Cinco alimentos comuns nos EUA, mas proibidos internacionalmente devido a questões de saúde

Por Dr. Jingduan Yang
07/07/2024 14:34 Atualizado: 07/07/2024 14:34
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

Os americanos consomem cinco tipos de alimentos que outras nações proibiram devido a potenciais riscos à saúde. Apesar de evidências inconclusivas, esses alimentos podem perturbar o sistema imunológico ou aumentar o risco de câncer.

Organismos geneticamente modificados (OGMs)

Nos Estados Unidos, organismos geneticamente modificados (OGMs) incluem milho, soja e canola, mas mais tipos estão sendo introduzidos. Espera-se que tomates OGM estejam disponíveis em breve.

Os OGMs não estão sujeitos a restrições rigorosas nos Estados Unidos, o que leva a considerável controvérsia sobre seu uso. Os defensores argumentam que os OGMs são seguros e permitem cultivar maiores quantidades de alimentos, enquanto muitos críticos afirmam que eles apresentam riscos à saúde.

Por que, então, a Europa e outros países impõem restrições aos produtos OGM? Acredita-se amplamente que produtos naturais são geralmente mais saudáveis. Além disso, os impactos de longo prazo dos produtos geneticamente modificados permanecem incertos.

Um artigo de 2009 revisou estudos sobre a toxicidade dos OGMs em animais, descobrindo que os OGMs podem afetar o fígado, os rins, o pâncreas e o sistema reprodutivo e “podem alterar parâmetros hematológicos, bioquímicos e imunológicos”. No entanto, os estudos atuais em animais e ensaios clínicos sobre a segurança dos OGMs ainda são insuficientes.

Um estudo sobre os efeitos da soja geneticamente modificada em animais descobriu que os ratos não apresentaram efeitos adversos após consumirem soja OGM por 90 dias. No entanto, o período de pesquisa foi limitado a 90 dias, deixando os efeitos de longo prazo incertos. É necessária uma pesquisa mais robusta sobre o impacto dos OGMs em humanos.

Frango lavado com cloro

O frango nas lojas muitas vezes parece branco, fresco e limpo. Na realidade, grande parte desse frango foi tratada com agentes antimicrobianos à base de cloro. Esse processo remove e previne o crescimento bacteriano e faz com que o frango pareça excepcionalmente limpo e atraente.

No entanto, um estudo da Universidade de Southampton, no Reino Unido, revelou que o frango lavado com cloro pode não ser seguro. O estudo indicou que esse método de desinfecção não mata efetivamente os patógenos. Em vez disso, pode fazer com que as bactérias entrem em um estado “viável, mas não cultivável (VBNC)”, permitindo que evitem a detecção.

Devido a essas preocupações de segurança alimentar, a União Europeia proibiu o frango tratado com desinfetantes de cloro, interrompendo quase todas as importações de frango americano.

Leite produzido com hormônio de crescimento bovino recombinante

O hormônio de crescimento bovino recombinante (rBGH) é criado através da tecnologia de recombinação genética. Ele imita o hormônio de crescimento natural das vacas e aumenta a produção de leite estimulando a proliferação e a atividade das células mamárias.

Como hormônio, o rBGH pode interferir nos níveis hormonais humanos, potencialmente afetando a função da tireoide.

Em 2007, a Coalizão de Prevenção do Câncer lançou uma petição solicitando que a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) proibisse o uso do rBGH. No entanto, após uma investigação minuciosa, a FDA rejeitou a petição em 2016, afirmando que o rBGH “é seguro e eficaz para seus usos pretendidos” e que “não há diferença significativa entre o leite de vacas tratadas com rBGH e vacas não tratadas”.

Apesar disso, Canadá, União Europeia e Austrália proibiram o uso do rBGH por vários motivos. No entanto, eles não confirmaram que o leite e a carne de vacas tratadas com rBGH apresentam riscos à saúde humana. Essas regiões não proibiram a importação de produtos lácteos de países onde o uso de rBGH é aprovado.

