Um recente estudo realizado pela Escola Friedman de Ciência e Política Nutricional da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, revelou que o consumo diário de uma oleaginosa pode trazer benefícios significativos para a saúde ocular: trata-se do pistache.
A pesquisa, publicada em outubro no The Journal of Nutrition, indica que apenas 57 gramas desse alimento por dia são suficientes para melhorar a densidade óptica do pigmento macular (MPOD), um componente crucial para a proteção da visão.
Os pesquisadores dividiram 36 adultos saudáveis em dois grupos: um que consumiu a porção recomendada de pistache diariamente e outro que manteve sua dieta habitual, sem incluir a oleaginosa. Ao longo de 12 semanas, os cientistas monitoraram o MPOD e os níveis de luteína no sangue dos participantes.
Os resultados foram surpreendentes: aqueles que ingeriram os pistaches apresentaram um aumento sensível na densidade óptica do pigmento macular já após seis semanas, efeito que se manteve até o final do estudo.
A principal responsável por essa melhora é a luteína, um antioxidante encontrado nos pistaches, que se acumula na retina. Além disso, a substância desempenha papel fundamental na proteção dos olhos contra a luz azul — uma das principais causas de danos celulares na visão.
O estudo demonstrou que a inclusão do pistache na dieta quase dobrou a ingestão diária de luteína dos participantes, que normalmente é baixa na dieta americana.
A neuropsicóloga clínica Tammy Scott, pesquisadora principal do estudo, ressalta a importância dos pistaches.
“Nossas descobertas indicam que os pistaches não são apenas um lanche nutritivo, mas também podem fornecer benefícios significativos para a saúde ocular. Isso é especialmente importante à medida que as pessoas envelhecem e enfrentam maiores riscos de deficiência visual”, aponta Scott.
Além dos benefícios para os olhos, a luteína também pode ter um impacto positivo na saúde cerebral. O antioxidante é capaz de atravessar a barreira hematoencefálica, ajudando a reduzir o estresse oxidativo e a inflamação.
Elizabeth Johnson, co-pesquisadora do estudo, acrescenta que a luteína se acumula no cérebro e pode estar associada à diminuição do declínio cognitivo, melhorando tanto a memória quanto a velocidade de processamento.
Incluir um punhado de pistaches na dieta, portanto, não apenas protegeria os olhos, mas também contribuiria para um bom envelhecimento do cérebro. Além disso, os pistaches são ricos em gorduras saudáveis, o que potencializa a absorção da luteína pelo organismo.
Diante dessas descobertas, especialistas recomendam a inclusão do pistache na dieta diária como estratégia simples e saborosa para melhorar a saúde ocular e cognitiva, promovendo um envelhecimento mais saudável e ativo dos olhos.