Nos últimos anos, o jejum intermitente ganhou grande popularidade, especialmente entre aqueles que buscam emagrecimento e uma vida mais saudável.
Essa prática consiste em períodos de jejum de 16 a 24 horas, nos quais são permitidos apenas líquidos sem calorias, como água, chá e café sem adoçantes.
Além de ser eficaz na perda de peso, o jejum intermitente traz diversos benefícios à saúde, os quais têm sido confirmados por uma série de estudos.
Pesquisadores da Universidade da Flórida revisaram várias investigações sobre o jejum intermitente e concluíram que, além de auxiliar no emagrecimento, ele traz vantagens significativas, como aumento da longevidade, melhoria do metabolismo, proteção da função cognitiva, redução da inflamação e prevenção de doenças cardíacas.
O estudo, publicado em 2018, sugere que o jejum intermitente pode ser uma alternativa mais saudável em comparação com outras abordagens alimentares.
Confira os principais benefícios:
- 1 – Emagrecimento: O jejum intermitente pode reduzir os níveis de insulina, fazendo com que o corpo utilize as reservas de gordura como fonte de energia. Quando combinado com atividades físicas, os resultados são potencializados.
- 2 – Controle do Colesterol: Dietas ricas em fibras e com baixo teor de gordura e açúcar, associadas ao jejum, ajudam a regular os níveis de colesterol e triglicerídeos.
- 3 – Aumento do Metabolismo: Ao reduzir os níveis de glicose e insulina, o jejum acelera o metabolismo, estimulando a queima de gordura. Jejuns curtos são eficazes, mas jejuns muito longos podem desacelerá-lo.
- 4 – Prevenção da Hipertensão: O emagrecimento causado pelo jejum pode melhorar a circulação sanguínea, prevenindo a pressão alta.
- 5 – Melhora da Sensibilidade à Insulina: O jejum, aliado a uma alimentação com baixo consumo de açúcar, ajuda a equilibrar os níveis de glicose no sangue, prevenindo a resistência à insulina e o diabetes.
- 6 – Prevenção da Flacidez: O aumento dos níveis do hormônio do crescimento durante o jejum favorece a queima de gordura e o fortalecimento muscular, evitando a flacidez.
- 7 – Desintoxicação: O jejum estimula a produção de enzimas que auxiliam na desintoxicação do corpo, promovendo a saúde do fígado e dos rins.
- 8 – Redução do Risco Cardiovascular: A dieta anti-inflamatória gerada pelo jejum, rica em fibras e antioxidantes, combate radicais livres e protege o coração.
- 9 – Prevenção do Envelhecimento Precoce: Reduzindo o consumo de açúcares e gorduras, o jejum diminui a inflamação e a produção excessiva de radicais livres, retardando os sinais do envelhecimento.
Como começar:
Se você está começando, o ideal é iniciar com 12 horas de jejum e aumentar gradualmente para 16 horas. Durante o jejum, apenas líquidos não calóricos são permitidos. A refeição anterior ao jejum deve ser equilibrada e com baixo teor de carboidratos.
Tipos de jejum intermitente:
- – 16/8: 16 horas de jejum com 8 horas de alimentação.
- – 20/4: 20 horas de jejum seguidas por 4 horas para se alimentar.
- – 24 horas: Jejum completo de 24 horas, feito de 2 a 3 vezes por semana.
- – Jejum Alternado: Comer normalmente por 5 dias e reduzir a ingestão para 500 calorias em 2 dias não consecutivos.
O que comer após o jejum:
Após o jejum, é importante escolher alimentos de fácil digestão e com baixo índice glicêmico, como:
- Cogumelos, batata-doce, quinoa e abobrinha.
- Proteínas magras como peito de frango e peixes (sardinha ou atum sem gordura).
- Vegetais como brócolis, espinafre, repolho e couve-flor.
- Frutas como maçã, morango e mirtilo.
Evite exageros na quantidade de comida na primeira refeição após o jejum para não sobrecarregar o sistema digestivo.
Cuidados e orientações
A endocrinologista Cynthia Valério destacou à imprensa que, com o acompanhamento de um médico ou nutricionista, muitos pacientes podem se beneficiar do jejum intermitente. No entanto, ela alerta que a prática de longos períodos sem alimentação não é adequada para todos.
Cynthia explica que pacientes em uso de medicamentos para controle da glicemia, insulina ou tratamentos específicos para diabetes não devem adotar o jejum intermitente.
Ela também alerta que gestantes, lactantes, idosos, pessoas com comorbidades e crianças devem evitar essa prática.