Carne bovina tratada com hormônios

A quarta questão envolve a carne bovina de gado tratado com hormônios sexuais. Esses hormônios, incluindo testosterona, estradiol e progesterona, promovem o crescimento rápido no gado, aumentando assim a produção de carne bovina. No entanto, esses hormônios sexuais podem ter efeitos adversos na saúde humana.

A União Europeia (UE) proibiu esses hormônios em animais de fazenda desde 1981, citando os efeitos tumorais do estradiol-17-beta. A UE também proíbe a importação de carne de gado tratado com esses hormônios.

Bebidas contendo óleo vegetal bromado

O óleo vegetal bromado (BVO) é um óleo vegetal modificado com bromo, um emulsificante usado principalmente em bebidas com sabor de frutas cítricas. A FDA regula sua concentração máxima permitida.

Em 2022, um estudo da FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos) descobriu que o BVO pode afetar negativamente a saúde humana, especialmente a função da tireoide.

Em novembro de 2023, a FDA propôs revogar a regulamentação que permite o uso de BVO em alimentos e solicitou comentários públicos sobre a nova proposta.

Desde 2008, a Europa e países como o Japão proibiram o BVO como aditivo alimentar e baniram a importação de bebidas americanas contendo BVO. Na terça-feira, 2 de julho, a FDA proibiu o BVO como aditivo alimentar. A proibição entra em vigor em 2 de agosto de 2024.

Efeitos na função imunológica e aumento do risco de câncer

O consumo a longo prazo de alimentos contendo aditivos, vários hormônios e antimicrobianos pode ter efeitos sistêmicos na nossa saúde.

Quando o sistema imunológico se desregula, sua capacidade de responder a patógenos externos pode se tornar excessivamente reativa ou deficiente, causando sérias consequências à saúde. Por exemplo, pode aumentar a probabilidade de reações alérgicas.

Após a exposição a certos alimentos, o corpo pode se tornar mais sensível a vários estímulos químicos, levando a condições como rinite alérgica, asma e alergias cutâneas. Se o sistema imunológico permanecer hiperativo, pode causar reações excessivas errôneas, resultando em doenças autoimunes.

Além disso, esses alimentos podem ter um impacto prejudicial em nosso trato digestivo, levando a sintomas como indigestão, desequilíbrio da microbiota intestinal, constipação, diarreia e dor abdominal. A causa raiz é o dano que esses alimentos infligem na mucosa intestinal.

Portanto, o consumo a longo prazo desses alimentos aumenta o risco de câncer. Quando o sistema imunológico é comprometido, o risco de câncer aumenta. Esses alimentos interferem na capacidade do corpo de regular a inflamação crônica e o estresse oxidativo, que são fundamentais para prevenir o câncer, gerenciar doenças crônicas e retardar o envelhecimento.

Um estudo liderado pela Universidade de Harvard e publicado no JAMA Oncology indicou uma correlação entre doenças mediadas pelo sistema imunológico e os riscos de câncer tanto localizados quanto sistêmicos. O estudo avaliou a associação de 48 doenças mediadas pelo sistema imunológico com riscos de câncer geral e específico entre quase 480.000 participantes (idade média de 56 anos) do UK Biobank.

Os resultados revelaram que, entre as doenças mediadas pelo sistema imunológico mais comuns, a asma aumentou o risco de câncer de pulmão em 34%; a artrite reumatoide aumentou o risco de câncer de pulmão em 71% e linfoma em 101%; e o diabetes tipo 1 aumentou o risco de câncer de fígado em 182%, câncer de esôfago em 113% e câncer de amígdala em 257%.

5 Dicas para evitar esses alimentos

 

  • Sempre que possível, opte por alimentos orgânicos. Embora geralmente sejam mais caros, priorizar sua saúde consumindo alimentos de maior qualidade é essencial. 
  • Ao comprar produtos, leia cuidadosamente os rótulos e escolha aqueles sem aditivos coloridos, hormônios ou antibióticos. 
  • Evite bebidas que contenham aditivos de BVO. Em vez disso, opte por água ou alternativas como água de coco. 
  • Escolha alimentos certificados como não OGM. 
  • Minimize o consumo de alimentos embalados e processados. 

As opiniões expressas neste artigo são do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times. O Epoch Health acolhe discussões profissionais e debates amigáveis.