, ricos em gordura e proteínas, pode ajudar a manter a saciedade por mais tempo, reduzindo a quantidade de calorias consumidas.

Durante a dieta, também é recomendado adotar uma alimentação low carb, ou seja, reduzir a ingestão de alimentos ricos em carboidratos, como pães, massas, alguns tipos de frutas e tubérculos. Isso diminui ainda mais a quantidade de calorias na dieta e favorece a perda de peso.

A criadora da dieta, Arielle Chandler, afirma que é possível perder até 5,5 kg por semana com esse método. No entanto, vale destacar que não há comprovação científica que garanta esses resultados.

Portanto, antes de iniciar qualquer dieta para emagrecimento, é fundamental consultar um nutricionista para uma avaliação nutricional e elaboração de um plano alimentar individualizado.

Como adotar

Embora existam algumas variações, a dieta do ovo geralmente dura duas semanas. A ideia é consumir dois ovos no café da manhã, acompanhados de vegetais com baixo teor de carboidratos, como espinafre ou tomate, e uma fruta low carb, como morango ou pera.

Além disso, recomenda-se comer um ovo cozido antes do almoço e do jantar, o que ajuda a controlar a fome e diminui o volume das refeições.

Os ovos devem ser preparados preferencialmente cozidos, mas também podem ser feitos em omeletes ou mexidos, utilizando pequenas quantidades de gorduras saudáveis, como azeite, óleo de abacate ou linhaça.

Alimentos permitidos e restrições

Embora o ovo seja o principal alimento dessa dieta, não é recomendado comer somente este alimento. É essencial incluir outras opções, para garantir uma alimentação equilibrada.

São permitidos vegetais com baixo carboidrato, como abobrinha, berinjela, brócolis, pimentão e couve. Frutas como abacate, maçã e kiwi também entram na lista de alimentos liberados, além de gorduras saudáveis e proteínas magras como peixe, frango e carne bovina magra.

Por outro lado, há alimentos que devem ser evitados, como carboidratos refinados (pão, arroz e massas), frutas com alto teor de açúcar, alimentos industrializados e bebidas alcoólicas.

O consumo de alimentos ricos em calorias e carboidratos deve ser reduzido para favorecer a perda de peso.

Riscos e efeitos negativos

Apesar de seus possíveis benefícios, a dieta do ovo apresenta alguns riscos, especialmente devido à sua restrição de carboidratos. Pessoas que seguem essa dieta podem sentir efeitos colaterais como cansaço, dor de cabeça, tontura e alterações no humor, já que a redução de carboidratos pode afetar os níveis de energia e o equilíbrio hormonal.

Outro risco comum é o efeito sanfona, ou o ganho de peso rápido após a dieta. Isso ocorre quando dietas extremamente restritivas desaceleram o metabolismo e alteram os hormônios que controlam o apetite, como leptina e insulina.

Além disso, a dieta do ovo pode gerar deficiências nutricionais se não for cuidadosamente planejada, já que ela exclui alimentos ricos em vitaminas e minerais essenciais para o organismo.

Quem não deve seguir

A dieta do ovo não é recomendada para todos. Pessoas com predisposição genética para colesterol alto, como aquelas que possuem hipercolesterolemia familiar, não devem seguir essa dieta sem acompanhamento médico. 

Indivíduos com doenças renais ou intolerância ao ovo também precisam evitar esse tipo de plano alimentar.

Além disso, a dieta não é indicada para mulheres grávidas ou amamentando, crianças, adolescentes e pessoas com distúrbios alimentares, como anorexia ou bulimia.

Cuidados posteriores

Após concluir a dieta, é fundamental adotar uma alimentação equilibrada e saudável, com ênfase em alimentos frescos e naturais, como frutas, legumes, cereais integrais, proteínas magras e leguminosas.

Além disso, a prática regular de atividades físicas, como caminhadas, corridas ou musculação, é essencial para manter o peso alcançado e melhorar a saúde de forma geral.

Estratégia e orientação profissional

A dieta do ovo pode ser uma estratégia eficaz para a perda de peso a curto prazo, principalmente por seu foco na maior ingestão de proteínas e redução de carboidratos. Contudo, como qualquer dieta restritiva, deve ser seguida com cautela e sempre sob a orientação de um profissional de saúde.

A chave para uma perda de peso saudável está em adotar hábitos alimentares equilibrados, sem recorrer a dietas extremamente restritivas ou milagrosas.